terça-feira, 2 de maio de 2017

Consumo moderado de café faz bem ao coração

O consumo diário e não excessivo de café protege contra doenças cardiovasculares, indica estudo realizada pela pesquisadora Andreia Miranda e outros, na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP). A pesquisa avaliou a importância do consumo de compostos polifenólicos presentes na bebida.
Os estudos mostraram que o consumo de uma xícara de café por dia pode ser suficiente para trazer benefícios ao coração. O efeito protetor contra fatores de riscos para doenças cardiovasculares vem dos compostos fenólicos encontrados em quantidade razoável na bebida. A pesquisa foi realizada com 550 pessoas que vivem na capital paulistana.
O consumo de café foi dividido em três grupos: quem bebia menos de 1 xícara de café por dia; os que tomavam de 1 a 3; e os que ingeriam 3 ou mais xícaras diariamente.
Os indivíduos que consumiram de uma a três xícaras de café por dia reduziram em 55% a chance de ter pressão alta sistólica e em 56% pressão alta diastólica quando comparados aos indivíduos que consumiram menos de uma xícara.
O mesmo se verificou com a homocisteína (composto relacionado a doenças cardiovasculares): houve uma redução em 68% de chance de ter níveis aumentados de homocisteína no sangue. O mesmo resultado não foi observado naqueles indivíduos que consumiram mais de três xícaras de café por dia.
Dessa forma, ficou demonstrado que o efeito protetor do café para o coração ocorreu apenas para aqueles que tiveram um consumo moderado, afirmou a pesquisadora. E independentemente da forma como é consumido (com leite, chá, ser expresso ou coado), as concentrações de polifenóis na bebida são mantidas.
Os compostos fenólicos estão presentes nos alimentos de origem vegetal em geral – verduras, legumes, frutas, cereais e leguminosas, nas bebidas alcoólicas (vinho e cerveja) e não alcoólicas (chás, café, cacau, suco de frutas e de soja). Os polifenóis têm demonstrado ação protetora na prevenção de várias doenças crônicas como as cardiovasculares, alguns tipos de cânceres, osteoporose, doenças neurodegenerativas e diabetes mellitus.
“Embora tenha teor semelhante de polifenóis ao das frutas e verduras, a bebida acaba tendo maior contribuição nutricional porque o consumo diário dele é mais frequente. Cerca de 70% dos polifenóis ingeridos dos alimentos pelos paulistanos têm como fonte o café”, observa Andreia.
Um artigo sobre a pesquisa, Association between coffee consumption and its polyphenols with cardiovascular risk factors: a population – based study, foi publicado em janeiro na revista Nutrients Open Access Human Nutrition Journal, Basel, da Suíça. (Carta Campinas com informações de divulgação).
Créditos: Carta Campinas

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Luta contra reforma trabalhista de Temer segue das ruas para o Senado, diz CUT

