sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

MPF estima que desvios na Petrobras tenham chegado a R$ 2,1 bilhões

O Ministério Público Federal (MPF), responsável pela força-tarefa que atua na Operação Lava Jato, lançou uma página na internet para atualizar informações sobre as investigações. De acordo com balanço mais recente, os investigados na operação desviaram R$ 2,1 bilhões da Petrobras. Conforme os dados, R$ 450 milhões foram recuperados e R$ 200 milhões em bens estão bloqueados por determinação da Justiça. 

Para o MPF, 12 investigados assinaram acordos de delação premiada. Conforme o levantamento, 150 pessoas e 232 empresas estão sob investigação. Até a sétima fase da operação, deflagrada em novembro do ano passado, 60 pessoas foram presas, foram expedidos 161 mandados de busca e apreensão e 37 pessoas foram conduzidas coercitvamente para prestar esclarecimentos à Polícia Federal.

Após a apuração dos crimes, a Justiça Federal em Curitiba abriu 18 ações criminais contra 86 investigados, que respondem pelos crimes de corrupção, tráfico de drogas, lavagem de ativos, formação de organização criminosa e crime contra o sistema financeiro nacional. As suspeitas de corrupção na Petrobras começaram com a investigação sobre desvios de recursos públicos na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Segundo o Ministério Público, a obra foi orçada em R$ 2,5 bilhões e alcançou gastos de R$ 20 bilhões.

Conforme o MPF, os desvios na construção da refinaria ocorreram por meio de contratos superfaturados com empresas que prestaram serviços à Petrobras entre 2009 e 2014. De acordo com a investigação, os desvios tiveram participação de Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento da estatal, e de Youssef, dono de empresas de fachada.
Créditos: Agencia Brasil

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Violações dos direitos humanos deram origem ao Estado Islâmico



O diretor da organização "Human Rights Watch" considerou, esta quinta-feira, que as violações dos direitos humanos, incluindo pelos Estados Unidos, alimentaram parcialmente a emergência do movimento jiadista Estado Islâmico no Iraque ou a crise na Ucrânia.
Kenneth Roth falava na apresentação do relatório anual da organização não-governamental de defesa dos direitos humanos "Human Rights Watch" (HRW), com sede em Washington. 

"As violações dos direitos humanos desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento ou no agravamento da maioria das crises atuais", explicou. Num "mundo que se está a desfazer", muitos governos "parecem considerar que as atuais ameaças à segurança devem ter prioridade sobre os direitos humanos", afirmou.

Mas os direitos humanos tornaram-se "numa bússola essencial da ação política" e descartá-los não é apenas "uma má escolha, é também uma visão redutora e contraprodutiva", declarou. Do Iraque à Síria, do Egito à Nigéria, passando pela Ucrânia, nestes países marcados pela instabilidade, "proteger os direitos humanos e permitir aos habitantes terem uma palavra a dizer sobre a maneira como os seus governantes tratam as crises são uma chave para a sua resolução", considerou o diretor da HRW.

A emergência dos jiadistas sunitas do EI foi alimentada pela invasão do Iraque pelos Estados Unidos em 2003, que criou um vazio de segurança e violações dos direitos humanos, na prisão de Abu Ghraib, em Bagdade, ou na prisão militar norte-americana de Guantánamo. Washington e Londres também "fecharam os olhos" às políticas sectárias do antigo primeiro-ministro iraquiano xiita Nuri al-Maliki, à perseguição das minorias sunitas, às detenções arbitrárias e execuções sumárias, continuando a fornecer armas ao governo de Al-Maliki.
Créditos:Jornal de Notícias

