sexta-feira, 26 de maio de 2017

PT reafirma opção por eleições diretas e nega boato de conversa com Sarney e FHC

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A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), líder do partido no Senado, e o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), líder na Câmara, fizeram pronunciamento nas redes sociais nesta quinta-feira (25) para negar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva venha mantendo conversas com os também ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e José Sarney, sobre eventuais saídas para a crise e a substituição do presidente Michel Temer por meio de eleições indiretas, segundo noticiou o jornal Folha de S.Paulo.
"Não há saída para esta crise via eleições indiretas", afirmou Gleisi, acrescentando que nem o PT nem o ex-presidente Lula autorizaram qualquer pessoa a articular uma saída que não passe pela participação popular na escolha do sucessor de Temer. Ela também destacou que tramita no Senado, com o apoio do partido, projeto para a realização de eleição direta.
"A nossa posição, desde que começou esta crise, é a saída pelas diretas. Temos já parecer que foi lido na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Temer não pode continuar no governo. Esse governo está finalizado. Precisamos devolver ao povo o direito de eleger o seu representante", ressaltou a senadora. Segundo ela, "a grande mídia está com muita vontade de que se resolvam as coisas pela eleição indireta", e, por isso, forçam essa versão. 
Zarattini também reafirmou posição pelas eleições diretas como "única saída para superar a crise que estamos enfrentando"."Não é possível sair dessa crise com um arranjo no Colégio Eleitoral. Não vai ser através desse arranjo que vai se resolver. Vai ser dando ao povo a possibilidade de votar e escolher. Temos certeza de que só vamos superar a crise com essa solução democrática", destacou o líder na Câmara. 
Créditos: Rede Brasil Atual

EUA podem estar sob ameaça de catástrofe nuclear

A Comissão Reguladora Nuclear norte-americana se baseou em uma análise errada ao justificar a recusa de adotar novas medidas para proteger a população no caso de uma catástrofe nuclear, diz um artigo publicado na revista Science.
Os cientistas da Universidade de Princeton acreditam que a Comissão subestimou o perigo de incêndios nas usinas nucleares por todo o país.

Os especialistas indicam que, na maioria das instalações nucleares, o combustível é armazenado muito perto de resíduos nucleares, o que, no caso de incêndio, poderá provocar emissões e contaminar uma área duas vezes mais extensa do que o estado norte-americano de Nova Jersey, que é de 22,5 mil km². Consequentemente, as autoridades deverão deslocar cerca de 8 milhões de pessoas e poderão sofrer danos econômicos no valor de 2 bilhões de dólares.
Essas consequências catastróficas podem ocorrer em resultado de um grande terremoto ou de um ataque terrorista, e seria possível evitá-las com regulamentos que a Comissão nunca implementou. A agência baseia sua postura em relatórios errados que excluem a possibilidade de um ato terrorista ou de um incêndio a menos de 80 quilômetros da instalação. De acordo com os cientistas norte-americanos, dessa maneira a Comissão subestima as destruições que um desastre nuclear pode provocar.
"A Comissão foi alvo de pressão do setor nuclear, diretamente e através do Congresso, para subestimar as potenciais consequências de um incêndio, porque ele [o setor] está preocupado que o aumento dos custos possa levar ao encerramento das usinas nucleares", acredita Frank von Hippel, um dos autores do artigo.
"Infelizmente, sem um protesto público contra esta situação perigosa, a Comissão continuará cedendo aos desejos da indústria", acrescenta o cientista.
Os autores do artigo indicam que, se a Comissão não tomar medidas para reduzir os fatores que podem causar um desastre nuclear, o Congresso pode-as tomar. Os especialistas também acreditam que os estados que subsidiam usinas nucleares podem desempenhar um papel importante e construtivo se apenas financiarem as instalações que aceitam resolver o problema da armazenagem do combustível. Fonte: Brasil 247.
Créditos : WSCOM

Médicos usam pele de peixe para tratar queimaduras

Pesquisadores brasileiros estão experimentando um novo tratamento para queimaduras graves usando a pele de tilápia, um procedimento pouco ortodoxo que, segundo eles, é capaz de aliviar a dor das vítimas e reduzir custos médicos.

Já há muito tempo utiliza-se pele de porco congelada e até tecido humano para manter queimaduras úmidas e permitir a transferência de colágeno, uma proteína que promove a cicatrização. No entanto, os hospitais públicos do Brasil carecem de suprimentos de pele humana e de porco, além de sofrerem com a escassez de alternativas artificiais — que são facilmente disponíveis em países como os EUA. Em vez disso,o recurso mais comum é a bandagem de gaze, que precisa de mudanças regulares — e muitas vezes dolorosas.

Entretanto, cientistas da Universidade Federal do Ceará (UFC) descobriram que a pele de tilápia tem umidade, colágeno e resistência a doenças em níveis comparáveis à pele humana, e, por isso, pode auxiliar na cicatrização. A tilápia é um peixe abundante nos rios e criadouros brasileiros, que estão se expandindo rapidamente à medida que cresce a demanda para os peixes de água doce com sabor moderado.

