sábado, 26 de março de 2016

Padres paraibanos lançam manifesto contra o ‘golpe’

Um grupo de padres paraibanos, liderados por Djacy Brasileiro (foto), lançaram recentemente um manifesto contra o suposto golpe contra o PT e o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Além de Djacy, também assinam o documento: Antônio Maria, Alex Victor Cauchi, Waldemir Santana, Gedeon Oliveira, Hélio Rosa e Paulo Cabral. 
No abaixo-assinado, os padres dizem que em comunhão com a CNBB (Conferncia Nocional dos Bispos do Brasil), dizem que defendem o estado democrático de direito.
“Petistas ou não, se forem corruptos precisam ser julgados e, se condenados, punidos. Contudo o que assistimos é uma execração pública e desrespeitosa dirigida a lideranças respeitadas internacionalmente e legitimamente eleitas pela maioria dos brasileiros, em oposição a corruptos publicamente comprovados que continuam blindados pela mesma força política e pelo aparato estatal que pede a punição antecipada de Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousself”, diz a nota.
“O momento é grave e o problema é muito mais sério do que a maioria da população, informada apenas pela Rede Globo, consegue imaginar. A elite burguesa, branca e historicamente corrupta deste país não está preocupada em acabar com o instrumento que tão bem ela mesma criou para governar e manter-se no poder (a corrupção institucionalizada). Ela está desesperada frente a possibilidade de perder espaço de poder”, acrescenta.
Confira o manifesto na integra abaixo:
MANIFESTO DOS PADRES PARAIBANOS “CONTRA O GOLPE, A FAVOR E EM DEFESA DO ESTADO DE DIREITO E DEMOCRÁTICO”
Nós abaixo-assinado, e, em comunhão com a CNBB (Conferncia Nocional dos Bispos do Brasil), sacerdotes e servos do povo de Deus, na Arquidiocese da Paraíba, diante do momento histórico que estamos vivendo entendemos ser parte da nossa missão profética, um posicionamento claro e público a favor do direito democrático, da ordem social e política ameaçada surpreendentemente por autoridades e lideranças que têm o dever de defendê-la.
Lembramo-nos do canto do Pe. João Carlos que por tantos anos embalou a missão da igreja de base nos campos e periferias deste imenso país. Parece-nos que hoje, mais do que nunca ele é atual e precisa ser novamente cantado pelo povo de Deus, fortalecendo e renovando a mística em defesa da Vida, dos empobrecidos e injustiçados!
“Senhor, como vive esse povo sofredor,
Lutando pra afirmar o seu valor.
Quem devia governar se aproveitou,
Quem devia denunciar esmoreceu,
Quem devia reclamar se omitiu,
Quem devia censurar, abençoou…”(…)
Com este canto afirmamos nosso posicionamento contra toda a corrupção e exploração alimentadas pela lógica capitalista e neoliberal. Mas afirmamos que o justo enfrentamento e combate à corrupção não é celetista nem manipulável.
Quando acompanhamos a denuncia unilateral e personalista dos “corruptos petistas”, nos perguntamos pelos autores da histórica corrupção neste país. O engodo de que a corrupção tem CNPJ declarado, CPF e residência, é um engodo diante do qual não podemos nos calar.
Petistas ou não, se forem corruptos precisam ser julgados e, se condenados, punidos. Contudo o que assistimos é uma execração pública e desrespeitosa dirigida a lideranças respeitadas internacionalmente e legitimamente eleitas pela maioria dos brasileiros, em oposição a corruptos publicamente comprovados que continuam blindados pela mesma força política e pelo aparato estatal que pede a punição antecipada de Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousself.
O momento é grave e o problema é muito mais sério do que a maioria da população, informada apenas pela Rede Globo, consegue imaginar. A elite burguesa, branca e historicamente corrupta deste país não está preocupada em acabar com o instrumento que tão bem ela mesma criou para governar e manter-se no poder (a corrupção institucionalizada). Ela está desesperada frente a possibilidade de perder espaço de poder.
Diante disso DENUNCIAMOS O GOLPE FASCISTA e ANUNCIAMOS NOSSO IRRESTRITO APOIO À LUTA E RESISTENCIA POPULAR, protagonizada pelos movimentos e organizações sociais populares, pelos sindicatos e partidos que historicamente sempre estiveram na defesa de um projeto popular neste país. Deste modo assinamos e assumimos nosso compromisso com o processo democrático Brasileiro:
Pe. Waldemir Santana.
Pe. Gedeon Oliveira.
Pe. Alex Victor Cauchi.
Pe. Hélio Rosa.
Pe. Paulo Cabral.
Escola de Fé e Política.
Pe. Djacy Brasileiro.
Pe. Antônio Maria.
Créditos: MaisPB