Vírus do ebola pode ter ficado mais contagioso, advertem cientistas

Cientistas que acompanham a evolução do surto de ebola na Guiné dizem que o vírus sofreu uma mutação e pode ter se tornado mais contagioso. Mais de 22 mil pessoas foram infectadas com o ebola e 8.795 morreram na Guiné, Serra Leoa e Libéria.
Pesquisadores do Instituto Pasteur, na França –os primeiros a identificar a epidemia, em março–, começaram a analisar centenas de amostras de sangue de pacientes de ebola. Eles monitoram as mutações do vírus e tentam descobrir se o ebola está sendo transmitido mais facilmente de pessoa para pessoa.
"Sabemos que o vírus está mudando bastante", disse o geneticista Anavaj Sakuntabhai. "Isso é importante para o diagnóstico (de casos novos) e para o tratamento. Precisamos saber como o vírus (está mudando) para fazer frente ao nosso inimigo."
Mutações em vírus ao longo do tempo não são incomuns. O ebola é um vírus de RNA –como o HIV e a influenza (gripe)– que têm uma elevada taxa de mutação. Isso o torna mais apto a se adaptar e aumenta o potencial de contágio.
"Identificamos vários casos que não têm nenhum sintoma, casos assintomáticos", disse Sakuntabhai.
"Essas pessoas podem ser as que mais transmitem o vírus, mas ainda não sabemos. Um vírus pode passar por uma mutação e se tornar menos mortal mas mais contagioso –isso é algo que nos deixa com medo."
'QUESTÃO DE NÚMEROS'
Mas a maior incidência de pacientes assintomáticos no atual surto de ebola não é necessariamente uma prova conclusiva de que o vírus se tornou mais contagioso, diz o professor Jonathan Ball, virologista da Universidade de Nottingham.
"Poderia ser simplesmente um jogo de números: quanto mais infecções na população em geral, obviamente veremos mais infecções assintomáticas", argumenta.
Outra preocupação é que, com mais mais tempo e mais "anfitriões" para se desenvolver, o ebola sofra mutações que lhe permitam ser transmitido pelo ar. Porém, não há nenhuma evidência para sugerir que isso está acontecendo. O vírus só é transmitido por meio do contato direto com fluidos corporais de pessoas infectadas.
"Precisamos estudar mais. Mas alguma coisa mostra que existem mutações", disse o virologista do Instituto Pasteur Noel Tordo.
"Por enquanto, o modo de transmissão ainda é o mesmo. Você só precisa evitar o contato (com a pessoa doente). Mas, como cientista, não é possível dizer que isso não vai mudar. Talvez mude."
Os pesquisadores estão usando um método chamado sequenciamento genético para acompanhar as mudanças na composição genética do vírus. Até agora, eles analisaram cerca de 20 amostras de sangue da Guiné. Outras 600 amostras serão enviadas aos laboratórios nos próximos meses.
Um estudo semelhante feito anteriormente em Serra Leoa mostrou que o vírus ebola passou por uma mutação considerável nos primeiros 24 dias do surto, segundo a Organização Mundial de Saúde.
"Isso certamente levanta uma série de questões científicas sobre transmissibilidade, resposta a vacinas e medicamentos, uso de plasma de pessoas infectadas", afirmou a pesquisa da OMS. "No entanto, muitas mutações genéticas podem não ter qualquer impacto sobre a forma como o vírus reage aos medicamentos ou se comporta em populações humanas."
VACINAS
A pesquisa francesa também investiga por que algumas pessoas sobrevivem ao ebola e outros não. A taxa de sobrevivência do surto atual é de cerca de 40%. As conclusões poderiam ajudar no desenvolvimento de vacinas contra o vírus.
Pesquisadores do Instituto Pasteur trabalham atualmente em duas vacinas, que devem ser testadas em seres humanos até o final do ano. Uma delas é uma modificação da vacina contra sarampo, que injeta uma forma enfraquecida e inofensiva do vírus a fim de criar defesas imunológicas no organismo.
Se os testes derem certo, a nova vacina protegeria contra sarampo e ebola. "Vimos agora que essa ameaça pode se estender em escala global. Aprendemos que este vírus não é um problema da África, é um problema para todos", disse o imunologista do Instituto Pasteur James Di Santo.
"Este surto particular pode minguar e ir embora, mas nós vamos ter outro surto em algum momento, porque os lugares onde o vírus se esconde na natureza - por exemplo, em animais de pequeno porte - ainda são uma ameaça para os seres humanos no futuro. A melhor resposta que podemos ter é uma vacina para todo o mundo."
Créditos: Jornal Floripa