Na China, pesquisadores testaram a pele de tilápia em roedores para estudar suas propriedades curativas, mas cientistas no Brasil alegam que seus testes são os primeiros em humanos.
— O uso da pele de tilápia em queimaduras é sem precedentes — ressalta Odorico de Morais, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC). — A pele do peixe é geralmente jogada fora, por isso estamos usando este produto para convertê-lo em um benefício social.

O tratamento com tilápia tem potencial de acelerar a cicatrização por vários dias e reduzir a necessidade de analgésicos, acrescenta o pesquisador cearense. A terapia consiste em cobrir a parte queimada da pele do paciente com a pele de peixe, e cobrir isso com uma bandagem, sem a necessidade de qualquer creme. Após cerca de 10 dias, os médicos removem a bandagem. A pele de tilápia, que a essa altura já secou e afrouxou da queimadura, pode ser descascada com a mão.
As principais vantagens são que a pele de peixe tem altos níveis de colágeno tipo 1, permanece úmida por mais tempo do que a gaze e não precisa ser alterada com frequência. Foto: Paulo Whitaker / Reuters.
Créditos: O Globo

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Com 200 mil manifestantes, movimentos populares comemoram êxito do “Ocupa Brasília”

O movimento “Ocupa Brasília”, promovido por dezenas de segmentos populares na quarta-feira (24), foi o maior ato de oposição ao governo golpista de Michel Temer (PMDB) já realizado na capital federal. Para as entidades organizadoras, a adesão ao protesto, que reuniu cerca de 200 mil pessoas, demonstra o crescimento da ideia de deposição do peemedebista e do desejo popular de realização de eleições diretas para presidente.
“Estamos num momento muito melhor do que estávamos há um mês, quando o governo dava como certa a aprovação das reformas. Hoje o movimento organizado consegue resistir e temos a verdadeira possibilidade de impedir as reformas, até porque mais de 90% do povo são contra”, avaliou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, após a finalização do protesto.
O movimento contou com a participação de caravanas de diversas regiões do país, contabilizando uma média de mil ônibus. “O balanço desta marcha de hoje é tão positivo que vai ficar na história de Brasília, podendo alterar a conjuntura política nacional”, avaliou Alexandre Conceição, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), um dos principais articuladores do ato.
Segundo ele, a entidade conseguiu aglutinar cerca de 6 mil militantes provenientes somente do Distrito Federal e de Goiás, além de membros de outros estados.

Repressão

O ponto de ebulição do “Ocupa Brasília” se deu com a ação repressora das forças policiais, que dispararam diversas bombas de efeito moral e balas de borracha para tentar dispersar os manifestantes e sufocar o protesto.
“Eles rasgaram a Constituição brasileira a partir do momento em que deram o golpe e, quando você faz isso, fica sem regra, sem referência. Aí cada um acha que pode fazer o que quiser. Por isso, eles acham que podem tratar a gente assim, mas não adianta, porque não é a repressão que vai segurar este governo”, disse Cibele Vieira, do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo (Sindipetro-SP).
Como desdobramento do conflito, o governo anunciou, na tarde desta quarta, a convocação de tropas da Força Nacional para o patrulhamento da Esplanada dos Ministérios e do Palácio do Planalto, de forma a impedir a aproximação de manifestantes. A medida provocou uma onda de protestos tanto por parte de parlamentes da oposição quanto de segmentos populares.
O dirigente João Paulo Rodrigues, do MST, qualificou a atitude como um “decreto autoritário” e assinalou que a iniciativa estaria relacionada ao sucesso do “Ocupa Brasília”. “Eles estão com medo de manifestações que possam atrapalhar as votações, ou seja, nós acertamos em cheio o alvo”, avaliou Rodrigues.

Greve Geral

Segundo Vagner Freitas, o movimento desta quarta-feira em Brasília não encerra o calendário de lutas populares. “O povo vai continuar mobilizado. Ainda tem mais atos pela frente e a possibilidade de uma greve geral pra derrubar de vez esse governo, conseguir as eleições diretas e não permitir que eles retirem nossos direitos”, afirmou o dirigente.
De acordo com ele, as centrais sindicais devem se reunir ainda esta semana para debater a proposta de uma nova greve. “Vamos utilizar todos os instrumentos da classe trabalhadora para impedir a retirada de direitos. Se pudermos fazer uma greve geral ainda maior que a do dia 28 de abril, faremos e convocaremos em breve”, finalizou o presidente.