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Em entrevista que antecedeu o ato político de 1º de maio organizado pelas centrais sindicais CUT, CTB e Intersindical, na Avenida Paulista, em São Paulo, o presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que as centrais sindicais irão nesta terça-feira (2) a Brasilia conversar com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), líder de seu partido no Senado, e com a bancada da legenda na Casa, para discutir mudanças na reforma trabalhista. "Está claro que a opinião publica é contra essas reformas", afirmou.
Para Vagner, deputados e senadores têm a opção de ouvir a opinão pública, ou politicamente morrer abraçados com o atual governo federal. "O Temer não tem compromisso com a popularidade porque tem prazo de validade. Deputados e senadores que querem continuar em Brasília vão ter de ter o voto popular", completou.
Segundo o presidente da CUT, o ato de hoje é uma continuidade da greve geral em todo o país, na sexta-feira (28). "Ficou claro que o Brasil é contra as reformas propostas pelo Temer. Pesquisas como Datafolha e Ibope confirmam o que disse a (pesquisa) Vox Populi/CUT: é o presidente mais impopular da história do Brasil. Não tem legitimidade, nem credibilidade. Ele não tem mais condições de ser o presidente", acrescentou, manifestando-se a favor de eleições diretas já para reformular o Congresso Nacional.
Sobre a continuidade da luta popular contra as reformas estruturantes propostas pelo governo, Vagner afirmou que, se for necessário, as centrais sindicais e os movimentos populares vão promover uma "ocupação de Brasília" ou uma nova greve geral.
"Eu diria que Temer está com muito medo do Senado. O quadro vem se alterando", afirmou o presidente da CTB, Adilson Araújo, sobre a tramitação das reforma trabalhista, que teve substitutivo do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) aprovado esta semana, em regime de urgência, pela Câmara e agora inicia sua tramitação pelo Senado.
"Aqui é o 1º de Maio dos 96% que não estão contentes com o governo Temer, que não querem a continuidade deste governo. Não é possível que um governo com 4% de apoio apresente reformas que afetam a vida de milhões de pessoas", afirmou o secretário geral da Intersindical, Edson Carneiro, o Índio, citando pesquisas eleitorais que expõem a impopularidade do atual governo e suas reformas que retiram direitos da população, além da crescente preferência por Lula em 2018.
O ato está sendo realizado na Avenida Paulista, na esquina com a Rua Haddockk Lobo. O presidente da CUT relatou que foi procurado pelo síndico de um prédio residencial em frente do qual foi estacionado o carro de som, afirmando que os moradores reclamavam do barulho.
Freitas solicitou ao trabalhador que respondesse aos moradores que a responsabilidade pelo desconforto não era dos sindicalistas, mas sim do prefeito João Doria (PSDB), já que a ideia original era realizar a manifestação em frente ao vão livre do Masp, mas a organização do ato foi obrigada a mudar o local, por determinação da CET. Doria chegou a entrar com ação na justiça para proibir o ato pelo Dia do Trabalhador.
Créditos: Rede Brasil Atual

domingo, 30 de abril de 2017

Lula dispara e vence em todos cenários, diz Datafolha

O massacre diário promovido contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Globo e outros meios de comunicação da chamada velha mídia não produziu os efeitos desejados.
Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo revela  que Lula disparou em todos os cenários, alcançando números entre 29% e 31% das intenções de voto no primeiro turno. Ou seja: sem um tapetão judicial, que seria a fase 2 do golpe de 2016, com a inabilitação judicial de Lula, ele provavelmente seria eleito presidente pela terceira vez.
"O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por sua vez, mantém-se na liderança apesar das menções no noticiário recente da Lava Jato", reconhece a Folha.
A pesquisa também revelou o esfacelamento das principais forças golpistas: enquanto candidatos do PSDB, como Aécio Neves, derreteram, Michel Temer se tornou a personalidade política mais odiada do Brasil. No vácuo político, o único que cresceu, além de Lula, foi o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que hoje iria para o segundo turno.
Ontem, ao participar de um evento em defesa da indústria naval, ao lado do ex-governador Olívio Dutra e da presidente golpeada Dilma Rousseff, Lula se disse pronto para vencer mais uma vez o candidato da Globo.
O Datafolha fez 2.781 entrevistas, em 172 municípios, na quarta (26) e na quinta (27), antes da greve geral de sexta (28). A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Créditos: Brasil 247

Papa Francisco rejeita "extremismo" em missa com minoria católica egípcia

O logotipo oficial da viagem de Francisco ao Egito retrata o papa, uma pomba branca que simboliza a paz, as pirâmides e o delta do rio NiloO papa Francisco disse neste sábado (29) no Cairo, diante de milhares de pessoas, em sua maioria fiéis da comunidade católica egípcia, que Deus rejeita o extremismo e o único que permite é o da "caridade". A informação é da Agência EFE.

Em seu segundo e último dia de visita ao Egito, o pontífice celebrou missa em um estádio da capital, sob forte esquema de segurança, para tentar evitar ataques de radicais islâmicos. Área próxima ao local da missa foi palco, em 2015, da morte de 20 pessoas que assistiam a uma partida de futebol. As mortes ocorreram por causa da aglomeração no evento, embora várias organizações não governamentais tenham dito que a polícia contribuiu com o desastre ao lançar gás lacrimogêneo.

