quarta-feira, 22 de maio de 2013

É possível trabalhar menos e ter sucesso?




Há anos se acredita que avançar na profissão depende de trabalhar por muitas horas e da disposição para pôr os caprichos do chefe antes de sua vida pessoal. Para os que estão no topo também há muito trabalho. Jack Dorsey, criador do Twitter e da empresa de pagamentos por celular Square, chegou a dizer que trabalha entre oito e dez horas por dia em cada uma das empresas - dois dias de trabalho em um.

A diretora executiva do Yahoo, Marissa Mayer, chegava a trabalhar 130 horas por semana quando estava no Google.
No entanto, a necessidade de trabalhar muitas horas têm sido questionada por duas contratações recentes em grandes empresas.
Depois de uma queda nas vendas de sua linha de roupas, a Marks and Spencer contratou uma nova diretora de estilo, mas Belinda Earl só trabalhará dois dias na semana.
A nova vice-presidente do Facebook, Nicola Mendelsohn, será a chefe da empresa na Europa, no Oriente Médio e na África. Ela deve trabalhar quatro dias por semana - como já faz como diretora da agência de publicidade Karmarama. De acordo com o professor Cary Cooper, especialista em psicologia organizacional e saúde na Escola de Administração da Universidade de Lancaster, na Grã-Bretanha, os benefícios do trabalho de meio período são evidentes.
"As provas são claras de que quando as pessoas podem trabalhar com flexibilidade você consegue o máximo delas. Há mais satisfação no trabalho e elas são mais produtivas", diz.
Juilet Kinsman, a editora do site e livros da empresa especialista em viagens Mr & Mrs Smith, está entre as executivas que trabalham meio período.
"A questão é deixar de ser controladora", diz Kinsman, que desde que teve sua filha, há cinco anos, trabalha dois dias no escritório e no mínimo um dia extra. Antes disso ela tinha uma semana de trabalho de sete dias.
"É muito fácil na vida moderna deixar que se desenvolva uma cultura muito competitiva a respeito de quem passa mais horas na mesa", diz.
A executiva diz que, ao passar para o meio período, conseguiu "dar um passo para trás e fazer o que faço melhor, que é ser criativa".
Ela diz que a maior preocupação de executivas com filhos é "que você ou fique presa à carreira e seja uma mãe ruim ou seja uma mãe ótima e sua carreira seja negligenciada", mas afirma que se tornar mãe a transformou em uma funcionária melhor.
"Suas prioridades mudam e se alinham de uma maneira mais saudável", afirma.
Leia mais em BBC Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários aqui publicados são de responsabilidade de seus autores.