Dengue pode ser transmitida por transfusão de sangue

Um estudo realizado em Recife e no Rio de Janeiro mostrou que o vírus da dengue pode ser contraído através de transfusão de sangue. De 22 receptores de sangue contaminado com o vírus DENV-4, 16 estavam susceptíveis (que nunca tinham tido a virose antes e não adquiriram anticorpos) e seis destes adquiriram a doença ou 37%. A pesquisa foi coordenada pela médica Ester Sabino. Ela explicou que a chance de contaminação é mínima, pois a quantidade de bolsas contaminadas era muito pequena.

Segundo ela, pesquisa semelhante será desenvolvida para descobrir se a mesma transmissão é possível para os vírus da zika e chikungunya. Na pesquisa sobre a contaminação por dengue – feita pelo Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, com o apoio da Fundação de amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) – amostras dos pacientes foram coletadas antes para confirmar que o contágio ocorreu durante a transfusão. Durante um mês, os pesquisadores avaliaram os sintomas apresentados pelas por eles.
Risco menor que benefício. A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular divulgou que há risco de contaminação de zika pela transfusão de sangue, mas que isso é raro, assim como a dengue e chikungunya. “Não existem, atualmente, testes laboratoriais de diagnóstico da infecção pelo zika que sejam registrados ou adequados para a triagem laboratorial de doadores de sangue. A ABHH não reconhece que os estoques de sangue do Brasil, estejam submetidos a riscos acrescidos que justifiquem a adoção de medidas adicionais (testes laboratoriais ou quarentena) em adição às medidas de triagem clínica e epidemiológica”, declarou Dimas Tadeu Covas, presidente da ABHH.
O médico Leandro Souza concorda que o risco é mínimo. “Na doação de sangue é possível que alguma carga viral passe através do sangue do doador para o receptor. Porém, o sangue passa por processamento e é tratado. Em teoria, não é capaz de transmitir. Quem recebe sangue tem que avaliar o risco e benefício. Já é uma pessoa em risco iminente, o risco por transfusão é menor que o benefício”, afirmou. .Foto: EBC. (Correio da Paraíba).                                                             
Créditos: Focando a Notícia

Papa Francisco condena terrorismo, guerras e corrupção

Durante Via Sacra, papa Francisco condena terrorismo, guerras e corrupção
O papa Francisco condenou nesta sexta-feira (25), durante oração após a cerimônia da Via Sacra, o fundamentalismo, o terrorismo, as guerras e os corruptos. O pontífice também denunciou a destruição do meio ambiente, em detrimento das futuras gerações, e os mares que se tornaram "cemitérios insaciáveis". 

A meditação, que antecedeu a intervenção do papa Francisco, recordou os judeus mortos nos campos nazistas e fez referência aos refugiados. "Onde está Deus nos campos de extermínio? Onde está Deus nas minas e nas fábricas onde as crianças trabalham como escravas? Onde está Deus nos barcos improvisados que se afundam no mar?", questionou o arcebispo de Perugia, cardeal italiano Gualtiero Bassetti, segundo a Agência Brasil. 

Francisco também denunciou "a consciência insensível e anestesiada" da Europa relativamente aos migrantes e a traição dos padres pedófilos, que "roubam os inocentes da sua dignidade". "O Mediterrâneo e o Mar Egeu tornaram-se um cemitério insaciável, imagem de nossa consciência insensível e anestesiada", lamentou o papa. Como sinal de esperança, Francisco citou as pessoas que sonham "com um coração de criança" e que trabalham para tornar o mundo um lugar melhor, mais humano e mais justo.
Créditos:BA Notícias