"Deus só gosta da fé professada com a vida, porque o único extremismo que Ele permite aos crentes é o da caridade", disse o papa durante a homilia. "Qualquer outro extremismo não vem de Deus", acrecentou Francisco, diante de uma plateia a quem pediu que não tenha "medo de amar a todos, amigos e inimigos, pois o amor é a força e o tesouro do crente".

As palavras do papa foram ditas quando se completam exatamente 20 dias dos ataques terroristas contra igrejas coptas no Norte do Egito. Quarenta e seis pessoas morreram e, no dia seguinte, líderes religiosos, em sua maioria muçulmanos, pediram o fim da violência. Antes do início da missa, o pontífice saudou o público, quando estava em um carro que deu a volta no estádio. Segundo informações da agência oficial egípcia Mena, havia cerca de 25 mil fiéis assistindo a celebração. No veículo, Francisco estava acompanhado do Patriarca Católico Copta, Ibrahim Isaac Sedrak.

"A verdadeira fé é a que nos torna mais caridosos, mais misericordiosos, mais honestos e mais humanos. É a que anima os corações, que nos leva a amar a todos gratuitamente, sem distinção e sem preferências", disse o papa. A missa é o principal evento do dia, dedicada especialmente à comunidade católica no Egito, grupo religioso de apenas 200 mil pessoas em um país onde a maior parte dos quase 90 milhões de habitantes é  muçulmana.

O primeiro dia da visita do papa ao Egito foi dedicado principalmente a encontros com líderes religiosos muçulmanos e da comunidade copta ortodoxa, além de uma conferência internacional da paz.
Créditos: Agencia Brasil

Para centrais, greve é um duro recado e pressionará o governo

Manifestação 28.04Ao final do dia de greve geral, as centrais sindicais, mais do que uma avaliação positiva, afirmam que o movimento vai pressionar o governo e o Congresso e mudar a correlação de forças no debate sobre as reformas. "É um recado muito duro do povo brasileiro aos congressistas e ao governo golpista de Temer", disse o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre. "Desde o início, estávamos convencidos de que seria a maior greve da história do Brasil. E foi." Balanço das centrais fala em até 40 milhões de trabalhadores com participação na sexta-feira (28).
Segundo Sérgio Nobre, "deputados e senadores que têm pretensão de reeleição precisam ouvir a voz do povo". O alcance da paralisação nacional, afirma, é sinal de apoio popular e de descontentamento da sociedade com as reformas trabalhistas e da Previdência. O dirigente lembrou que, conforme pesquisas, 90% rejeitam as propostas do governo, que também tem baixíssima popularidade.
Ele também destacou a união entre as várias centrais sindicais, que trabalharam conjuntamente para a organização do movimento. "A greve de hoje só foi possível pela unidade", afirmou. As centrais se reunirão na semana que vem, possivelmente na quinta-feira (4), para discutir os próximos passos. Mas já na próxima segunda-feira, em todos os atos de 1º de Maio das entidades, deverá ser lido um documento conjunto.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, também acredita que a situação muda a partir de agora. "A greve é para fortalecer uma proposta que o governo entenda. É a chamada voz das ruas", afirmou, apostando em uma negociação no Parlamento. "Tem muitos democratas no Congresso que podem ajudar a achar uma solução."
O substitutivo de "reforma" trabalhista, aprovado quarta-feira (26) na Câmara, seguiu para o Senado. E a própria Câmara ainda discute a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de "reforma" da Previdência.
As atividades de hoje superaram "em muito" as de 15 de março e devem ter surpreendido o governo, diz o presidente da UGT, Ricardo Patah. "Foi um momento importante no sentido de que a sociedade mostrou indignação com os irresponsáveis da Câmara dos Deputados", afirmou. Ele defendeu que as centrais conversem desde já com o Senado, "onde está depositado esse projeto infame", referindo-se às propostas de mudanças na legislação trabalhista. 
"Muda muito (o debate)", acredita Patah. "O governo não esperava nem 10% disso (greve)." Agora, ele acredita que o Planalto terá de rever sua estratégia de impor as reformas "de forma açodada". E o movimento dá novo ânimo ao 1º de Maio, que "será pautado por essa manifestação".
"O Brasil cantou Raul", disse o presidente da CTB, Adilson Araújo, baiano como Raul Seixas, autor de O Dia em que a Terra Parou. "Eu penso que a resposta foi dada. O governo quer impor medidas que vão prejudicar por demais a sociedade brasileira, principalmente o povo pobre, os que mais necessitam", afirmou, também apostando em um novo cenário. "É tempo de acreditar que as ruas podem ajudar nas mudanças do curso político do país", comentou Adilson, para quem já foi aberto um canal de diálogo com alguns senadores. "Aquilo que aconteceu na Câmara não encontrará eco no Senado."
Para ele, em vez de um projeto que aponta para o trabalho análogo ao da escravidão ("As pessoas terão de trabalhar mais, ganhando menos") e de uma PEC que não mostra qualquer preocupação com as próximas gerações, é preciso discutir uma nova agenda, "para tirar o país do olho do furacão e apontar caminhos". "O Brasil não pode caminhar a passo de caranguejo."
Créditos: Rede Brasil Atual

