domingo, 5 de maio de 2013

Crimes reacendem debate sobre a maioridade penal no Brasil

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Qual a idade mínima para colocar alguém na cadeia? Longe de ser inédita, essa questão é recorrente pelo mundo e toca diretamente a passionalidade dos envolvidos. No Brasil, costuma surgir no horizonte com certa regularidade para permanecer em voga por apenas alguns dias – suscitado sempre que um crime grave é praticado por um adolescente que, por força da legislação local, não pode ser responsabilizado judicialmente.

Dessa vez, duas tragédias sequenciais levantaram o debate. A primeira, no dia 10 de abril. Um estudante universitário de 19 anos, chamado Victor Hugo Deppman, foi morto com um tiro na cabeça, durante um assalto na porta de sua casa, em São Paulo. Toda a ação foi registrada por uma câmera de segurança fixada na entrada do condomínio onde o jovem morava. Por meio das imagens, foi possível identificar o autor do disparo, que tratou de se entregar à polícia um dia depois, horas antes de completar 18 anos, idade em que abandona a condição de inimputável e passa a responder à Justiça por seus atos como cidadão adulto.
A coincidência entre a data do crime e o dia do aniversário do atirador confesso é tamanha que parece obra de força oculta para reaquecer a polêmica. Alguns dias depois do ocorrido, o governador paulista Geraldo Alckmin viajou até Brasília para entregar uma proposta de alteração do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ao parlamento federal. A proposta pede elevação de três para dez anos o tempo de internação dos casos mais graves. Também sugere a transferência do infrator da unidade de internação para uma cadeia comum após ele alcançar a maioridade (hoje, quando o infrator completa 18 anos antes do término da internação, ele permanece com os demais adolescentes no reformatório).
Alckmin só não explica como absorver o impacto da reforma proposta no já superlotado sistema prisional brasileiro, incluindo aí as cadeias administradas pelo próprio governador. Mas o fato é que, por clamor popular, o assunto entrou na pauta do Congresso, uma coalizão de partidos da base do governo e até da oposição correu para jogar panos quentes e abafar a história e, quando aconteceu do segundo crime envolvendo um menor de idade voltar a chocar a opinião pública, já se ouvia vozes dissonantes sobre a convocação de um plebiscito para consultar a população sobre a redução ou não da maioridade penal.
Esse segundo crime aconteceu quinze dias depois do assassinato do estudante de 19 anos. A dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos, surpreende-se com a invasão de um grupo em seu consultório, na cidade de São Bernardo do Campo. Eles queriamdinheiro, mas ela não tinha. Foi quando, frustrados em sua tentativa de assalto mal sucedido, tiveram uma atitude cruel, jogaram álcool em Cinthya e atearam fogo na sequência. A dentista não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O grupo fugiu. Mas, deixaram um rastro: novamente foram flagrados pelo circuito fechado de TV.
Em três dias estavam todos presos. Entre os suspeitos, um rapaz de 24 anos, outro de 21 anos e, novamente, um menor, novamente com 17 anos, novamente réu confesso. Segundo a delegada encarregada de colher os depoimentos, Elisabete Sato, diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ele afirmou ter sido o responsável por atear o fogo no corpo da dentista.
Clamor popular
Um bom termômetro do que pensa o brasileiro sobre o tema pode ser encontrado em uma pesquisa realizada sobre o assunto na segunda quinzena de abril, em São Paulo, pelo instituto Datafolha. O resultado indica que, se convocado um plebiscito e os rumos da decisão dependessem dos paulistanos, a maioridade penal seria reduzida dos atuais 18 para 16 anos sem maiores problemas. Cerca de 90% dos entrevistados disseram-se favoráveis à mudança.
Mas embora o dado realmente registre a opinião popular no momento, a perceção sobre o assunto é, segundo especialistas no assunto, eclipsada pela repercussão de fatos recentes. Para o jurista Túlio Vianna, professor da faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a "racionalidade e a temperança que deveriam guiar a elaboração de qualquer projeto de lei cedem espaço à passionalidade do clamor público no furor dos acontecimentos". Trocando em miúdos, ele defende a velha teoria de que é preciso certo distanciamento histórico para analisar os fatos sem paixões.
Como contraponto aos acontecimentos chocantes, o jurista apresenta, em artigo recentemente divulgado pelo jornal O Estado de São Paulo, um levantamento realizado na Vara Infracional da Infância e da Juventude de Belo Horizonte. Dos crimes praticados por adolescentes na cidade mineira em 2010, apenas 0,3% foram homicídios, aponta Vianna. A maioria das ocorrências, diz ele, é por tráfico de drogas (27,2%), seguido pelo uso de drogas (18,5%), furto (10,7%) e roubo (7,7%).
A conclusão de Vianna é que os projetos de redução da maioridade penal tem como público-alvo o adolescente pobre que pratica crimes patrimoniais ou de tráfico e uso de drogas. "Desses adolescentes, 62% vivem em lares com renda familiar inferior a dois salários mínimos. É esse adolescente marginalizado que a sociedade brasileira quer colocar no cárcere, já que nosso poder público em sua incompetência não cumpriu seu dever constitucional de colocá-los nas escolas", acusa.
É compreensível soar para alguns como maluquice a defesa de jovens de 16, 17 anos, sendo que alguns deles conseguem meter uma bala na cabeça de outra pessoa de uma hora para outra ou atear fogo em uma mulher por ela não portar uma cifra que satisfaça bandidos empenhados em obter um retorno financeiro custe o que custar.
No entanto, é difícil não pensar duas vezes após o convite de Túlio Vianna, que pede projetar o assunto em perspetiva. Como vão reagir as pessoas que pedem pela redução da maioridade penal amanhã, quando os filhos estiverem na cadeia por conta de uma briga na rua na saída da escola, ou por insultos a professores, problemas como direitos autorais na internet – todos esses, crimes que levam (ou pelo menos deveriam levar) homens feitos para a prisão?
Tocar na questão da maioridade penal é cutucar no vespeiro da passionalidade.

