terça-feira, 4 de junho de 2013

Paraíba volta a cultivar algodão no semi-árido



A Paraíba, no século passado, ocupou o lugar de maior centro de comercialização de algodão no mundo. Na década de 80, o bicudo - uma praga que continua sendo uma das maiores dores de cabeça dos cotonicultores brasileiros – dizimou as lavouras do Estado.

Mas o momento é bom para o Estado, que recuperou parte da produção. Na atual safra, foram plantados apenas 200 hectares. Se comparada com os mais de 800 mil hectares em todo o Brasil, a área plantada com algodão na Paraíba é quase inexistente. Mas para aquela região, o significado é enorme, e muito importante. Sediada em Campina Grande, a Embrapa Algodão conseguiu devolver a cultura ao semi-árido no Estado. As pesquisas começaram ainda na década de 1980, com a coleta de amostras de algodão herbáceo em diversos estados. O pesquisador da Embrapa Algodão, Luiz Paulo de Carvalho, lembra que a variedade arbórea plantada na Paraíba favorecia a proliferação do bicudo: "Por isso nossa opção por espécies herbáceas, que são plantadas todos os anos". O algodão arbóreo é semiperene, produzindo até cinco anos seguidos. "Assim, o bicudo tinha alimentação praticamente o ano todo e era difícil combatê-lo", explica Carvalho.
Hoje, segundo a Embrapa, a convivência com bicudo não é mais um problema porque o besouro poderá ser eliminado com o arranquio e o espaçamento do tempo de plantio de uma safra à outra, que dever ser de, no mínimo, três anos.
De acordo com a assessoria de imprensa, na análise das amostras coletadas, os pesquisadores verificaram fibras naturalmente coloridas. Inicialmente, a Embrapa Algodão desenvolveu uma variedade semiperene, com produção em até três anos. "A empolgação foi grande por parte dos produtores e chegamos a ter 3 mil ha de algodão", lembra o pesquisador. Mas a incidência do inseto e o mercado restrito fizeram os agricultores paraibanos recuarem mais uma vez. 
"Na continuidade da nossa pesquisa, conseguimos variedades mais precoces, que facilitam o controle da praga e proporcionam maior produção", explica. Foram estudadas 35 novas linhagens de algodão nos municípios de Patos e Monteiro. Como resultado, Campina Grande e regiões vizinhas são, hoje, centros de produção algodoeira reconhecidos no país.
A pesquisa de melhoramento genético de sementes resultou no lançamento em 2000 de uma variedade na cor creme, a BRS 200. Em 2003, veio a BRS Verde e, em 2005, a BRS Rubi e a BRS Safira, ambas de nuances marrons. "Orgânica ou não, a produção de algodão colorido já se torna vantajosa ao dispensar o tingimento, uma das etapas mais problemáticas do processo", diz Carvalho. 
O pesquisador lembra que o algodão, seja colorido ou branco, tem mercado garantido. Mas para que a produção chegue ao consumidor, é preciso incentivar a organização da produção, buscar apoio do governo e facilitar o acesso às tecnologias por parte dos produtores rurais. "Mostramos que era preciso ter uma organização para garantir a colocação do produto no mercado", diz.
Assim, uma cooperativa de 31 associados em Campina Grande transforma as plumas de algodão colorido em peças de vestuário e para casa. Com as sobras de tecidos, fazem bonecos e bichinhos de pano para crianças. A cooperativa já exporta para a Europa brinquedos e almofadas produzidas com o algodão naturalmente colorido.
Expresso MT com Redação Paraíba Total 