sábado, 29 de abril de 2017

13 pontos da Reforma Trabalhista que vão piorar sua vida para sempre

O The Intercept Brasil revelou que, após exame das 850 emendas apresentadas por 82 deputados durante a discussão do projeto na comissão especial, 292 (34,3%) foram integralmente redigidas em computadores de representantes da Confederação Nacional do Transporte (CNT), da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística).
A reforma destrói a CLT e atinge o coração dos direitos trabalhistas brasileiros. 

Veja treze pontos que vão piorar a sua vida para sempre:

1. Demissões coletivas. Agora os empregadores podem demitir todo mundo da sua empresa e contratar outras pessoas por menores salários e menores benefícios sem nenhuma multa.

2. Trabalho temporário, para sempre. O patrão vai poder te contratar por hora durante toda a sua vida. Sem garantias. Por exemplo: bares, restaurantes, indústrias poderão te chamar para trabalhar temporariamente quando quiserem e você não terá seu emprego e salário fixos garantidos.

3. Hora-extra. A CLT prevê jornada de trabalho de no máximo 8 horas por dia. Agora, ao invés de pagar horas extras para o trabalhador que ficar mais tempo trabalhando, o empregador vai contratar uma jornada de trabalho maior. Diminui o salário do empregado no final do mês.

4. Meia-hora de almoço. Antes era obrigatório almoço de uma hora. Mas para este governo apenas meia-hora é suficiente.

5. Suas roupas também entraram na reforma. A partir de hoje o patrão vai poder dizer até como você tem que se vestir. Mesmo aqueles uniformes que te exponham ao ridículo estão liberados. E não importa que faça frio ou calor, a roupa é a que os patrões escolherem.

6. Fim do transporte de empregados. As empresas não precisarão mais pagar pelas suas horas de deslocamento. Quem mora mais longe é o mais prejudicado. Vai perder tempo e dinheiro.

7. Mexeram nas suas férias. Agora os patrões podem parcelar livremente suas férias em até 3 vezes, como for melhor para eles.

8. Se você é terceirizado, preste atenção: a empresa que contratou a terceirização (às vezes é o governo ou outra empresa bem maior) não vai mais ter responsabilidade nenhuma sobre sua indenização se você for demitido. Se você não receber os seus direitos, já era.

9. E se você tem carteira assinada e está há muitos anos na empresa? Saiba que agora a empresa vai poder te demitir e demitir todos os teus colegas para contratar terceirizados, mais baratos para os patrões, sem direitos, sem carteira assinada.