Síria é atacada por Israel

Caça israelense (foto: Getty)

A TV estatal da Síria afirmou que foguetes disparados por Israel atingiram um complexo militar de pesquisas científicas em Damasco. A mesma instalação já havia sido alvo de um ataque israelense em janeiro.
Fortes explosões foram ouvidas em Mount Qassioun, uma área da capital síria na noite de sábado.
Mais cedo, militares israelenses afirmaram sob condição de anonimato que seus aviões bombardearam na sexta-feira um alvo em território sírio. O objetivo do ataque seria um suposto carregamento de armas destinado ao Hezbollah, no Líbano.
Fortes explosões foram sentidas por testemunhas nos arredores de Damasco. Um video amador publicado na internet mostra uma grande bola de fogo provocada por uma explosão na cidade.
Embora a origem do vídeo não tenha sido confirmada, ela se referiria a uma explosão ocorrida perto do complexo de pesquisa militar de Jamaraya.

Ofensivas

"O novo ataque israelense é uma tentativa de levantar o moral de grupos terroristas que estão cambaleando devido a ataques de nosso nobre Exército", afirmou a TV estatal síria, se referindo a recentes ofensivas do governo contra rebeldes opositores.
Autoridades israelenses não se manifestaram sobre as explosões.
Forças do governo sírio e rebeldes lutam por meses pelo controle dos arredores de Damasco. Mais de 70 mil pessoas morreram no conflito desde seu início em 2011.

BBC Brasil 

Eletricidade a partir do espaço

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A Rússia é capaz de se tornar líder no mercado mundial de eletricidade espacial, o qual irá surgir quando numerosas centrais fotovoltaicas espaciais começarem a funcionar em órbita. Cada uma destas consistirá num gigantesco painel fotovoltaico que irá transmitir energia para a Terra por meio do raio laser ou micro-ondas.

