domingo, 3 de agosto de 2014

Microcrédito produtivo aumenta renda familiar em 14,3%

Pesquisa realizada pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) constatou aumento de 14,3% na renda média familiar de clientes do Programa de Microcrédito Orientado do Banco do Nordeste (Crediamigo), considerado o maior programa de microcrédito urbano da América do Sul.
Segundo o estudo, concluído no último semestre, a ampliação da renda deve-se diretamente ao aumento do lucro do negócio, que em todos os intervalos de número de contratações teve importância superior a 62%.
A pesquisa levou em conta duas dimensões: o empreendimento e a qualidade de vida do empreendedor. A população estudada foi composta por clientes com renda familiar mensal situada entre R$ 678 e R$ 5 mil reais, dando origem a dois grupos:  Controle (antes do programa) com 1.549.777 clientes e Tratamento (depois do programa) com 1.106.840  clientes.
Para o grupo de tratamento, foram selecionados clientes que já tivessem realizado no mínimo quatro empréstimos e no máximo 35 no período entre 2005 e 2012. O espaço geográfico definido corresponde aos nove estados da Região Nordeste e ao norte de Minas e Espírito Santo.
De acordo com o Etene, “a estrutura física do empreendimento também é positivamente impactada pelo maior tempo de exposição ao programa demonstrando tendência de redução das atividades realizadas na própria casa do empreendedor e em domicílio e acentuada a tendência de crescimento da atividade realizada em ponto comercial, o que representa maior solidez do microempreendimento”.
Dessa forma, as análises permitem concluir que os recursos do Crediamigo são muito importantes para dar sustentação à atividade econômica, com tendência de melhorias, na medida em que os clientes ficam por mais tempo expostos ao programa.
Sobre o Crediamigo
O Crediamigo é um programa de microfinanças que busca desenvolver o setor microempresarial mediante a oferta de serviços financeiros e de orientação empresarial, de forma sustentável, oportuna e de fácil acesso. Foi referência para a criação do Programa Nacional de Microcrédito (Crescer).
Créditos: Paraíba Total

Tráfico de animais silvestres: Um flagelo brasileiro

Muitas vezes, quando a polícia ambiental chega, os an imais já estão mortosAtravés de uma rede nacional capilar de caçadores e de traficantes, literalmente milhões de pássaros, sobretudo araras, papagaios e periquitos, cobras, borboletas, camaleões, jabutis, onças, macacos, peixes e tartarugas são aprisionados e vendidos tanto no mercado nacional quanto no estrangeiro. A quase totalidade dessas criaturas silvestres não sobrevivem aos processos de captura e de armazenamento para o transporte. Cerca de 90% delas morre antes de ser comercializada, por ferimentos, por sufocação, ou simplesmente por falta de comida e de água.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (Onu), o tráfico de animais silvestres é a terceira atividade ilícita mais lucrativa do planeta, perdendo apenas para o tráfico de drogas e para o tráfico de armas. A Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas) estima que o tráfico de animais silvestres movimenta mundialmente cerca de pelo menos dez bilhões de dólares por ano.
O Brasil ocupa um lugar de destaque nessa questão, movimentando aproximadamente quinze por cento desse comércio ilícito, o que equivaleria a cerca de um bilhão e meio de dólares ao ano. Por possuir uma das mais ricas biodiversidades do planeta, nosso país é também um dos mais visados pelos traficantes.
O artigo 1º da Lei nº 5.197/67 (Lei da Fauna) define fauna silvestre como “os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do seu desenvolvimento que vivem naturalmente fora do cativeiro”. Vários tipos de animais que estão na mira de caçadores ilegais e destinados ao tráfico nacional e internacional
Diferentemente do animal doméstico, o animal silvestre não se acostuma ao cativeiro. Quando retirado do seu habitat natural ele reage negativamente, passando inclusive a ter dificuldade de se desenvolver e de se reproduzir em cativeiro. (Por: Luis Pellegrini)
Créditos: Portal Brasil 247