Câmara aprova projeto que eleva gasto com saúde em R$ 140 bilhões

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (22), em primeiro turno, emenda à Constituição que projeta uma elevação no gasto com a saúde de cerca de R$ 140 bilhões até 2023.
Sem condições de barrar o projeto, já que até o PT se posicionou favorável à medida, o governo foi obrigado a fazer um acordo para evitar uma expansão maior dos gastos. A emenda passou com 402 votos a favor e apenas 1 contra – de Paulo Martins (PSC-PR).
A emenda foi desengavetada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), adversário do governo. A aprovação se dá em um momento de extrema fragilidade política do Palácio do Planalto e contrasta com o esforço tentado nos últimos tempos pelo Executivo de aprovar medidas de equilíbrio das contas públicas. A proposta tem que ser votada ainda em segundo turno na Câmara e, depois, segue para votação no Senado.
O texto da emenda, relatada pela deputada do oposicionista PPS Carmen Zanotto (SC), determina um crescimento escalonado dos gastos mínimos obrigatórios em saúde dos cerca de 13% da receita corrente líquida para 19,4% em 2023. A aplicação subiria para 14,8% em 2017, 15,5% em 2018, 16,2% em 2019, 16,9% em 2020, 17,6% em 2021, 18,3% em 2022 e 19,4% em 2023.
Créditos: Gazeta do Povo

Embaixada italiana desmente 'Veja' e nega plano de asilo a Lula

capa-veja-lula-italia.jpgA embaixada italiana no Brasil divulgou nota ontem (25) em que desmente reportagem de capa da última edição da revista Veja de que estaria participando de um plano para conceder asilo ao ex-presidente Lula, que, com isso, escaparia de prisão. Segundo a representação, os fatos são “totalmente inexistentes”.
A reportagem de Veja também foi ironizada pela página do ex-presidente Lula no Facebook. “Não satisfeita em virar piada no Brasil, Veja resolveu passar vergonha em escala internacional. Fez uma reportagem de capa fantasiosa, para dizer o mínimo, e inventou que o ex-presidente Lula estaria planejando fugir para a Itália para evitar ser preso, com a ajuda da embaixada daquele país”, diz o texto.
Confira a tradução da nota da embaixada italiana:
Em relação à matéria “O plano secreto” publicada na última edição da revista Veja, a Embaixada da Itália declara:
1. As informações referentes à embaixada e às supostas conversas do Embaixador Raffaele Trombetta são inverídicas.
2. Relativamente ao evento no Palácio do Planalto, a pessoa destacada na fotografia e sentada em uma das primeiras fileiras não é o Embaixador Trombetta, como pode-se constatar facilmente. O Embaixador Trombetta estava sentado, junto a todos os demais embaixadores, no espaço reservado ao corpo diplomático.
3. Na conversa telefônica citada, foi dito ao jornalista que não se queria comentar fatos que, no que tange à embaixada, eram e são totalmente inexistentes.
Créditos: RBA

Rolling Stones levam mais de meio milhão de pessoas a show histórico em Cuba

A banda de rock britânica Rolling Stones arrasta mais de meio milhão de pessoas para concerto em Havana (Agência Lusa/Direitos Reservados) A banda de rock britânica Rolling Stones arrastou mais de meio milhão de pessoas para o concerto dessa sexta-feira (25) à noite em Havana. O concerto, gratuito e sem precedentes em Cuba, levou ao complexo Ciudad Deportiva, que tem capacidade para 450 mil pessoas e ficou lotado, uma multidão onde havia moradores locais e turistas de várias faixas etárias.


Show dos Rolling Stones em Havana (Agência Lusa/Direitos Reservados)Na apresentação, o vocalista dos Rolling Stones, Mick Jagger, disse que "os tempos estão mudando". "Sabemos que há alguns anos era difícil ouvir a nossa música em Cuba, mas aqui estamos nós", afirmou Mick Jagger, em espanhol. Horas antes do início do concerto, três quartos do local já estavam cheios. Milhares de pessoas não conseguiram entrar, mas ficaram de fora vibrando com o espetáculo, perfeitamente audível nas redondezas e até visível de determinados pontos. Muitas pessoas assistiram ao show em cima de telhados, de onde podiam ver o concerto.

"Estou aqui desde as 8h porque este concerto é histórico, vai marcar a história mundial, não apenas Cuba", disse à AFP Meiden Betsy, um estudante cubano, num dos vários relatos entusiasmados e emocionados que a agência recolheu no local. "Nunca imaginei que poderia vê-los aqui um dia, nunca mesmo", afirmou o jardineiro Alexander Chacon. O engenheiro Miguel Garcia, de 62 anos, disse à agência, ainda antes de o concerto começar, que sabia que se ia emocionar e chorar durante o espetáculo.

