domingo, 5 de maio de 2013

Minas Gerais já tem 54 mortes confirmadas por dengue



Os números da dengue em Minas Gerais continuam aumentando. Segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) no dia 3, subiu para 54 o número de óbitos pela doença e foram notificados 313.545 casos de dengue no Estado, sendo que destes, 88.881 foram confirmados. Pelo balanço, Uberaba continua sendo a cidade com maior número de óbitos, com 13 mortes confirmadas, oficializando o número já divulgado pelo JU. No município, seis mortes continuam em investigação, podendo, portanto, aumentar o número de óbitos por dengue.
De acordo com o boletim, a última morte confirmada em Uberaba é de um homem de 73 anos. Os outros municípios onde ocorreram as mortes são: Teófilo Otoni, com cinco; Belo Horizonte, com quatro; Sete Lagoas, Contagem, Montes Claros e Muriaé, com três; Uberlândia e Ituiutaba, com duas; e Carangola, Frei Gaspar, Buritizeiro, Ipanema, Pirapetinga, Pirapora, São Geraldo do Baixio, São João da Ponte, Carneirinho, Campos Altos, Itaúna, Pedro Leopoldo, Santa Luzia, Águas Formosas, Carlos Chagas e Bocaiúva, com uma morte cada.

O Triângulo Mineiro ainda é a região com maior número de mortes por dengue neste ano, sendo 18 no total. Além das 13 de Uberaba, Uberlândia e Ituiutaba registraram dois óbitos cada e Carneirinho um. Informações extaoficiais apontam uma morte ocorrida nesta sexta-feira, em Sacramento, em decorrência da doença.

O número de doentes confirmados apenas nesses primeiros meses do ano supera os casos de 2012, 2011, 2009 e 2008. Apenas na epidemia de 2010, foram registrados mais pacientes contaminados, 194.636.
Encontro – Em Uberaba, o controle da dengue mereceu reunião intersetorial, com o prefeito Paulo Piau, representantes dos hospitais São Marcos e São Domingos, do assessor técnico do Ministério da Saúde, Rodrigo Said, do superintendente regional de Saúde, Iraci José de Sousa Neto, representantes dos hospitais de Clínicas e Universitário, Conselho Municipal, secretário de Saúde, Fahim Sawan, e do deputado estadual Adelmo Leão.

Piau disse ser inadmissível o número de mortes por dengue em Uberaba e voltou a afirmar que tem muitas dúvidas sobre o porquê dos números na cidade serem tão diferentes do restante do Estado e pediu empenho, principalmente, dos setores de pesquisa, em especial das universidades, para essa resposta.

Os participantes relataram vários problemas, entre eles a redução de quase 40% no número de visitas nas residências em 2012 em comparação a 2011, o desmantelamento da Funasa, a dificuldade na capacitação de profissionais de saúde, a dificuldade na contratação de médicos em função dos valores das remunerações, a falta de um trabalho contínuo de combate em anos anteriores, o número reduzido de leitos na cidade, além da falta de ações na Atenção Básica, inclusive com o fechamento de várias equipes do Programa da Saúde da Família. “Estamos em uma guerra e a única arma que deve ser apontada é contra o mosquito. Temos de realizar ações para que, no próximo ano, a epidemia não se repita”, disse o prefeito, que pediu à Sawan que crie uma gestão específica para a questão, com enfoque direto em ações para minimizar os problemas citados. Esse gerenciamento deve ser abrangente e incluir planejamentos de ações nos curto, médio e longo prazos. 
Jornal de Uberaba

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