Isso fica claro também na questão do desemprego. Ainda de acordo com o IBGE, segundo a PNAD-COVID (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – especial coronavírus) a população ocupada – compreendida entre empregados, empregadores, trabalhadores por conta própria e servidores – era de 85,9 milhões no 1º trimestre, até maio, uma queda de 8,3% diante dos três meses anteriores, o que fez com que, pela primeira vez na história do País, menos da metade do total da população em idade de trabalhar estivesse ocupada! Sendo o pior resultado da série histórica, iniciada em 2012.
Diante do massivo desemprego e do rebaixamento salarial, permitido por medidas do governo, como as MP 936 (do rebaixamento salarial) e 927 (da carteira verde e amarela, sem direito algum), os trabalhadores também se veem confrontados por uma inflação oficial que não condiz com a realidade. O que fica claro no aumento dos preços dos itens da cesta básica.
A “prévia” da inflação oficial, medida pelo IPCA-15 (Índice de Produtos ao Consumidor Amplo), soma 2,28% em 12 meses, até agosto. Já o aumento dos preços, em 12 meses, chegou a 12,15% em São Paulo, 14,61% no Rio de Janeiro, 19,18% em Belo Horizonte, 20,97% em Goiânia e 21,44% em Recife, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos). Que também levantou o dado de que o trabalhador que recebe 1 salário mínimo compromete, em média, 48,85% da sua receita líquida para comprar os alimentos básicos.
O trabalhador que ganha um salário mínimo (R$1.045,00) está gastando, na prática, 68% da sua renda com alimentação. O que mostra que no Brasil, a classe trabalhadora basicamente trabalha para poder comer, nada além disso. É uma situação análoga à escravidão.(Editado).
Créditos: Diário da Causa Operária
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