A banda britânica se apresentou em Cuba três dias depois da visita histórica a Havana do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O concerto foi incluído, de última hora, na turnê dos Rolling Stones na América Latina. Um palco de 80 metros de comprimento foi instalado na Ciudad Deportiva, complexo inaugurado em 1959, antes da revolução cubana que acabou por banir o rock do país, uma vez que o regime de Fidel Castro o considerava uma expressão musical ligada ao imperialismo. Ao longo dos últimos 30 anos, o gênero tem sido gradualmente permitido.
Créditos: Agencia Brasil

sexta-feira, 25 de março de 2016

Dilma acusa tentativa de golpe a jornais estrangeiros


Dilma.jpg
A presidenta Dilma Rousseff foi entrevistada ontem (24) por seis jornais estrangeiros, em Brasília. Com a crise política como principal tema dos questionamentos, ela falou com jornalistas do The New York Times (Estados Unidos), El País (Espanha), The Guardian (Inglaterra), Página/12 (Argentina), Le Monde (França) e Die Zeit (Alemanha).
Dilma voltou a negar qualquer possibilidade de renúncia. A presidenta afirmou, segundo o The Guardian, que seus rivais políticos querem sua renúncia para evitar a dificuldade de removê-la do posto "indevidamente, ilegalmente e criminalmente". Também questionou diretamente os ânimos dos opositores. "Por que eles querem que eu renuncie? Porque eu sou uma mulher fraca? Eu não sou", declarou, acrescentando que se "mantém firme" no cargo.
"Pensam que devo estar muito afetada, que devo estar completamente desestruturada, muito pressionada. Mas não estou assim, não sou assim. Tive uma vida muito complicada para não ser capaz agora de lutar pela democracia do meu país", destacaram o The Guardian e o El País.
De acordo com Dilma, o governo não aceitará o resultado do processo de impeachment que corre no Congresso, conduzido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) e alvo de processo de cassação no Conselho de Ética da Casa. "Nós apelaremos a todos os meios legais disponíveis", ressaltou. Segundo ela, o esforço da oposição para tirá-la do Planalto "carece de bases legais".
O impeachment, acrescentou aos correspondentes, irá deixar "cicatrizes profundas e duradouras" para a democracia brasileira. Dilma acusou os oposicionistas do que chamou de "métodos fascistas" e declarou que os adversários apostam no "quanto pior, melhor"ao sabotar as propostas econômicas do governo. Reafirmou, ainda, que eles não aceitaram o resultado das últimas eleições.
The Guardian cita a alegação de Dilma de que Cunha e os oposicionistas têm sabotado a agenda legislativa do governo e incitado o país. "Nós nunca vimos tanta intolerância no Brasil. Nós não somos um povo intolerante", disse a presidenta.
El País destaca não só que a presidenta disse ser o processo de impeachment "muito fraco", mas também que ela acusa o presidente da Câmara de ter tentado barganhar o andamento do processo de afastamento com o apoio do governo contra o possível processo de cassação que ele pode enfrentar no Conselho de Ética, devido à constatação de que ele tem movimentações em contas na Suíça.
"Digo a vocês como esse processo surge: o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, para evitar que a Câmara o investigasse, quis negociar com o governo. Se nós não votássemos contra essa investigação, ele punha o processo em curso. Cunha foi denunciado pelo Ministério Público Federal porque encontraram cinco contas na Suíça. Não sou eu quem digo, quem diz é o Ministério Público Federal", reproduziu o jornal.
Sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma negou que sua nomeação como ministro da Casa Civil tenha sido uma tentativa de protegê-lo, e ressaltou que ele continuará respondendo à Justiça se vier a ser ministro, porém, ao STF."Lula é meu parceiro", comentou, de acordo com o NY Times. Segundo o jornal norte-americano, a nomeação de Lula foi justificada pelo talento político do ex-presidente e de sua grande capacidade de articulação em um momento em que o governo está sob forte tensão.
A respeito de sua reação às recentes manifestações pelo impeachment, Dilma disse: "Não vou dizer que é agradável ser vaiada. Mas não sou uma pessoa depressiva".
Os jornais não citam referências da presidenta ao papel dos meios de comunicação na atual ofensiva contra seu governo. Ao encerrar a entrevista, ela disse acreditar que a paz reinará no Brasil durante a realização dos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, a partir de agosto.
Créditos: Rede Brasil Atual