Governo

Em pronunciamento feito nesta quarta (24), o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que a ação dos militares em Brasília atende a um pedido feito pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e que seria uma iniciativa necessária para a preservação dos prédios públicos. A medida foi oficializada através de um decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU).
Em nota divulgada à imprensa, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal afirmou que a polícia teria feito uso progressivo da força durante o ato na Esplanada para coibir a ação de manifestantes que supostamente tentaram invadir o perímetro de segurança considerado restrito. Edição: Camila Rodrigues da Silva.
Créditos: Brasil de Fato

Chacina deixa 10 posseiros mortos no Pará

A Comissão Pastoral da Terra informou na noite desta quarta-feira que dez posseiros - nove homens e uma mulher - foram mortos durante ação de reintegração de posse de acampamento situado na Fazenda Santa Lúcia, no município de Pau d’arco, sudeste do Estado do Pará.
A reintegração era realizada pelas Polícias Civil e Militar de Redenção (PA). A ação ocorreu na manhã de hoje por determinação do juiz da Vara Agrária de Redenção.
Em nota, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal, informou que logo que tomou conhecimento da chacina entrou em contato com o procurador da República na localidade, Igor Miranda, e com a promotora agrária do Estado, Eliane Moreira, “no sentido de auxiliar a articulação de ações.”
A procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, irá se deslocar até a área. A missão também conta com a participação do presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), Darci Frigo, do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, deputado Paulão, e do procurador-geral de Justiça do Estado do Pará, Gilberto Martins – que se encontra em Brasília.
Créditos: MPT/Valor.

Dilma pede liminar no STF para anular impeachment e voltar ao cargo

Impeachment da presidente Dilma Rousseff aconteceu no dia 31 de agosto de 2016
A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff pediu nesta quarta-feira (24) ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), a concessão de uma medida liminar que anule o processo impeachment desencadeado no Congresso e devolva a ela o cargo retirado. 
Moraes está com o caso porque o processo era do ministro Teori Zavascki, morto em janeiro. Ele chegou a negar, à época, a concessão da liminar para anular o processo contra a então presidente. A defesa pede agora uma reconsideração.
Na petição, Cardozo alega fatos novos, como as denúncias feitas na delação da JBS. "O quadro institucional do nosso país passou a sofrer uma forte e acentuada deterioração. O País passa hoje por uma crise política e institucional aguda, em dimensões nunca antes vivenciadas", afirma.
"A cada dia se evidencia mais a ilegitimidade e a impossibilidade do atual presidente da República permanecer no exercício do mandato para o qual não foi eleito, e em que foi indevidamente investido por força de um processo de impeachment escandalosamente viciado e sem motivos jurídicos que pudessem vir a justificá-lo", completa.
Na ação, Cardozo defende que Dilma foi afastada pelo Congresso "sem que tenha sido praticado qualquer ato que configure crime de responsabilidade." Diz ainda que o próprio Michel Temer teria reconhecido o desvio de poder de Eduardo Cunha, ao aceitar a abertura do processo de impeachment.
Diante do agravamento da crise, a defesa da ex-presidente defende a concessão da liminar. "Se no momento do indeferimento do pedido de liminar, infelizmente ao ver do Ministro do Relator, existiam razões para se falar da ausência do periculum in mora [perigo na demora de apreciação] para a restauração de um governo legal e legítimo no país, agora, estas não mais poderão existir", afirma Cardozo.
No caso de negativa de liminar, Cardozo pede que o caso seja apreciado "com a maior celeridade possível", "levando-se ao Plenário desta Corte Suprema, a apreciação definitiva."
Créditos: UOL

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Relator afirma que reforma da Previdência não tem mais previsão para ser votada

 O relator da reforma da Previdência, Arthur Maia (PPS-BA), afirmou ontem (23) que o escândalo das denúncias da JBS que ameaça a permanência de Michel Temer (PMDB-SP) na Presidência da República também compromete a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que pretende alterar o regime de aposentadorias – que, segundo ele, não tem mais data para ser votada. 
Maia, que esperava colocar a medida em votação no próximo dia 1º, diz agora que "não existe mais data" porque "Joesley destruiu isso". 
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo,  o deputado afirma que a previsão para a tramitação da reforma da Previdência é cada vez mais complicada. "O que é difícil hoje será mais difícil daqui a um mês."
Acuado, ele sequer garante a aprovação da reforma, mas apenas a retomada da tramitação após o fim de atual crise. "Eu posso garantir a vocês que, depois que recuperar tudo isso, eu vou tentar (aprovar a proposta). Mas eu posso garantir que vamos submeter à votação? Não sei. Ninguém sabe". 
Segundo o jornal, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, teria reconhecido nesta segunda-feira (22) que o calendário de tramitação da reforma da Previdência está prejudicado por causa das denúncias que atingem o governo. 
Segundo o deputado, além dos escândalos que assolam o governo Temer, a reforma da Previdência também tem dificuldades de avançar devido à preocupação dos parlamentares com a repercussão nas suas bases eleitorais de um eventual voto pela retirada de direitos relativos à aposentadoria, à medida em que se aproxima o calendário eleitoral de 2018. 
Créditos: Rede Brasil Atual