Com Billings, Alckmin pode levar água tóxica à população

billingsA última proposta do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que pretende utilizar água da represa Billings para conter emergencialmente a crise de abastecimento no estado de São Paulo, pode trazer uma solução perigosa: repassar água contaminada diretamente à população. Isso porque as estações de tratamento dos sistemas Guarapiranga e Alto Tietê – responsáveis pelo abastecimento de quase 10 milhões de pessoas e que passarão a receber água poluída da Billings (medida já anunciada pelo governador) – não têm condições imediatas de ampliar a capacidade de purificação da água.
A maior parte da Billings é infectada por esgoto, metais pesados e Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs), consideradas as substâncias mais perigosas e tóxicas do mundo. Uma parte menor está livre desses poluentes. O uso da parcela contaminada da represa implicaria distribuir água imprópria para o consumo, sem tratamento específico, o que pode comprometer a saúde da população.
O alerta é do geógrafo, pesquisador e professor da Unicamp Antônio Carlos Zuffo. “Os reservatórios (Guarapiranga e Alto Tietê) não vão dar conta de fazer o tratamento de água poluída da Billings para atender toda a demanda. Por isso, se quiserem utilizar a água da represa agora, farão apenas a desinfecção com cloro e a mandarão para as residências. Mas essa água não poderá ser consumida sob nenhuma hipótese. A cor será escura e o cheiro tão forte que dará náusea”, afirmou o professor.
Até o momento, nenhuma explicação foi apresentada pelo governador ou pelo presidente da Sabesp (Companhia Estadual de Saneamento Básico), Jerson Kelman, sobre como será realizada a distribuição da água contaminada da Billings. A única proposta apresentada, que pretende interligar o Rio Pequeno ao Sistema Rio Grande (ambos braços da Billings), permitindo a entrada de mais 2,2 metros cúbicos de água por segundo, só vai ficar pronta em 2018. O mesmo ocorre com a ampliação da capacidade de tratamento do Guarapiranga e do Alto Tietê.
O próprio governo do Estado é um dos poluidores da represa Billings. Resolução assinada pelo então governador Mário Covas (PSDB), em 1996, passou a permitir que o rio Pinheiros – dos mais poluídos do país, que recebe diretamente esgoto de milhões de residências da capital, além de detritos industriais – despejasse água contaminada à Billings em caso de chuvas extremas, com o objetivo de impedir alagamentos no centro de São Paulo. O serviço é realizado pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. (Emae).
Se a represa que banha parte do ABC paulista foi “descoberta” pelo governo tucano somente agora, no meio da crise, movimentos e associações de defesa ambiental pedem a despoluição da Billings há mais de 20 anos, como Movimento de Defesa da Vida (MDV), que entrou, em 2010, com ação popular na Justiça contra o bombeamento do rio Pinheiros.

Água tratada

Como insistem em afirmar Alckmin e sua assessoria de imprensa, a água da Billings já é utilizada por meio dos braços Taquacetuba e Rio Grande (que atende a boa parte do ABC). No entanto, diferentemente do volume que seria transferido, a água captada no Braço Rio Grande é purificada para consumo em estações de tratamento. Ou seja: o montante que já é utilizado atualmente da Billings pela população do ABC está chegando à casa da população tratado. Ainda assim, o ABC já sente o transtorno da falta de água. Isso porque outros sistemas também abastecem as sete cidades, como o próprio Cantareira, que já opera em seu segundo volume morto.
No ABCD, conforme a Sabesp, residências de 88 bairros de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra passam pela redução de pressão. Contudo, a situação regional é ainda pior, uma vez que a administração de Alckmin não divulga informações sobre municípios que possuem autarquias, como Santo André, São Caetano e Mauá, onde a Sama (Saneamento de Mauá) ampliou o racionamento de água. LUIZ CARLOS MURAUSKAS/FOLHAPRESS
Créditos: Rede Brasil Atual