Especialistas russos inventaram tecnologias que permitem reduzir ao máximo os gastos para a construção e colocação de tais centrais em órbita.
Em vez de plataformas rígidas pesando dezenas de milhares de toneladas, como prevêem os projetos japonês ou norte-americano, foi proposta uma estrutura sem armação, feita em finíssima película, só de 12 micrômetros, revestida de elementos fotovoltaicos flexíveis. Antes de lançamento, este gigantesco "lençol" será colocado numa cápsula relativamente pequena e, uma vez em órbita, se estenderá formando um "espelho" que se manterá plano devido a sua lenta rotação.
Na Rússia, foram criadas tecnologias únicas de desdobramento de estruturas peliculares, para além de sofisticados laseres de fibra – um outro componente indispensável em centrais fotovoltaicas espaciais. Sobre o conceito de uma central similar estão trabalhando atualmente no Instituto Central de Pesquisas para Indústria de Construção de Máquinas (ICPICM), a principal entidade científica da Roscosmos (Agência Espacial Russa).
Vitali Melnikov, investigador sênior do ICPICM, referiu-se, em entrevista à Voz da Rússia, aos prazos de realização do projeto da central fotovoltaica espacial:
"Os norte-americanos prometem lançar sua central em 2016 e os japoneses em 2025. No entanto, os japoneses sofreram o acidente na central nuclear de Fukusima, e a opinião pública e a do governo desembocarão em adiamento do prazo. Provavelmente, no estrangeiro farão tais centrais entre 2016 e 2035. No que respeita a nós, por enquanto é impossível estabelecer um prazo".
Um projeto similar não consta nos planos oficiais da NASA, e a razão é simples: quando for possível produzir quantidades suficientes da eletricidade espacial, o petróleo e outros recursos energéticos irão se desvalorizar. Porquanto se trata de um projeto comercial muito vantajoso, está rodeado de secretismo não menos hermético do que certos desenvolvimentos militares.
Em institutos de pesquisa russos, o projeto da central fotovoltaica espacial não vai, de momento, além do conceito, ao tempo que alguns aspectos tecnológicos da mesma já estão em fases de desenvolvimento bastante avançado. Assim, a potência da central deverá ser de um gigawatt. Seu desempenho será testado utilizando um protótipo de ensaio com 100 kW de potência. Vitali Melnikov nos falou mais detalhadamente no modelo de ensaio:
"A versão experimental consistirá num satélite munido de bateria solar e sistema de laser que irá transmitir energia para um aeróstato ancorado. A partir deste último, a energia seguirá por um cabo até a Terra. Para que o aeróstato? Iremos trabalhar com o laser de tal frequência que seu raio seria absorvido por camadas inferiores da atmosfera sem atingir a superfície. O aeróstato, por seu lado, irá receber o raio a uma altitude de 5 a 6 km".
Engenheiros ocupados na construção de centrais elétricas espaciais se verão obrigados a resolver outros problemas adicionais extremamente complexos. Um deles consiste na central elétrica espacial dever estar permanentemente orientada para o Sol. Mas se ela estiver em órbita geoestacionária, suspensa sobre um dado ponto da superfície da Terra, o ângulo de inclinação do plano do painel solar em relação a este ponto irá se alterar constantemente, a compasso com a rotação diária da Terra. Em determinados momentos, duas vezes em cada 24 horas, irá se posicionar inclusive perpendicularmente à superfície terrestre. Essa particularidade requer sistemas de rastreamento capazes de direcionar o raio laser girando-o 360 graus.
Existe mais uma circunstância desagradável: em condições do espaço aberto, os painéis solares, sendo expostos ao efeito de partículas galácticas, envelhecem bastante rápido. Cada ano, seu rendimento reduz-se 2 %, o que é 8 vezes mais rápido do que na Terra. Portanto, o painel poderá funcionar em órbita apenas 10 ou 15 anos antes de perder notavelmente a potência. A vida útil tão curta questiona a viabilidade econômica de centrais elétricas espaciais até quando não sejam criados painéis fotovoltaicos mais resistentes e duradouros.
VOZ DA RÚSSIA

