segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Uma em cada cinco meninas já sofreu violência sexual no Brasil

A pesquisa revelou que os jovens em idade escolar que sofreram violência sexual foram tocados, manipulados, beijados ou tiveram o corpo exposto contra a vontade. Destes, 6,3% afirmaram ainda que foram forçados a manter relações sexuais ao menos uma vez na vida, sendo 3,6% dos meninos e 8,8% das meninas.

Um em cada cinco meninas (20,1%) entre 13 e 17 anos já sofreu violência sexual, segundo dados divulgados na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), realizada em 2019 com estudantes entre o 7º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. Entre os meninos, a porcentagem dos que relataram ter sido vítimas desse tipo de abuso cai para 9%.

Também foram realizados levantamentos sobre o uso de álcool e outras drogas, além de questões sobre sexualidade e outros tipos de violências físicas ou psicológicas. Foram ouvidos 11,8 milhões de estudantes, sendo 10,8 milhões alunos de escolas públicas e 1,7 milhão, de instituições privadas.

Além de concluir o número elevado de casos de abusos, especialmente entre meninas, o estudo identificou que as ocorrências são mais prevalentes entre estudantes de escolas privadas. Entre os estudantes no ensino particular, 16,3% relataram o abuso, frente a 14,4% em escolas do ensino público. “Entre os escolares que sofreram abuso sexual, 29,1% apontaram o namorado ou namorada como agressor. Outros 24,8% apontaram um amigo ou amiga e 20,7%, um desconhecido. Em seguida vêm: outros familiares que não o pai ou mãe (16,4%), outras pessoas fora do círculo familiar (14,8%) e pai, mãe ou responsável (6,3%)”, informa o IBGE.

Os dados da pesquisa mostram que mais de um terço (35,4%) dos estudantes entre 13 e 17 anos já tiveram relações sexuais. Foi observado uma queda de 2,1% em comparação com estudo similar realizado em 2015. A taxa foi consideravelmente mais alta entre estudantes do ensino público (37,5%), ante 23,1% no ensino privado. Entre adolescentes mais velhos, entre 16 e 17 anos, o número é maior (55,8%).

Entre os jovens que disseram que já tiveram relações sexuais, apenas 63,3% usaram camisinha na primeira vez. Depois da camisinha, o método contraceptivo mais adotado é a pílula anticoncepcional feminina, com 52,6% de adesão entre as meninas com vida sexual ativa. Outro dado preocupante aponta que 45,5% das meninas utilizaram a chamada pílula do dia seguinte ao menos uma vez na vida. Além de possíveis problemas hormonais, os métodos, à exceção da camisinha, não previnem contra doenças sexualmente transmissíveis.

Além da violência sexual, entre outros tipos de abuso relatados se destaca o bullying e ofensas em redes sociais. O percentual de estudantes que relataram episódios de humilhação por colegas duas ou mais vezes no mês anterior à pesquisa foi de 23%. Os motivos principais foram: aparência do corpo (16,5%), aparência do rosto (11,6%) e cor da pele (4,6%). Já entre os agressores, 12% assumiram o papel. Também neste ponto é maior a prevalência de agressões psicológicas em escolas privadas.

O cenário sofre alteração nos casos de violência sexual ou psicólogica em ambientes virtuais. “Foi perguntado aos escolares se eles se sentiram ameaçados, ofendidos ou humilhados nas redes sociais ou aplicativos de celular nos 30 dias anteriores à pesquisa e 13,2% responderam positivamente. A proporção foi maior para as meninas (16,2%) do que para os meninos (10,2%). Os alunos de escolas públicas (13,5%) tinham percentuais pouco mais elevados do que os de escolas privadas (11,8%)”.

Dentro do universo de imposição de padrões estéticos, visto como motivador para casos de bullying e assédio moral, apenas a metade dos estudantes consideram seu corpo “normal” (49,8%). Disseram se achar muito magros 28,9% e muito gordos, 28,9%. A autoimagem de sobrepeso é maior entre as meninas, com 25,2%, ante os meninos, com 15,9%. Na tentativa de se “enquadrar nos padrões”, 6,1% dos estudantes afirmaram que já induziram vômito para emagrecer e 5,4% deles consumiram laxantes com o mesmo objetivo.

Diante de todo o contexto de violências e humilhações, o IBGE identificou um dado classificado como “alarmante” pelo instituto. Entre os estudantes, 21,4% afirmam que “a vida não vale apena”, sendo 29,6% das meninas e 13% dos meninos. “O estudo buscou captar como os adolescentes se sentiam nos 30 dias anteriores à pesquisa. Mais da metade (50,6%) sentiam muita preocupação com as coisas comuns do dia a dia, na maioria das vezes ou sempre. As meninas (59,8%) se preocupavam mais que os meninos (41,1%) e os alunos da rede privada (63%) mais que os da rede pública (48,5%)”.