Dilma anuncia plano safra específico para o Semiárido


A presidenta Dilma Rousseff anunciou ontem (3), em Natal, o lançamento de um plano safra específico para o Semiárido nordestino. A presidenta foi ao Rio Grande do Norte entregar retroescavadeiras e motoniveladoras a 149 municípios do estado para construção e reestruturação de estradas rurais e disse que a regionalização de um plano específico para os agropecuaristas do Semiárido visa à garantia produtiva.
“Vamos regionalizar um plano safra só do Semiárido nordestino para garantir que, cada vez que a seca ocorre, as pessoas não percam toda a sua produção”, disse Dilma, em discurso. Segundo ela, o plano melhorará a estrutura dos produtores rurais no período da seca e reduzirá a dependência da importação de milho para alimentação do rebanho. De acordo com a presidenta, as dívidas dos agropecuaristas da região serão "equacionadas" com o novo plano.
Os planos safra nacionais 2013/2014 da agricultura empresarial e da agricultura familiar serão lançados nesta semana pelo governo.
No discurso, a presidenta comparou a seca ao inverno rigoroso que alguns países enfrentam. “Os países que têm inverno com 20 graus negativos, onde tudo é tomado pela neve, suportam esse processo sem voltar atrás no caminho do desenvolvimento. Por que não podemos fazer o mesmo com a seca?”, questionou.
Dilma ressaltou que é possível conviver com a seca e escolher a melhor forma de enfrentar os prejuízos que ela traz. Para tanto, disse ela, trabalha-se com dois eixos principais: segurança hídrica e segurança produtiva. O primeiro vem sendo executado com obras de transposição, cisternas e barragens, entre outras obras para estruturar a região.
A segurança produtiva será implementada, a partir de agora, pelo plano safra a ser anunciado, bem como pelos equipamentos doados para  construção e reestruturação de estradas rurais que permitam o escoamento da produção. Além dos recursos para investimentos e custeio, o plano vai prever assistência técnica para os produtores da região. Uma dos principais investimentos para a segurança produtiva do Semiárido é a construção de armazéns e silos para estocar os alimentos.
A presidenta anunciou também a liberação de R$ 30 milhões para reforma e ampliação do Centro de Convenções de Natal, com recursos do Ministério do Turismo, e participou do lançamento do edital de licitação para obras complementares da duplicação da BR-101 no estado, como obras de drenagem e construção de vias marginais e de dois viadutos.
Dilma ressaltou a importância do Nordeste para o crescimento econômico do país e disse que a região é prioridade. “O Brasil não vai crescer o que tem que crescer se o Nordeste não continuar crescendo acima de outras regiões, porque tem que tirar o atraso”, concluiu.
Agência Brasil

PT cobra providências da Polícia Federal sobre Operação Fratelli


Partido protocola denúncia na PF e encaminha representação ao procurador-geral de Justiça de São Paulo. Em dez anos, repasses estaduais a empresa investigada somam R$ 602 milhões

Os deputados do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo protocolaram na segunda-feira (3) na Superintendência da Polícia Federal (PF) no estado de São Paulo denúncia contra os envolvidos na Operação Fratelli, realizada pela PF em conjunto com o Ministério Público no início de abril. No documento, o PT lembra que não há notícia “acerca da adoção de providências adotadas relativas à efetiva apuração e responsabilização” de agentes públicos do estado sobre as denúncias.
O partido pede apurações sobre Delson José Amador, ex-superintendente do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), entre 2007 e 2011, e do Dersa, de 2008 a 2010, e Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, ex-diretor de engenharia da Dersa, por suposto envolvimento com a chamada Máfia do Asfalto e empresas ligadas ao grupo Scamatti, encabeçado pela Demop.
A liderança petista pede que as investigações sejam realizadas, principalmente sobre "fraude nas licitações, execuções contratuais irregulares, aditamentos contratuais e enriquecimento ilícito das empresas relacionadas à denúncia". E esclarece que usa "informações que obtivemos na imprensa" para construir a argumentação, "uma vez que não tivemos acesso ao inquérito da Polícia Federal". O partido informa que vai protocolar uma representação com o mesmo teor na próxima quarta-feira (5) junto ao procurador-geral de Justiça do estado, Márcio Fernando Elias Rosa.
Segundo levantamento realizado pelo PT a partir de dados do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, no período de 2003 a 2013, os contratos e pagamentos realizados pelo Executivo paulista à Demop e outras empresas do grupo Scamatti chegaram a R$ 602 milhões. “Se considerarmos somente os contratos da Demop com o DER, constata-se que aproximadamente 95% dos contratos firmados pela administração indireta do governo de São Paulo estão concentrados no DER”. Os valores relativos exclusivamente a contratos do DER com a Demop e empresas do grupo Scamatti chegam a R$ 570 milhões no período. Do total, os anos de 2010, com R$ 179 milhões, e 2011, com R$ 162 milhões, são os que registram os valores mais altos em contratos.
Na argumentação, é citado o “vultoso contrato” com o DER, firmado em 2010 a partir de edital de 2008, para obras na SP-461, rodovia que passa por Birigui, que teve valor fixado inicialmente em R$ 31,5 milhões. No entanto, “pesquisa realizada junto ao Sistema de Informações Gerenciais de Execução Orçamentária do Estado de São Paulo aponta que os valores pagos à Demop chegam à absurda cifra de R$ 84,4 milhões”. A obra, iniciada na gestão de José Serra, em 2009, foi entregue pelo governador Geraldo Alckmin em agosto de 2012.
De acordo com a representação do PT que será encaminhada ao MP, igual à protocolada na PF, “tanto o DER quanto a Dersa detiveram e detêm o controle das licitações e contratos de grandes obras do governo de São Paulo e sempre estiveram no centro das denúncias de irregularidades, desvios e fraudes em licitações, contratos e aditamentos”.
A bancada petista lembra que tenta, desde 2011, obter as assinaturas necessárias para a instalação de uma CPI para investigar irregularidades em licitações e “ainda pela má qualidade verificada em diversas grandes obras realizadas pelo governo”.
Créditos:

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Que país desejam os rebeldes sírios?

Síria, rebeldesSão poucos os rebeldes que partilham os valores democráticos e querem viver num Estado laico. O anúncio foi feito pelo chefe da Comissão da ONU para a Investigação de Eventuais Violaçõe
s de Direitos Humanos na Síria, Paulo Sérgio Pinheiro, que na próxima semana, apresentará mais um relatório. “Eles têm aspirações diferentes. Os lutadores pela democracia que realmente acreditam na opção ideal – um Estado laico, um Estado para todos, constituem a minoria”, constata.

Enquanto isso, o vice-presidente do comitê de solidariedade com os povos da Síria e da Líbia, Israel Shamir, qualifica a declaração do alto responsável da ONU como um sinal positivo:
“É bom estar surgindo a compreensão do cenário real das coisas naquele país. Como é natural, entre os oponentes do regime há pessoas que se manifestam a favor da democracia, dos direitos humanos e das liberdades cívicas. Mas a atual crise colocou no primeiro plano os que se encontram longe do objetivo de transformações democráticas. No meio deles há ainda bandidos, ladrões e mercenários, bem como extremistas islâmicos, preparados pela Arábia Saudita e Qatar. Os autênticos oposicionistas, que tinham criticado o regime ainda antes da crise, chamados de “oposição interna”, se solidarizam com a ideia de diálogo. Mas a “oposição externa” não leva a sério suas intenções e os propósitos que advogam.
Muitos peritos indicam que os rebeldes que preconizam a intenção de edificar um regime democrático na Síria têm possibilidades de o fazer. Sob seu controle se encontram algumas zonas do país, por exemplo, uma região na fronteira com a Turquia. Ali também é possível estabelecer as normas de vida democráticas, realizar eleições autárquicas e fazer outros procedimentos necessários. Todavia, das regiões ocupadas pela oposição armada, chegam até nós vídeos sobre as “limpezas étnicas”, punições públicas e massacres.
Um representante da oposição, membro da Coligação Nacional, Ahmad Kamil, divulgou, em entrevista à Voz da Rússia, que o seu partido cuidará da questão de direitos do homem logo depois da vitória:
“Quando derrubarmos o regime criminoso, vamos proceder ao combate à violação dos direitos do homem. Vamos investigar os crimes cometidos nesse domínio, e até interrogar as pessoas que pegaram em armas para se proteger. Vamos tomar conta de tudo isso quando chegarmos ao poder”.
Contudo, os peritos duvidam da sinceridade de tais intenções. Não é segredo que o fulcro da Coligação Nacional tem sido constituído pela Irmandade Muçulmana, cuja eventual subida ao poder não será assinalada pelo “florescimento da democracia”.
Israel Chamil, em contato permanente com as pessoas que viveram em territórios ocupados pelos rebeldes, numa espécie de protótipo da nova Síria, admite:
“As declarações de os rebeldes terem estabelecido ou estarem instaurando ali um regime democrático ou as leis de sharia não correspondem à verdade. É mentira. As pessoas que ali viveram por algum tempo relatam que os insurretos praticam atos de pilhagem, roubam tudo o que podem roubar e depois levam as coisas roubadas para a Turquia. Por isso, trata-se de saques típicos e banais. Quando querem castigar alguém, costumam agir à margem da lei islâmica, sob a capa de justiceiros. Para dizer verdade, eu não partilho os receios da ONU acerca da alegada instauração de leis islâmicas no caso do derrubamento de Assad. As leis de sharia se baseiam num determinado quadro jurídico. Nem todos os sírios gostariam de viver ao abrigo dessa lei, mas viver sob estas normas rígidas é possível. O problema se prende com o banditismo comum”.
É, realmente, muito difícil imaginar que os assassinos, bandidos e ladrões de ontem, quando chegarem ao poder, se tornarão de repente autênticos defensores de valores democráticos e dos direitos humanos.
Andrei Ontikov
VOZ DA RÚSSIA