Fumo passivo reduz colesterol bom


Estudo avaliou jovens do sexo feminino desde o período da gestação

 Adolescentes expostos ao fumo passivo em casa tendem a apresentar níveis mais baixos do colesterol bom (HDL) conhecido por reduzir o risco de doenças cardíacas, relata um estudo a ser publicado na edição de maio do The Endocrine Society's Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism. O estudo foi conduzido por cientistas da University of Western e da Notre Dame University, ambas na Austrália.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores acompanharam 1.057 adolescentes nascidos entre 1989 e 1992, em Perth, na Austrália, e coletaram informações sobre o tabagismo praticado dentro de casa a partir das 18 semanas de gestação até os 17 anos de idade. Ao todo, 48% das pessoas estudadas foram expostas ao fumo passivo em casa.
No final do estudo, amostras de sangue foram coletadas dos participantes para avaliar seus níveis de colesterol. Os cientistas então compararam esses níveis de colesterol com a exposição dos adolescentes ao fumo passivo. Feitas as análises, eles descobriram que as adolescentes do sexo feminino que conviviam com fumantes tiveram uma redução significativa dos níveis de colesterol HDL, fator que contribui para aumento do risco de doenças cardiovasculares. A mesma relação não foi encontrada em jovens do sexo masculino.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a incidência de morte por doenças cardíacas entre as mulheres é de 52%, matando seis vezes mais que o câncer de mama. Os resultados do estudo mostram que essa porcentagem pode ser reduzida se forem tomadas medidas no sistema de saúde a fim de evitar que as crianças sejam expostas ao fumo passivo no ambiente doméstico, bem como acompanhar aquelas que convivem com o vício.
Leia mais em WSCOM ONLINE.

sábado, 4 de maio de 2013

Detentos terão ensino superior dentro de presídio



Presídio Regional do Serrotão, localizado no município de Campina Grande-PB, receberá uma unidade do campus acadêmico da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) no segundo semestre deste ano. O projeto de criação do Campus Avançado da UEPB, como será chamado, surgiu a partir de uma iniciativa da instituição de ensino em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado, tendo como objetivo levar educação e assistência social aos apenados. A implantação do Campus Avançado da UEPB no Serrotão é um projeto pioneiro no Brasil. Cerca de R$ 1,5 milhões foi investido no projeto. Além disso, a instalação de uma universidade dentro do complexo penitenciário tem a intenção de expandir e fortalecer as políticas públicas direcionadas a ressocialização dos presos. “Queremos desmistificar a ideia de que apenados são delinquentes e mostrar a eles que tanto a sociedade quanto o Estado, se preocupam com as condições em que eles retomarão à liberdade”, explicou o secretário de administração penitenciária do Estado,
 Valber  Virgolino. 
A expectativa é que o novo campus da UEPB inicie suas atividades em julho, oferecendo aos detentos cursos que vão desde a alfabetização até o nível superior, bem como o profissionalizantes. A população carcerária será beneficiada também com aulas preparatórias para exames supletivos relativos aos Ensinos Fundamental e Médio. 
De acordo com informações divulgadas pela instituição de ensino, já foram confirmadas as realizações de seis atividades educativas, como: Oficina de Leitura, curso Pré-vest solidário e o Pré-vest Comunitário, curso de Rádio Comunitária, Horta Comunitária e um projeto de esportes. 
Ainda segundo Virgolino, no que concerne aos cursos profissionalizantes e de ensino superior, serão disponibilizadas aos presos disciplinas ligadas a diversos campos de conhecimento, dentre eles as correspondentes as áreas do Direito e de Ciências da Saúde. 
O primeiro curso a ser oferecido no campus penitenciário será o de Ética e Direitos Humanos, destinado exclusivamente aos agentes penitenciários do Serrotão. A aula inaugural da unidade de ensino será ministrada pelo representante da Unesco, professor Timothy Ireland. O especialista em Direitos Humanos ressaltou a importância e satisfação em contribuir com a execução do projeto. “É algo fantástico pensar na ideia de ter uma universidade funcionando dentro de um presídio”, declarou Ireland. 
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Paraíba é destaque em exportações de calçados e fica com 3º maior faturamento do país


