O Brasil foi um dos últimos países a abolirem a escravidão, tendo feito isso oficialmente no dia 13 de maio de 1888. Mas esse mal ainda atormenta o país e o mundo. A escravidão moderna atinge 40 milhões de pessoas no mundo, das quais 25% são crianças. Isso significa que 1 em cada 4 vítimas de escravidão moderna é criança.
Os dados são da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que alerta para a necessidade de combater as formas contemporâneas de escravidão, no Brasil e no mundo.No Brasil, existem registros de casos de trabalho análogo à escravidão em fazendas, fábricas e domicílios.
De acordo com o Global Slavery Index 2018, 369 mil brasileiros foram vítimas da escravidão moderna em 2016,o que significa que quase dois em cada 1.000 brasileiros (1,79) se encontravam em condições de trabalho forçado ou casamento forçado naquele ano.
O estudo também analisou o grau de vulnerabilidade à escravidão moderna em 167 países, e o Brasil possui uma vulnerabilidade de 36.38 em uma escala de 0 a 100. Para chegar a esse número, o estudo analisou a qualidade de resposta do governo ao tema, renda per capita da população, inclusão financeira, índices de violência, instabilidade política, número de refugiados no país, entre outras questões.
Hoje a escravidão é muito diferente daquela praticada durante os períodos colonial e imperial. Atualmente, as pessoas escravizadas não são compradas, mas aliciadas e, muitas vezes, o patrão gasta apenas com o transporte do trabalhador até a propriedade. A escravidão moderna está presente em todas as regiões do mundo, inclusive nos países desenvolvidos, e em numerosas cadeias produtivas globais.Segundo a ONU, as formas contemporâneas de escravidão no mundo incluem trabalho forçado, servidão doméstica, formas servis de casamento e escravidão sexual. Foto: FB.
Créditos: Observatório do Terceiro Setor
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