10. A crueldade chega até às grávidas: quem decide aonde as grávidas (e as lactantes) trabalham é o médico da empresa. Ou seja, mesmo que ela esteja em um local insalubre para ela e o bebê, quem decide agora o lugar de trabalho é teu patrão.

11. Não tem mais Comissão de Conciliação Prévia. O que o patrão negociar com você vai valer mais do que a Lei. Vale o que o patrão mandou e a regra que você assinou quando conseguiu o emprego.

12. Rescisão. Não vai ser mais obrigatório o sindicato assinar a tua rescisão. Eles podem agora fazer a rescisão do jeito que eles quiserem. Você ficou não mão dos patrões.

13. Golpe na Justiça do Trabalho. A justiça do trabalho não é mais gratuita. Você vai ter que pagar honorário até do perito. E se não tiver dinheiro, fica sem poder reclamar.
Créditos: Plantão Brasil

Brasil para contra retirada de direitos


Nesta sexta-feira (28), o Brasil parou em uma greve geral histórica, que mostrou que o povo está disposto a lutar contra a retirada de direitos promovida pelo governo. Nas principais cidades brasileiras, além da paralisação de trabalhadores de setores importantes, houve trancaços em avenidas e vias, além de manifestações durante todo o dia. As ruas vazias pela manhã, em decorrência da greve, contrastaram com grandes atos contra as medidas do governo golpista ao longo da sexta-feira.

Convocada como resposta as reformas da Previdência e trabalhista – aprovada na Câmara dos Deputados na última quarta-feira – essa greve foi muito além dos sindicatos e envolveu toda a sociedade. Segundo as centrais sindicais, 40 milhões de brasileiros aderiram à greve em todo o país. Escolas e universidades públicas e particulares, bibliotecas e museus, por exemplo, não funcionaram. O movimento também não se limitou às capitais, e se espalhou por todo o Brasil, das metrópoles às cidades menores.

No centro de metrópoles como como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Belo Horizonte, a manhã parecia de domingo, com o comércio fechado e pouca gente na rua. Aglomeração mesmo se viu foram nas manifestações. Em Belo Horizonte, mais de 50 mil pessoas ocuparam as principais avenidas. Em Goiânia, outra multidão ocupou o Centro. Em Curitiba, 20 mil pessoas foram à porta de Federação das Indústrias do estado fazer a devolução simbólica do pato de borracha das manifestações golpistas. Em São Paulo e no Rio, enormes atos fecham este dia histórico. Em São Paulo, 70 mil pessoas se reuniram em um protesto que chegou até a casa do presidente Michel Temer (PMDB). No Rio, o ato contou com ao menos 40 mil pessoas.

E fora as capitais não foi diferente. Vale citar os exemplos das paranaenses Londrina e Cascavel, nas quais mais de 10 mil pessoas foram às ruas em cada uma, fazendo deste um dos maiores dias de manifestação da história desses dois municípios.

“Todas as categorias, todos os estados, todas as centrais, todos os sindicatos, no campo, na cidade, setor publico, privado. É greve. Chega do desgoverno, vamos fazer uma coisa que funcione”, disse Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores. Para ele, a greve desta sexta-feira foi a maior já vista no Brasil e sepultou o governo golpista. “O golpista não tem mais condição de governar o país”, afirmou ele. Categorias como os petroleiros e trabalhadores do Correios aprovaram paralisações nacionais.

Seis refinarias, seis terminais de distribuição e a Fafen-PR já estão na greve, assim como 26 plataformas da Bacia de Campos não funcionaram. Nos Correios, a paralisação ocorreu em 23 estados.
“Nós estamos defendendo a sociedade. O Brasil percebeu que a proposta que o governo tem para o Brasil é uma tragédia. Por isso é uma greve extraordinária”, afirmou Vagner Freitas. “É greve. Chega do desgoverno, vamos fazer uma coisa que funcione”, disse ele. Segundo ele, estima-se que essa greve ultrapasse os números da última grande greve geral, em 1989, quando 35 milhões de trabalhadores participaram.
Créditos: Agencia PT