Quase 300 crianças morreram na ofensiva israelense em Gaza, diz UNICEF

Palestina, Gaza, crianças, vítimas

"A ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, iniciada em 8 de julho, provocou a morte de pelo menos 296 crianças e adolescentes palestinos, segundo o UNICEF. 
As crianças representam 30% das vítimas civis", afirma o Fundo das Nações Unidas para a Infância. Os dados ainda não são definitivos. "O número de crianças mortas nas últimas 48 horas pode aumentar, após uma série de verificações que estão sendo feitas", afirma o UNICEF.
Israel, que perdeu 63 soldados e três civis nos confrontos, disse que tem feito o possível para evitar que inocentes se machuquem e que o Hamas facilita essas mortes ao operar em áreas densamente povoadas. Até este sábado, mais de 1.670 palestinos, em sua ampla maioria civis, morreram em consequência da ofensiva israelense. Os ataques, de ambos os lados, foram retomados na sexta após uma trégua que durou poucas horas.Foto: AP/Adel Hana
Créditos: Voz da Russia

O buraco nas contas da Santa Casa

O maior hospital filantrópico da América Latina, Santa Casa Misericórdia de São Paulo virou assunto de desentendimento entre o governo federal e o estadual. E, até agora, a Secretaria do Estado de São Paulo não prestou esclarecimentos ao Ministério da Saúde.
Na semana passada, o pronto socorro da Santa Casa ficou fechado por 30 horas, devido a uma dívida com fornecedores de R$ 50 milhões. A unidade que é o maior hospital filantrópico da América Latina contabiliza um déficit atual de R$ 400 milhões nas contas, sendo a maior parte de empréstimos bancários. O caso gerou embate na esfera política entre as pastas da Saúde.
Depois da paralisação do PS na unidade, o secretário estadual de Saúde, David Uip, disse que a gestão da unidade era responsabilidade federal.
Assim, o Ministério da Saúde resolveu analisar as contas de repasse e constatou que o estado de São Paulo, por meio da Secretaria Estadual da Saúde, não transferiu R$ 74 milhões destinados à Santa Casa. "Que o recurso [da pasta] saiu, saiu. Que chegou a São Paulo, chegou a São Paulo. Que ele não chegou integralmente na Santa Casa, não chegou", afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
David Uip rebateu. Disse que o Ministério contabilizou duas vezes um valor de incentivos não mais existentes. Tratam-se do FIDEPS, financiamento de ensino e pesquisa, e a expansão da oferta, um incentivo ampliado, em 2011, para sanar dificuldades financeiras da Santa Casa e aumentar atendimentos. De acordo com o secretário, esses recursos foram incorporados a outros repasses, que são os valores de produção, ou seja, o total de procedimentos realizados no hospital.
O secretário contornou a responsabilidade e disse que, uma vez que o recurso foi contabilizado pelo Ministério da Saúde, cobrará o recebimento desse valor que, de acordo com ele, não foi repassado à pasta estadual. Além disso, cobrou a abertura de uma auditoria para analisar as contas da Santa Casa de São Paulo.
O Ministério da Saúde comemorou a iniciativa e já indicou um dos seus técnicos como representante da auditoria, que ainda não tem data marcada.
E em contrapartida informou, em nota, que “os valores do FIDEPS ficam como memória de cálculo e devem ser alocados como incentivos de custeio e, não, vinculados à produção. O recurso, portanto, é um repasse a mais em relação à tabela SUS”. A pasta também lembrou que, mesmo se a ampliação da oferta fosse incorporada aos valores de produção, o aumento do repasse deveria ser constatado nas contas, “o que não se verifica”.
Chioro respondeu, mais uma vez, à afirmação de David Uip: "eu não estou inventando, nós estamos comparando as portarias que o Ministério da Saúde autorizou o pagamento com os dados enviados pela secretaria estadual e com a confirmação feita pela Santa Casa".
Na última terça-feira (29), o ministro contou que havia solicitado à secretaria estadual de São Paulo informações sobre as contas da Santa Casa e disse: "pode ser que o Estado tenha explicações, é preciso entender a situação sem elevar o tom e ser desrespeitoso". 
"Objetivamente, nós mandamos R$ 25,3 milhões por mês, para que o Estado pague a Santa Casa. E a própria Santa Casa confirma que, do recurso federal, só tem recebido R$ 21,5 milhões", defendeu Arthur Chioro.
Até agora, a pasta estadual não respondeu.
No documento enviado por Fausto Pereira dos Santos, o ex-secretário executivo e secretário de Atenção à Saúde do Ministério faz um questionamento ao Secretário de Estado da Saúde de São Paulo sobre a "divergência dos valores informados".
"Visando dar transparência dos recursos transferidos à Santa Casa, informo que no exercício de 2013 este Ministério identificou recursos financeiros de fonte federal no montante de R$ 293.954.752,20, e no exercício de 2014, no período de janeiro a maio, o valor de R$ 127.334.471,24. Estes valores se referem aos incentivos financeiros e produção do estabelecimento, conforme planilha anexa", expõe Fausto Pereira.
O secretário dá continuidade às informações: "conforme dados informados por essa Secretaria [estadual], verificou-se que no exercício de 2013 foram transferidos recursos financeiros à Santa Casa no montante de R$ 414.238.822,84, sendo R$ 176.973.809 de fonte estadual e R$ 237.265.013,84 de fonte federal. No exercício de 2014, até a competência maio, foram transferidos recursos no montante de R$ 173.415.534,25, sendo R$ 67.653.600 de fonte estadual e R$ 105.761.934,25 de fonte federal".
Por fim, ele compara ao montante verificado pela unidade hospitalar: "em conformidade com os dados enviados pela Santa Casa, no exercício de 2013, esta informa que recebeu recursos de fonte federal desse estado, no montante de R$ 241.360.565,83 e em 2014 recebeu o valor de R$ 106.076.077,80, da mesma fonte até a competência maio".
Créditos: Jornal GGN