Universidade de 800 anos pode ser reerguida

A Universidade de Nalanda, na Índia, foi um centro de ensino importante muito antes de Oxford, Cambridge, e Bolonha - a faculdade mais antiga da Europa.
Localizada no norte da Índia, Nalanda atraiu estudiosos de toda a Ásia, e sobreviveu durante cententas de anos, até ser destruída por invasores em 1193. A ideia de Nalanda como um centro internacional de ensino está agora sendo revivida por um grupo de autoridades e estudiosos liderados pelo ganhador do prêmio Nobel de economia Amartya Sen.
O grupo quer atrair estudantes e pesquisadores de todo o mundo, em especial nas áreas de humanas, economia, administração, integração asiática, desenvolvimento sustentável e línguas orientais.
Fundada por volta do século 5º, Nalanda já teve mais de 10 mil alunos, em sua maioria monges budistas, que saíam de China, Japão, Coreia e outros países asiáticos.
A universidade será reconstruída perto de uma antiga instituição budista no Estado indiano de Bihar.

Mas estabelecer uma universidade de nível superior em uma parte pobre e subdesenvolvida da Índia é uma tarefa difícil. Alguns críticos duvidam que uma universidade internacional possa prosperar na região.
"A localização de uma instituição acadêmica é muito importante", diz Philip Altbach, diretor do Centro para Educação Superior Internacional do Boston College, nos Estados Unidos. "Nalanda pode atrair grandes pensadores, mas acadêmicos gostam de lugares com infraestrutura."
E Amartya Sen, novo reitor da universidade, é destemido. "Nosso trabalho é estabelecer o currículo da universidade e fazê-la acontecer. Estamos só no começo. A antiga universidade levou 200 anos para chegar a um estado florescente. Não levaremos 200 anos, mas pelo menos algumas décadas."Apesar dos problemas, Bihar é hoje o Estado que mais cresce na Índia, com uma expansão econômica de 12% em 2012.
Em 2006, Índia, China, Cingapura, Japão e Tailândia anunciaram o plano de revitalizar a universidade com base na antiga Nalanda. O projeto recebeu o apoio de países do Sudeste Asiático, Austrália, Nova Zelândia, Rússia e Estados Unidos.
Instalações provisórias já estão funcionando, e o departamento de pós-graduação já publicou convites para pesquisadores e acadêmicos de todo o mundo. As duas primeiras faculdades serão de História e Ecologia & Meio Ambiente, com a primeira turma no ano que vem.
Amartya Sen diz que haverá uma cooperação ativa com a escola de estudos florestais da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, com o departamento de história da Universidade Chulalongkorn, de Bangcoc, e com as Universidades de Seul, na Coreia do Sul, e de Pequim, na China.
Segundo Sen, a nova Nalanda será "asiática em termos de inspiração e motivação, mas não em termos de conhecimento, competência e envolvimento pessoal". A expectativa dele é de que, se tudo correr bem, a nova universidade seja capaz de fazer jus à boa reputação da antiga Nalanda, mesmo após um intervalo de mais de 800 anos.
Leia mais em BBC Brasil.

