Os trabalhadores que têm nível superior chegam a ganhar até 219,4% a mais do que aqueles com menor nível de escolaridade, mostrou a análise do Cadastro Geral de Empresas (Cempre), feita pelo IBGE. O cadastro conta com 5,1 milhões de empresas e organizações, 89,9% delas empresariais e responsáveis por absorver 75,5% do pessoal ocupado. Entre os assalariados, 82,9% não tinham nível superior e ganhavam, em média, R$ 1.294,70, enquanto os que cursaram 3º grau, recebiam R$ 4.135,06 mensais. De 2010 para 2011, o total de salários e outras remunerações aumentou 8,0% e o salário médio mensal, 2,4% em termos reais, mostrou a análise do IBGE. Também o pessoal ocupado cresceu 4,9% (para 2,4 milhões) e o pessoal assalariado, 5,1% (para 2,2 milhões). De acordo com o órgão, as entidades empresariais pagaram os salários mais baixos, em média R$ R$ 1.592,19 e a administração pública, apesar de ter somente 0,4% das organizações, pagou os melhores salários (R$ 2.478,21). Ficaram em segundo lugar as entidades sem fins lucrativos, que representam 9,7% das organizações e pagaram em média R$ 1.691,09 mensais.
Outro dado da pesquisa é que mais mulheres que homens se tornaram assalariados de 2010 para 2011: 5,7% contra 4,7%, apontou o IBGE. Eles, no entanto, ainda predominam numericamente (com 57,7% de participação) nos locais pesquisados e ganham mais do que elas: em média, R$ 1.962,97, ou 25,7% a mais que a média recebida pelas mulheres.
Além disso, a maioria das empresas ainda se concentra na região Sudeste, que abriga 51,9% das organizações, 51% das pessoas ocupadas e engloba 55% dos salários e remunerações. O Nordeste ficou em segundo lugar quanto à concentração de pessoal ocupado e em terceiro, para salários. Já o Sul foi a segunda região para número de unidades locais, salários e outras remunerações.
Os maiores salários médios em 2011 foram pagos no Distrito Federal (6,3), no Rio (3,9) e em São Paulo e Amapá (3,8). Os menores, em Ceará (2,3), Alagoas, Paraíba e Piauí (2,4). O salário médio mensal pago em 2011 foi de 3,3 salários mínimos.
Agência Brasil
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