A Comissão Reguladora Nuclear norte-americana se baseou em uma análise errada ao justificar a recusa de adotar novas medidas para proteger a população no caso de uma catástrofe nuclear, diz um artigo publicado na revista Science.
Os cientistas da Universidade de Princeton acreditam que a Comissão subestimou o perigo de incêndios nas usinas nucleares por todo o país.
Os especialistas indicam que, na maioria das instalações nucleares, o combustível é armazenado muito perto de resíduos nucleares, o que, no caso de incêndio, poderá provocar emissões e contaminar uma área duas vezes mais extensa do que o estado norte-americano de Nova Jersey, que é de 22,5 mil km². Consequentemente, as autoridades deverão deslocar cerca de 8 milhões de pessoas e poderão sofrer danos econômicos no valor de 2 bilhões de dólares.
Os especialistas indicam que, na maioria das instalações nucleares, o combustível é armazenado muito perto de resíduos nucleares, o que, no caso de incêndio, poderá provocar emissões e contaminar uma área duas vezes mais extensa do que o estado norte-americano de Nova Jersey, que é de 22,5 mil km². Consequentemente, as autoridades deverão deslocar cerca de 8 milhões de pessoas e poderão sofrer danos econômicos no valor de 2 bilhões de dólares.
Essas consequências catastróficas podem ocorrer em resultado de um grande terremoto ou de um ataque terrorista, e seria possível evitá-las com regulamentos que a Comissão nunca implementou. A agência baseia sua postura em relatórios errados que excluem a possibilidade de um ato terrorista ou de um incêndio a menos de 80 quilômetros da instalação. De acordo com os cientistas norte-americanos, dessa maneira a Comissão subestima as destruições que um desastre nuclear pode provocar.
"A Comissão foi alvo de pressão do setor nuclear, diretamente e através do Congresso, para subestimar as potenciais consequências de um incêndio, porque ele [o setor] está preocupado que o aumento dos custos possa levar ao encerramento das usinas nucleares", acredita Frank von Hippel, um dos autores do artigo.
"Infelizmente, sem um protesto público contra esta situação perigosa, a Comissão continuará cedendo aos desejos da indústria", acrescenta o cientista.
Os autores do artigo indicam que, se a Comissão não tomar medidas para reduzir os fatores que podem causar um desastre nuclear, o Congresso pode-as tomar. Os especialistas também acreditam que os estados que subsidiam usinas nucleares podem desempenhar um papel importante e construtivo se apenas financiarem as instalações que aceitam resolver o problema da armazenagem do combustível. Fonte: Brasil 247.
Créditos : WSCOM
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