Estudo avaliou jovens do sexo feminino desde o período da gestação
Adolescentes expostos ao fumo passivo em casa tendem a apresentar níveis mais baixos do colesterol bom (HDL) conhecido por reduzir o risco de doenças cardíacas, relata um estudo a ser publicado na edição de maio do The Endocrine Society's Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism. O estudo foi conduzido por cientistas da University of Western e da Notre Dame University, ambas na Austrália.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores acompanharam 1.057 adolescentes nascidos entre 1989 e 1992, em Perth, na Austrália, e coletaram informações sobre o tabagismo praticado dentro de casa a partir das 18 semanas de gestação até os 17 anos de idade. Ao todo, 48% das pessoas estudadas foram expostas ao fumo passivo em casa.
No final do estudo, amostras de sangue foram coletadas dos participantes para avaliar seus níveis de colesterol. Os cientistas então compararam esses níveis de colesterol com a exposição dos adolescentes ao fumo passivo. Feitas as análises, eles descobriram que as adolescentes do sexo feminino que conviviam com fumantes tiveram uma redução significativa dos níveis de colesterol HDL, fator que contribui para aumento do risco de doenças cardiovasculares. A mesma relação não foi encontrada em jovens do sexo masculino.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a incidência de morte por doenças cardíacas entre as mulheres é de 52%, matando seis vezes mais que o câncer de mama. Os resultados do estudo mostram que essa porcentagem pode ser reduzida se forem tomadas medidas no sistema de saúde a fim de evitar que as crianças sejam expostas ao fumo passivo no ambiente doméstico, bem como acompanhar aquelas que convivem com o vício.
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