terça-feira, 23 de junho de 2020

São Paulo pode ter 10 vezes mais infectados pelo coronavírus, indica estudo da prefeitura

A cidade de São Paulo pode ter 1,16 milhão de infectados pelo coronavírus, número quase dez vezes maior do que o índice oficial, de 120 mil casos confirmados da doença, segundo pesquisa feita pela Prefeitura de São Paulo.

O número é resultado do inquérito sorológico, mapeamento feito pela gestão municipal e divulgado nesta terça-feira (23). A pesquisa começou no dia 10 de junho e tenta descobrir, por amostragem, quantas pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus na cidade.

"Nós chegamos a conclusão de que existe na cidade de São Paulo já 1,16 milhão de pessoas com o anticorpo do Sars-Cov-2 no município de São Paulo", afirmou o secretário municipal de Saúde, durante coletiva virtual.

Segundo a Prefeitura de São Paulo, a primeira parte do mapeamento, realizou 5.416 exames em 96 distritos com moradores acima dos 18 anos escolhidos por sorteio. O monitoramento será realizado a cada 15 dias com outros públicos. A previsão é que sejam feitos outros cinco levantamentos.

"O inquérito sorológico nos apresenta o real cenário de letalidade na cidade. A taxa de prevalência que aponta 1,16 milhão de pessoas já infectadas mostra que a taxa de letalidade é de 0,5%, ou seja, 5 pessoas a cada 1000 infectados, o que também é um dado de enorme importância para a montagem a estrutura de saúde para os próximos passos do enfrentamento da pandemia aqui na cidade de são Paulo", defendeu o secretário municipal.

O exame sorológico avalia a presença de anticorpos específicos (IgM/igG). Portanto, identifica casos passados da doença. Ele é usado para monitorar a porcentagem da população que já teve contato com o vírus.

Alguns países o utilizam para orientar ações de reabertura da economia após quarentena, por exemplo, pois ele ajuda a verificar a existência de anticorpos contra o vírus na população.

A utilização do teste rápido (IgM/IgG) para confirmar um caso de coronavírus não é recomendada, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A organização afirma que esse tipo de exame sorológico é importante para pesquisa e vigilância, mas que não é indicado para detecção de casos. leia mais no G1. Foto: OMS.
Créditos: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários aqui publicados são de responsabilidade de seus autores.