Fábrica de calçados

De acordo com os dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), a Paraíba obteve o terceiro maior faturamento com exportações chegando ao volume de vendas de (US$ 33,2 milhões) no ano, alcançando um percentual de 12,5%.
O Estado ficou atrás apenas do Rio Grande do Sul (US$ 104,5 milhões) e Ceará (79,5 milhões), que registraram quedas nos valores exportados nestes três primeiros meses. Este cenário positivo se dá pela tradição paraibana na produção de artefatos de couro e também pelo fortalecimento do pólo coureiro-calçadista paraibano. Nesta sexta-feira (3), empresários do setor calçadista para o lançamento da Gira Calçados 2013, que é realizado pelo Governo da Paraíba, Sebrae, Fiep/Senai e Sindicato da Indústria de Calçados da Paraíba (Sindicalçados).
De acordo com a presidente da Cinep, Tatiana Domiciano, a projeção do evento ganha respaldo na força que o segmento tem na economia da Paraíba. “Só a Alpargatas emprega 12 mil paraibanos na produção de calçados. Em abril deste ano, o governador Ricardo Coutinho assinou incentivos para criação de mais de 250 empregos em duas indústrias aqui no estado. Os empresários tem oportunidade para investir e contam com total apoio do governo estadual”, afirmou Tatiana.
A edição deste ano do Gira Calçados contará com Rodada de Negócios, Salão de Inovação e o 1º Seminário Calçadista Brasileiro, entre os dias 4 e 6 de junho, na sede da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep ), em Campina Grande. Durante os três dias do evento, os empresários poderão conhecer novidades de tecnologia e maquinário, além de negociar calçados e acessórios.
“Na primeira edição do evento conseguimos agilizar R$ 7 milhões em negócios. Isso nos impulsiona a buscar, pelo menos, um milhão de reais a mais nas transações para esta segunda edição. Como o número de empresas previstas a participar este ano é maior, esperamos, não só superar esta meta, como satisfazer o empresário participante de todas as formas”, declarou  o coordenador do evento e analista do Sebrae em Campina Grande, Rodrigo Dantas.
A primeira edição do Gira Calçados, em 2012, contou com a participação de 150 lojistas e para este ano as projeções são de superar os 200 empresários de todo Nordeste durante o evento. Região que é responsável pela produção de 400 mil pares de calçados por mês (36% de representatividade nacional), empregando mais de 125 mil pessoas. Os dados da Abicalçados de 2011 apontam mais de 600 produtores formalizados na região faturando R$ 8 bilhões anualmente.  
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Encontrada nova forma de tratar o alcoolismo


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Biólogos da Bashkíria descobriram uma nova maneira de tratar o alcoolismo. O novo método consiste na administração, através das narinas, de fármacos que atuam sobre os neurônios nos quais a portadora de sinais é a dopamina.
A produção desta “hormona do prazer” aumenta com o consumo de álcool – é assim que surge a dependência das bebidas alcoólicas. Os novos medicamentos irão reduzir a produção de dopamina durante o consumo de álcool.
O consumo de álcool ativa os neurônios de dopamina do cérebro, criando assim uma sensação de prazer. Funcionários do Departamento da Morfologia e Fisiologia Humana e Animal da Universidade Estadual da Bashkíria estudaram cérebros de ratos alcoólatras. Os biólogos descobriram nos animais bêbados uma assimetria numa das estruturas principais do sistema de dopamina no cérebro – a amígdala, que é um grupo de núcleos cerebrais por baixo do córtex cerebral.
Em machos de ratos “borrachos” a área do hemisfério esquerdo da amígdala é maior, e em fêmeas, do direito. Além disso, o teor de dopamina em seus cérebros era superior ao dos cérebros de ratos “sóbrios”.
Os resultados do estudo do cérebro de ratos – animais modelos na neurociência – levaram os cientistas à ideia da existência da mesma assimetria da amígdala em seres humanos dependentes de álcool. Essas distorções de proporções foram reveladas por métodos de tomografia computadorizada.
A amígdala está diretamente ligada aos receptores olfativos. Atualmente, está sendo desenvolvido um fármaco que irá agir sobre os neurônios dopaminérgicos da amígdala através do nariz, explicou a diretora do estudo, professora Lilia Kalimullina. Isso evita que o paciente se sujeite a quaisquer procedimentos dolorosos. Entretanto, a nova “cura para o alcoolismo” irá agir sobre o foco principal do vício.
VOZ DA RÚSSIA