Inundações atingem Áustria, Alemanha e República Tcheca

Alemanha, inundação, cheias na Europa CentralA companhia de luz e força da capital tcheca passou a funcionar em regime 
de emergência e reduziu o fornecimento de energia a vários bairros de Praga ameaçados de inundação.

Segundo se informa, isto foi feito para minimizar o perigo de fulminação das pessoas pela eletricidade.
As autoridades de Praga fecharam totalmente o trânsito em 19 ruas perto do rio Vltava, devido às alagações e à necessidade de construir barreiras protetoras. Espera-se que nos próximos tempos outras 5 ruas sejam fechadas para todo tipo de trânsito.
Na segunda-feira, as estações de metrô no centro de Praga continuarão fechadas para entrada e saída de passageiros. As águas do rio continuam subindo. Segundo os meteorologistas, a chuva só terminará na manhã da segunda-feira.
Outra pessoa morreu na República Tcheca pela inundação
Socorristas tchecos encontraram, nas proximidades de Praga, em uma casa desmoronada devido à inundação, o corpo de um homem, a segunda vítima da inundação deste ano.
A primeira vítima da inundação nesse país, foi uma mulher também encontrada sob os escombros de uma casa desmoronada. Além disto, o serviço de socorro está procurando, pelo segundo dia, três funcionários seus desaparecidos durante as operações de socorro à população.
As operações de socorro na zona alagada realizam-se em condições difíceis. Só é possível chegar às casas de bote, os socorristas também utilizam helicópteros.
Cidades alemãs pedem ajuda de militares contra inundação
Várias cidades alemãs já pediram o exército que enviasse militares para combater as inundações.
As fortes chuvas, que não param durante vários dias, provocaram inundações em toda uma série de regiões da Alemanha. A calamidade afetou sobretudo a Saxônia, Baviera e Baden-Vurtemberga. As duas primeiras vítimas desapareceram na sexta-feira e no sábado.
Antes, o prefeito da cidade de Passau, no Danúbio, Jurgen Dupper, anunciou que o nível da água dentro dos limites urbanos poderia subir para 11 metros, ultrapassando, assim, o índice da chamada “inundação do século”, de 2002, quando a água subiu até 10 m 81 cm.
Ameaça de inundações e desabamentos na Áustria
Duas pessoas são dadas como desaparecidas na cidade austríaca de Taxenbach em consequência dos desabamentos provocados pelas incessantes chuvas torrenciais. Pelo menos, 200 pessoas foram evacuadas.
A natureza afetou sobretudo o Oeste e Norte desse país. Centenas de bombeiros, socorristas e militares instalam barreiras para se proteger das inundações e ajudam a evacuar os habitantes. Foi perturbado o tráfego ferroviário; ficaram alagadas algumas rodovias. Em poucos dias, na Áustria caíram precipitações habitualmente correspondentes a dois meses.
Metrô de Praga foi fechado por ameaça de inundação
As inundações na República Tcheca provocaram hoje a morte de uma mulher. Além disto, três outras pessoas são dadas como desaparecidas. O terceiro (mais alto) nível do perigo de inundação foi decretado em 40 cidades. Em Praga, começou a evacuação da população das zonas alagadas.
As chuvas no centro da República Tcheca continuam, e o nível das águas nos rios continua crescendo.
Começou evacuação em Praga ameaçada de inundação
As autoridades de Praga começaram a evacuar a população de certos bairros da capital tcheca, após um brusco aumento do nível das águas do rio Vltava. Na cidade foi anunciado o terceiro (mais alto) nível do perigo de inundação.
Atualmente, pelo rio passam 1510 m3 de água por segundo, sendo o limite do terceiro nível de perigo igual a 1500 m3/seg.
As autoridades exortam os habitantes e turistas a desistirem, na segunda-feira próxima, de viagens à capital tcheca.
Rio Danúbio transbordou na Alemanha
Na sequência de chuvas intensas, o nível da água no Danúbio junto à cidade alemã de Passau atingiu 9,3 metros e continua subindo a uma velocidade de cerca de 20 cm por hora, tendo já inundado as ruas centrais da cidade e as caves de prédios.
"O máximo nível histórico do Danúbio jamais atingido na zona de Passau foi de 10,81 m. É perfeitamente possível que este recorde seja batido agora. As consequências disto seriam catastróficas”, declarou o porta-voz do Serviço Meteorológico Alemão.
A situação não é menos tensa em outras regiões da Alemanha. Por enquanto nesta tarde, será suspensa a navegação no Reno, no estado federal da Renânia-Palatina do. Até lá, foi decretado um aumento do regime de velocidade e aos barcos foi recomendado que se mantivessem afastados tanto quanto possível das margens.
Chuvas torrenciais inundam a Alemanha
A Alemanha está afetada pelo mau tempo há vários dias. Chuvas torrenciais, ventos fortes, quedas de árvores, ruas e estradas inundadas marcaram o início do verão no país.
Especialistas afirmam que, se o tempo não mudar nos próximos dias, o setor agrícola do país sofrerá grandes perdas.
No momento, as equipes de resgate no sul e sudeste da Alemanha estão em estado de alerta máximo.
De acordo com o Serviço Meteorológico alemão, há 50 anos que não acontecia nada parecido no país.
VOZ DA RÚSSIA