Operação de Israel em Gaza vai continuar "o tempo que for necessário", diz Netanyahu

A ação de Israel irá continuar na Faixa de Gaza e nem recuar até que o país se sinta seguro em relação ao Hamas, informou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. “Prometemos, desde o início, o regresso à calma para os cidadãos de Israel, e continuaremos a agir até que tenhamos atingido esse objetivo. Isso levará tanto tempo quanto necessário e utilizaremos toda a força exigida”, declarou Netanyahu à imprensa em Telaviv.
“A operação continua. O Exército continua a atuar com todas as suas forças para levar a bom termo as suas missões, o regresso à calma, a segurança para os cidadãos de Israel, apenas provocando danos à infraestrutura terrorista”, acrescentou. “As nossas Forças Armadas estão prestes a conseguir a neutralização dos túneis de Gaza”. 
Durante o dia de hoje (2), o Exército israelense anunciou a retirada de soldados das cidades de Beit Lahiya, no Norte da região. Com essa medida, veículos internacionais de comunicação chegaram a noticiar que a operação israelense estaria chegando ao fim.

A operação israelense, que começou 8 de julho, causou mais de 1,6 mil mortos do lado palestino, entre eles 296 crianças e adolescentes, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Do lado israelense, foram mortas 63 pessoas. Desde ontem (1º), Israel já tinha decidido que não fecharia um acordo com o Hamas para pôr fim às hostilidades, mas que atuaria por própria iniciativa até estarem cumpridos todos os objetivos.
Enquanto não existe um cessar-fogo, o Egito procura mediar uma solução para os conflitos entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza. Para o presidente egípcio, Abdel Fattah Sissi, a proposta egípcia representa uma "possibilidade real" para o fim dos confrontos. A iniciativa egípcia, apresentada dias depois do início da ofensiva israelense, previa um cessar-fogo seguido de negociações. Foi aceita por Israel, mas rejeitada pelo Hamas, que exigia como condição prévia o fim do bloqueio em vigor desde 2006, a abertura da fronteira com o Egito e a libertação de prisioneiros por Israel. Foto: EPA
Créditos: Agencia Brasil