Outro indicador que acende um alerta para a saúde mental dos jovens é o aumento de casos de depressão e ansiedade. Mais de 5% dos alunos já praticou autoagressão ou automutilação, sendo que 60% das vezes os episódios são ligados a quadros depressivos, de ansiedade ou de problemas de relacionamento em casa e na escola. Do total de estudantes, 21% afirmaram que foram agredidos fisicamente pelo pai, mãe ou responsável no último ano, com maior prevalência novamente entre matriculados no ensino privado (23,6%). Créditos: Rede Brasil Atual. Foto: Google. 

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Cesta básica já consome 65% do salário mínimo

Nos 12 meses o preço da cesta subiu mais de 10% em todas as capitais pesquisadas, de acordo com estudo realizado pelo Dieese. O estudo apontou, que o preço da cesta básica de alimentos chegou a consumir 65,32% dos ganhos mensais nas famílias com renda de um salário mínimo. 

O percentual foi registrado em Porto Alegre, onde a cesta é a mais cara do país, a R$ 664,67. Em Aracaju (SE), que tem a cesta mais barata entre os locais pesquisados (R$ 456,40), o conjunto de alimentos representa um gasto de 44,86% do salário mínimo.

Nos 12 meses até agosto, o preço da cesta subiu mais de 10% em todas as capitais pesquisadas, de acordo com o estudo.

A maior alta foi registrada em Brasília (DF). O valor dos 17 itens que compõem a cesta subiu 34,13% em um ano.

Em outras sete capitais, o aumento acumulado passou dos 20%: Campo Grande (25,78%), Porto Alegre (24,84%), Florianópolis (24,24%), Vitória (21,50%), Natal (21,11%), São Paulo (20,47%) e Belém (20,07%). Créditos: Brasil 247

domingo, 5 de setembro de 2021

CNBB pede respeito à democracia e às instituições


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), através de seu presidente dom Walmor Oliveira de Azevedo, divulgou na sexta-feira, 3 de setembro, vídeo com mensagem sobre o Dia  da Pátria.

De acordo com o presidente da CNBB, “os católicos e cristãos não podem ficar indiferentes à realidade que mistura desemprego e alta inflação, num contexto agravado pela pandemia, situação que acentua as exclusões sociais”.

Na manifestação, a CNBB defende a democracia, com respeito às instituições, adverte para a disseminação da raiva e da intolerância e condena o estímulo ao armamento da população.

“Quem se diz cristão ou cristã deve ser agente da Paz e a paz não se constrói com armas. Somos todos irmãos. Esta verdade é sublinhada pelo Papa Francisco na carta encíclica Fratelli Tutti”, disse Dom Walmor.

“Não se deixe convencer por quem agride os poderes Legislativo e Judiciário. A existência de três poderes impede a existência de totalitarismos”, disse Dom Walmor, sem citar nomes, em alusão às manifestações de Bolsonaro.

O presidente da CNBB pregou a solidariedade à luta dos povos indígenas, lembrando que “nossa pátria não começa com a colonização europeia” e denunciando às agressões aos direitos do povos originários.

Diante do quadro atual, o arcebispo defendeu urgente “implementação de politicas públicas para a retomada da economia e a inclusão dos mais pobres no mercado de trabalho”. Créditos: Agência PT

sábado, 4 de setembro de 2021

Só lhe resta o golpe

 Eleito com quase 60 milhões de votos,  com grande maioria no Congresso, e com apoio da mídia tradicional, Bolsonaro assumiu a presidência da República em 1° de janeiro de 2019, sem programa de governo,  sem projeto para o país, pois na sua campanha para presidente não existia projetos relevantes,  acabar com o comunismo no Brasil, (Nunca ouve comunismo no Brasil) e principalmente acabar com o Partido dos Trabalhadores (PT), foi o tom da campanha, campanha feita em cima de fake news e do discurso de ódio, preconceito e violência, ameaçando inclusive adversários de fuzilamento. 

Passado mais da metade de seu governo, Bolsonaro até agora não apresentou nem uma realização de impacto no seu governo, o país piorou em todos os aspectos, o desemprego aumentou, a infração disparou, o PIB despencou,  a fome voltou, o preço dos combustíveis disparou, e pra piorar a situação veio a pandemia do novo coronavírus, e sua atuação desastrosa em relação pandemia fez com que sua popularidade despencasse. 

Além do fracasso da sua administração Bolsonaro convive com várias denúncias de corrupção, inclusive no combate à pandemia, com acusações gravíssimas na compra de vacinas. Acusado de vários crimes de responsabilidade Bolsonaro já tem mais de 100 pedidos de impeachment na Câmara dos Deputados. Bolsonaro também é acusado de crimes contra a humanidade por atitudes irresponsáveis e negacionistas durante a pandemia de coronavírus, acusações estas que já foram enviadas ao Tribunal Internacional. 