Anti-inflamatórios aumentam risco de doenças cardíacas, diz estudo

Antiinflamatório (foto: SPL)

Um estudo britânico sugere que anti-inflamatórios analgésicos, como o ibuprofeno e o diclofenaco, podem aumentar o risco de doenças cardíacas quando ingeridos em grandes doses.
Estudos passados já haviam apontado a relação entre anti-inflamatórios e problemas do coração, mas esta é a primeira vez que uma pesquisa faz uma análise em detalhe. O estudo foi publicado na revista científicaLancet.
Os pesquisadores, da Universidade de Oxford, analisaram os prontuários de 353 mil pacientes para avaliar o impacto dos anti-inflamatórios, que são medicamentos não-esteroides e no Brasil são comercializados em produtos como Voltaren e Cataflan.
Eles examinaram receitas médicas de altas doses dos anti-inflamatórios, de 150 mg de diclofenaco ou 2.400 mg de ibuoprofeno diariamente, e não as prescrições para pequenas doses, que podem ser adquiridas na farmácia sem receita.
Eles concluíram que, para cada mil pacientes analisados, o risco de ataque cardíaco aumentava de 8 para 11 por ano. Eles também registraram quatro casos adicionais de falência cardíaca e uma morte, além de casos de sangramento no estômago.
"Três casos adicionais de ataque cardíaco por ano pode parecer um risco baixo, mas cabe aos pacientes julgarem se querem tomar os medicamentos", disse o pesquisador-chefe, Colin Baigent.
Baigent salientou que os resultados da pesquisa não devem preocupar pessoas que tomam baixas doses dos medicamentos para tratar dor de cabeça, por exemplo.
No entanto, ele alerta que quem já corre risco de ter doenças cardíacas tem mais chance de desenvolver as complicações se tomar altas doses dos anti-inflamatórios.
O remédio, que tem ação similar à da aspirina, impedindo coágulo sanguíneo, também pode aumentar o risco de sangramento estomacal, afirmaram os especialistas.Um terceiro medicamento analisado no estudo, naproxeno, acusou riscos menores de complicações cardíacas e tem sido prescrito por médicos para pacientes considerados de alto risco.
Pessoas que sofrem de artrite geralmente se beneficiam dos anti-inflamatórios analisados no estudo, que agem aliviando a dor e combatendo a inflamação.
O professor Alan Silman, diretor da organização Arthritis Research UK, diz que esses medicamento são uma "tábua de salvação" para milhões de pessoas e são extremamente eficientes em atenuar a dor.
"No entanto, por causa de seus possíveis efeitos colaterais, especialmente o de maior risco de complicações cardiovasculares, há uma necessidade urgente de encontrar alternativas que sejam tão eficientes e seguras".

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