sábado, 2 de agosto de 2014

OMS diz que surto de ebola está fora de controle e sugere restrições de viagens

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, disse ontem (1º) que o surto do vírus ebola está se expandindo mais rapidamente do que os esforços para controlá-lo. “Se a situação continuar a piorar, as consequências podem ser catastróficas em termos de perda de vidas e também socioeconômicos, e há riscos de propagação para outros países”, alertou.
As declarações foram feitas em pronunciamento na capital da Guiné, Conacri, em reunião de emergência com os presidentes da Guiné, da Libéria e de Serra Leoa para elaboração de um plano de combate à epidemia. Segundo a diretora, este surto é de longe o maior da história de quase quatro décadas da doença, tanto em número de casos (1.323), quanto de mortes registradas (729).
A diretora da OMS adiantou que alguns países terão que impor restrições de locomoção e para reuniões públicas, dependendo da situação epidemiológica. “Correntes de transmissão podem ser quebradas”, ponderou. Para ela, a reunião de hoje deve marcar um ponto de mudança na resposta ao surto. A OMS já havia anunciado apoio financeiro de US$100 milhões para combater a epidemia.
Margaret destacou que a doença está ocorrendo em áreas com maior movimento populacional, e tem demonstrado sua capacidade de se espalhar por meio de viagens aéreas. Casos estão ocorrendo em áreas rurais de difícil acesso, mas também em capitais densamente povoadas.
Além disso, o surto está afetando um grande número de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, um dos recursos mais importantes para conter um surto. Até o momento, mais de 60 profissionais de saúde morreram depois de trabalhar com pacientes infectados pelo vírus ebola.
Para Margaret Chan, apesar da inexistência de uma vacina ou terapia curativa, os surtos de ebola podem ser contidos com a detecção precoce e isolamento dos casos, com o rastreio dos infectados e procedimentos rigorosos de controle de infecção. Ela destacou que o início rápido do tratamento aumenta as chances de sobrevivência.
O vírus ebola é transmitido por contacto direto com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infetados. Os principais sintomas são hemorragias, vômitos e diarreias. A taxa de mortalidade da doença varia entre 25 e 90%. Esta é a primeira vez que se identifica e se confirma uma epidemia de ebola na África Ocidental, até agora sempre registadas em países da África Central.
Créditos: Agencia Brasil

Fazenda de tio de Aécio já foi flagrada com trabalho análogo à escravidão

Oitenta trabalhadores em destilaria da família Tolentino foram resgatados, em 2009, em área ao lado do aeroporto construído por Aécio.
 Múcio Guimarães Tolentino, 88 anos, é tio-avô de Aécio Neves. Ex-prefeito da cidade de Cláudio, no interior de Minas Gerais, é dono da fazenda Santa Isabel, que o governo mineiro, em 2010 – então sob a gestão do sobrinho -, escolheu desapropriar uma parcela para construir um aeroporto a um custo de R$ 14 milhões. Segundo a Folha de S.Paulo publicou, o acesso à pista, embora seja pública, é controlado pela família Tolentino.
 O caso revelado até agora pela “Folha” já demonstra que Cláudio pode ser um grande problema para a campanha de Aécio Neves, mas a “ficha corrida” da fazenda Santa Isabel e as relações entre os Tolentino e o ex-governador do Estado trazem outros elementos, que rescendem a uma mistura entre o público e o privado e remontam a tristes lembranças da herança escravocrata que ajudou a consolidar relações de poder no estado mineiro. Em 2005, a Destilaria Alpha, que tinha como representante legal Marcelo de Campos Tolentino, contou com apoio direto do governador para reativar sua atividade industrial de produção de álcool combustível. Consta do Diário Oficial do Estado de Minas, em 28 de setembro de 2005, protocolo de intenções entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais com assinatura do próprio governador Aécio Neves, que previa “viabilizar a reativação da Alpha, de sua unidade industrial localizada no município de Cláudio (MG), destinada à produção de álcool combustível hidratado”.
O documento previa a possibilidade de empréstimos à Destilaria Alpha. O representante legal da empresa foi Marcelo de Campos Tolentino, que embora com telefone e residência na capital Belo Horizonte, tem raízes na cidade de Cláudio. O empresário já contribuiu com campanha eleitoral de Aécio, tendo doado R$ 1 mil na sua primeira eleição para governador, em 2002. Já Marina Tolentino ocupou o cargo de diretora financeira na Alpha Destilaria.
Ministério flagra trabalho análogo à escravidão
Quatro anos depois, a mesma empresa que fora reativada com a ajuda do governador, foi flagrada com trabalhadores em situação análoga à escravidão. Fiscalização do MTE resgatou 80 deles nas fazendas Santa Isabel e Santo Antônio. A notícia, à época, não ganhou as manchetes dos jornais.
  Em junho de 2013, a Alpha passou a figurar no cadastro de empregadores flagrados com mão de obra análoga à de escravo, a chamada “lista suja” do Ministério do Trabalho. Fazer parte dessa lista impede, por exemplo, que empresas contratem empréstimos junto a bancos públicos federais ou que possam fornecer produtos para mais de 400 empresas signatárias do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, com a Petrobras. (Da Redação Entrefatos)
Créditos: Entrefatos: