Contudo, o fato mais relevante é que a crise vivenciada pela indústria brasileira e a desaceleração da economia nacional não atingiu nem o mercado atacadista da Paraíba nem o do país. No ano passado, a área atacadista-distribuidor no país faturou R$ 178,5 bilhões entre as 471 empresas que responderam o questionário (+2,5%), acima do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional de 0,9%. Segundo a associação, o mercado de consumo no ano passado gerou uma receita de R$ 344,1 bilhões.
Para o diretor executivo da Associação Paraibana de Atacadistas e Distribuidores (Aspad), Severino Ramos, este crescimento foi impulsionado pelos investimentos no Nordeste, uma vez que a região tem atraído o empresariado. “No caso da Paraíba, apenas no último ano pudemos destacar a chegada de empresas do Grupo Pão de Açúcar (Assaí) e do Grupo KarneKeijo. O Estado acompanha o Nordeste e traz um cenário de oportunidade de negócios”, pontuou. Sobre o assunto, o especialista em varejo, Jairo Pontes, afirmou que o atacado paraibano, de fato, está em ampliação e deve continuar assim.
Por um lado, existe o fator 'localização privilegiada' no comparativo com os demais estados da região, por outro, há uma grande demanda com consumo reprimido. “Nosso varejo, que é o principal cliente da cadeia produtiva do atacadista e distribuidor, vem crescendo fortemente com a inclusão do consumo por parte das classes C e D. Estima-se que 640 mil novos consumidores passaram a circular pela Paraíba. Todo este cenário é positivo”, comentou.
Ainda sobre o ano passado, os atacadistas fecharam 2012 com 40% da lista dos maiores arrecadadores do ICMS na Paraíba. Por isto e pelos demais motivos, Severino Ramos acredita que o setor, no Estado, irá crescer no mesmo patamar desta última análise. “Até porque a economia está mais otimista em 2013”.
Segundo dados da Secretaria de Estado da Receita, existem mais de 1,9 mil empresas atacadistas na Paraíba. Deste total, pouco mais de 80 estão inscritas na Associação Paraibana de Atacadistas Distribuidores (Aspad). Por conta destes números e, tendo em vista que o levantamento organizado pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad) avaliou somente os 23 atacadistas do Estado que responderam aos questionários da Aspad, o ranking é apenas um indicador do crescimento do setor.
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