Se não  bastasse o presidente resolveu atacar as instituições e a democracia, com ameaças de ruptura institucional. 

A cada dia Bolsonaro vem perdendo apoio de setores determinantes do país. Além disso as pesquisas eleitorais para 2022, não lhe são favoráveis,  mostra seu adversário o ex-presidente Lula com grande vantagem e com possibilidade de vencer no primeiro turno.

Lula que  não pode concorrer na eleição passada por que estava preso, condenado pela operação Lava Jato, num julgamento que foi considerado parcial e anulado pelo STF. Lula que liderava as pesquisas na época, foi condenado pelo juiz Sérgio Moro, que virou ministro do governo Bolsonaro.

Diante de tantos obstáculos, sem apoio, sem programa de governo, com ameaça de ser cassado ou até mesmo preso, para o presidente Jair Bolsonaro não resta outra alternativa a não ser o golpe, se vai conseguir realizar essa aventura não sabemos, isso só as Forças Armadas tem a resposta. Por Zito Bezerra. 

terça-feira, 31 de agosto de 2021

Brasil ganha 42 novos bilionários, enquanto 20 milhões passam fome

 Enquanto mais de 15 milhões de brasileiros estão sem emprego, milhares de famílias moram na rua e mais de 20 milhões de pessoas passam fome e em plena pandemia o país ganhou 42 novos bilionários. 

Segundo a revista Forbes o Brasil ganhou 42 super-ricos em 2021. Se forem divididas as famílias, o ranking aparece com 77 nomes a mais do que em 2020. A lista traz um total de 315 bilionários bilionários.

O Brasil se destacou no mundo em relação à capitalização de mercado, somando US$ 5,5 trilhões em 388 empresas.

Juntos, os bilionários brasileiros acumularam patrimônio de R$ 1,9 trilhão no primeiro semestre deste ano.

A lista de bilionários brasileiros da Forbes considera como principal fonte de informação a participação dos bilionários em empresas listadas em bolsa. Os dados consideram os valores apurados no primeiro semestre de 2021, ou seja, até 30 de junho.

O Brasil é o país com uma das maiores concentração de renda do mundo, reflexo do sistema capitalista neoliberal. Foto: Google. 

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Febre "misteriosa" mata 68 pessoas em uma semana


Uma "febre misteriosa"  preocupa o povo indiano, tendo já vitimado em apenas uma semana quase 70 pessoas, das quais 40 eram crianças, no estado indiano de Uttar Pradesh.  A maior parte dos falecidos tinha reportado febre alta, desidratação e um decréscimo repentino no número de plaquetas no sangue. O resto das vítimas mostrava sintomas da dengue.

Inúmeros casos estão sendo reportados de vários distritos do referido estado indiano, tendo Firozabad sido apontado como o distrito mais afetado pela febre mortal.

O jornal The Times of India informou que, de momento, 72 crianças das 135 internadas no Colégio Médico de Firozabad estão lutando pela vida, sendo que a metade delas apresentam sintomas da dengue. Segundo as autoridades de saúde, 12 crianças morreram devido a essa febre nas últimas 24 horas.

"A causa exata está sendo estudada", disse a diretora clínica do distrito de Firozabad, dra. Neeta Kulshrestha.

Kulshrestha sublinhou ainda que todos os pacientes internados em hospitais estatais estão sendo testados à COVID-19, mas até agora nenhum dos casos da infecção viral pode ser correlacionado. Créditos: Sputnik Brasil

domingo, 29 de agosto de 2021

Congresso terá 5 mil agentes de segurança no dia 7 de setembro

 


Cinco mil policiais do governo do Distrito Federal irão fazer a segurança do prédio do Congresso no dia 7 de setembro, data marcada para manifestação bolsonarista. A Polícia Legislativa também atuará na proteção do prédio. 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Democratas), já teve uma conversa com o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), sobre o tema. Outro encontro acontecerá na segunda-feira (30).

Os Ministérios Públicos de São Paulo e do Distrito Federal querem impedir a presença de policiais militares na manifestação por classificarem como ilegal a participação de PMs da ativa em atos políticos.

A Associação Nacional de Entidades Representativas de Policiais Militares, Bombeiros Militares e Pensionistas Estaduais (Anermb) decidiu deixar as representações regionais livres para estimular ou não a participação nos atos a favor do presidente Jair Bolsonaro.

O presidente da entidade, sargento Leonel Lucas, defendeu o direito de manifestação dos policiais, desde que desarmados e à paisana.

"Não há hipótese de se poder comparecer, enquanto militar da ativa, do ponto de vista do regulamento em vigor. Não há margem de discussão. Mesmo sem farda e em horário de folga o PM está submetido ao regulamento disciplinar", afirmou o procurador de Justiça Pedro Falabella que atua junto ao TJM. Com informações do blog de Lauro Jardim. Créditos: Sputnik Brasil