Açaí é aliado contra o câncer e reduz o colesterol

 O açaí é considerado mundialmente um dos mais potentes alimentos antienvelhecimento. O frutinho de um roxo intenso é um arsenal de nutrientes, como vitaminas (A, E, D, K, B1, B2, C), minerais (cálcio, magnésio, potássio, ferro), aminoácidos, antioxidantes e óleos essenciais. É rico em polifenóis que agem diretamente na saúde dos vasos sanguíneos e detonam os radicais livres, aqueles responsáveis pelo envelhecimento e dano à pele. Além disso, o açaí é ótima fonte de ácidos graxos essenciais, como ômega-9 e betasitosterol, o que contribui para baixar o colesterol. Esta superfruta ainda é fonte de fibra, e para uma boa saúde o intestino precisa funcionar bem.
Açaí é recheado com antioxidantes (Journal of Agricultural and Food Chemistry 2008). Ele contém um alto teor de compostos polifenólicos como o resveratrol, antocianidina, ácido ferúlico, delfinidina e petunidina; e também contém taninos como epicatequina e ácido elágico. Os antioxidantes ajudam a reduzir os riscos de câncer, doenças degenerativas e envelhecimento precoce.
O índice ORAC (Oxygen Radical Absorbance Capacity ou capacidade de absorção dos radicais oxidantes) é um método de quantificação da capacidade antioxidante de alimentos. Os testes são realizados em uma imensa variedade de amostras, sendo que as maiores notas são de especiarias, frutas e legumes. Por ser extraordinariamente rico em antioxidantes, o açaí tem um índice ORAC muito superior a qualquer outra fruta que foi oficialmente testada. Açaí tem ORAC 102.700 por 100 gramas enquanto as famosas goji berries tem ORAC 25.300 por 100 gramas de produto. 
Créditos: WSCOM

Justiça determina quebra de sigilo de ex-presidente da Petrobras

A 5ª Vara de Fazenda Pública da Justiça do Rio de Janeiro determinou ontem (28) o arresto de bens do ex-presidente da Petrobras, e do ex-diretor da estatal Renato de Souza Duque, bem como a quebra de seus sigilos bancário e fiscal. A medida também atinge a construtora Andrade Gutierrez e outros executivos da Petrobras: Pedro José Barusco Filho, José Carlos Villar Amigo, Sérgio dos Santos Arantes, Alexandre Carvalho da Silva, Antônio Perrota Neto e Guilherme Neri.

O pedido foi feito pela 5ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania, do Ministério Público Estadual. A solicitação também se estendia à própria Petrobras, mas isso foi negado pela Justiça. 
Segundo a decisão da Justiça, há indícios de “sucessivas e superpostas contratações em benefício da Andrade Gutierrez”, pela Petrobras, com sobrepreço e superfaturamento em contratos para ampliação e modernização do Centro de Pesquisas da estatal, o Cenpes. Além disso, segundo a Justiça, houve falta de transparência na seleção da Andrade Gutierrez para os contratos. Ainda de acordo com o despacho da juíza Roseli Nalin, auditorias do Tribunal de Contas da União encontraram indícios de superfaturamento de R$ 31,5 milhões.
Créditos: Agencia Brasil

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Quase 50 mil pessoas foram resgatadas do trabalho escravo no Brasil

As operações de fiscalização para combater o trabalho escravo ou análogo à escravidão resgataram, em duas décadas, mais de 47 mil trabalhadores submetidos a condições degradantes e a jornadas exaustivas em propriedade rurais e em empresas localizadas nos centros urbanos. De acordo com dados da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo, obtidos pela Agência Brasil com exclusividade, desde 1995, quando o país reformulou seu sistema de combate ao trabalho escravo contemporâneo, foram realizadas 1.724 operações em 3.995 propriedades e aplicadas multas indenizatórias cujo valor supera os R$ 92 milhões.

Em 1995, o Brasil reconheceu a existência e a gravidade do trabalho análogo à escravidão e implantou medidas estruturais de combate ao problema, como a criação do Grupo de Fiscalização Móvel e a adoção de punições administrativas e criminais a empresas e proprietários de terra flagrados cometendo esse crime. A política também criou restrições econômicas a cadeias produtivas que desrespeitam o direito de ir e vir e submetem trabalhadores a condições de trabalho desumanas.
Passados 20 anos da adoção de medidas que intensificaram o combate ao trabalho escravo, o chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo, do Ministério da Trabalho,
Créditos: Agencia Brasil