sexta-feira, 27 de junho de 2014

Doações eleitorais do mercado imobiliário a vereadores de SP chegam a R$ 22 milhões

Durante os debates pela aprovação do Plano Diretor Estratégico (PDE) da cidade de São Paulo na Câmara Municipal, o vereador José Police Neto (PSD) assumiu posição de destaque: considerado um dos parlamentares mais experientes em assuntos relacionados ao setor imobiliário, o parlamentar tornou-se referência do grupo de descontentes da base aliada que buscam impedir a votação do projeto atual, cuja redação foi dada pelo relator Nabil Bonduki (PT) e é endossada pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e pelo Movimento dos trabalhadores Sem Teto (MTST), organização civil mais atuante na discussão do projeto. E foi no discurso do movimento que Police ganhou a alcunha de vereador "patrocinado" pelas empresas do ramo para defender os interesses econômicos envolvidos no zoneamento da cidade, por ter recebido doações de R$ 498 mil de construtoras e imobiliárias na campanha de 2012.
O caso de Police, no entanto, não é exceção; e ele sequer foi o maior receptor de dinheiro das empresas do setor naquela eleição. Em 2012, o mercado imobiliário investiu pelo menos R$ 22,6 milhões apenas para o cargo vereador na capital paulista. O valor é a soma das doações diretas ou para os comitês de campanha de 53 dos 55 vereadores eleitos, e envolvem praticamente todos os partidos. Pela ordem, DEM, PT, PSD, PSDB e PRB lideram com folga a lista dos preferidos de empreiteiras, construtoras, incorporadoras e administradoras de negócios do setor. Estão fora da lista apenas o Partido Humanista da Solidariedade (PHS), cujo representante é o vereador Laércio Benko, e o Psol, legenda do vereador Toninho Vespoli. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reunidos pela organização não-governamental Repórter Brasil.
As doações diretas para candidatos somam R$ 7 milhões. O valor total é ainda maior, já que não foram considerados para essa conta os candidatos ao parlamento que não foram eleitos. As remessas enviadas aos comitês financeiros dos partidos somam mais R$ 15,2 milhões. Alguns partidos não possuem tais comitês e outros mesclam estes com os dos candidatos a prefeito, como foi o caso do PT.
Essas doações não são ilegais. Mas na opinião do advogado e dirigente da Consulta Popular Ricardo Gebrim, um dos coordenadores do Plebiscito Popular pela Reforma Política, interferem na condução de processos importantes para o conjunto da cidade, como a votação do PDE.
"A revisão do Plano Diretor afeta muitos interesses. Inclusive destas empreiteiras que financiam campanhas eleitorais. E se o fazem, esperam, logicamente, alguma interferência no processo. As doações sempre implicam compromisso político", avalia Gebrim. Para ele, a prática configura uma afronta à cidadania. "As campanhas chegaram a custos absurdos. Na prática, isso impede o direito do cidadão comum de participar ativamente. E até mesmo de partidos ou candidatos que não queiram manter esse tipo de relação, pois não conseguem sustentar-se", pondera.
A situação cria contradições. O projeto promovido pelo PT, que também recebeu doações das empresas do ramo imobiliário, é amplamente apoiado pelos movimentos sociais. Mas, se não fosse assim, o investimento das empresas nas campanhas políticas sempre seria capaz de lançar dúvidas sobre o "patrocinador" de medidas legais que envolvem poderes econômicos centrais no debate. Para Gebrim, a situação reforça o entendimento de que é urgente uma reforma política que institua o financiamento público de campanhas eleitorais. "Sem isso, continuaremos a ver o poder econômico se colocar como protagonista nas campanhas eleitorais", acredita.
Entre as principais doadoras se destacam as empreiteiras Andrade Gutierrez, Carioca Christian Nielsen, Engeform, Kallas, OAS, Odebrecht, Queiróz Galvão e WTorre. Com exceção da última, as demais atuam em programas municipais como Operações Urbanas, proteção e recuperação de mananciais e urbanização de favelas. A Andrade Gutierrez doou R$ 76,1 milhões na última eleição. A Queiróz Galvão, R$ 52,2 milhões. Outros R$ 36,6 milhões foram repassados pela OAS, além de R$ 800 mil em doações diretas para candidatos. Somadas, as oito principais empreiteiras em São Paulo doaram R$ 209 milhões.
Créditos: Rede Brasil Atual

Abuso de álcool pode favorecer infecções

Forçar a voz, beber e fumar são hábitos que, juntos, afetam a garganta e a boca.

Em quantidades moderadas, o álcool tem poucas repercussões, mas em excesso e por vários dias na semana pode causar muitos prejuízos. Quando combinado com o cigarro, é o principal fator de risco para câncer de boca e de garganta (faringe). Na garganta, o álcool causa uma irritação local e ressecamento, favorecendo infecções.
Dessa forma, períodos em que o consumo excessivo e prolongado de álcool é comum, como carnaval, festas de fim ano ou mesmo a Copa do Mundo, os cuidados com as infecções de garganta e boca devem ser redobrados.
As infecções, virais e bacterianas, ocorrem por transmissão de uma pessoa a outra por secreção nasal, como nos espirros, e secreção durante a tosse. Depois do contágio, a doença começa a se manifestar após algumas horas a dias. A infecção será mais grave se a pessoa tiver uma queda na imunidade, o que pode acontecer com má alimentação e excesso de bebidas.
Créditos: WSCOM

Ucrânia pode perder 40 bilhões de dólares devido a associação com UE

A encruzilhada da Ucrânia
A Ucrânia pode perder até 40 bilhões de dólares somente durante o próximo ano devido à assinatura do Acordo de Associação com a União Europeia, afirma o presidente do Comitê da Duma para Relações Internacionais Alexei Pushkov. 
O maior problema que surge em vista da assinatura da parte econômica do Acordo de Associação com a União Europeia consiste em que a Ucrânia não poderá vender os seus produtos no mercado russo nas mesmas condições que anteriormente, dado que cada zona de comércio livre tem as suas próprias exigências e prescrições. Em vista disso, a Rússia terá que rever as condições do seu comércio com a Ucrânia. Portanto, o problema é o seguinte: de acordo com as estimativas de peritos independentes, se a Rússia tomar medidas de proteção na sua fronteira, a Ucrânia poderá perder de 30 a 40 bilhões de dólares somente durante o próximo ano”, declarou Pushkov na sexta-feira.
Créditos: Voz da Russia

quinta-feira, 26 de junho de 2014

BC reduz projeção de crescimento da economia para 1,6%

O Banco Central reduziu a projeção de crescimento da economia para este ano. De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje (26), o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos, deve apresentar expansão de 1,6%, ante a previsão anterior de 2%.
A produção agropecuária deverá crescer 2,8%, ante a estimativa anterior de 3,5%. Segundo o BC, essa revisão é resultado dos efeitos da estiagem registrada no início do ano. A projeção para o desempenho da indústria passou de crescimento de 1,5% para queda de 0,4%. De acordo com o relatório, a nova estimativa é reflexo da revisão nas estimativas de crescimento da produção da indústria de transformação (de 0,5% para -1,9%) e da construção civil (de 1,1% para -2,2%). A projeção para o crescimento do setor de serviços para 2014 ficou em 2% (2,2% na estimativa anterior).
A projeção para os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo - FBCF) passou da expansão de 1% para retração de 2,4%. Essa revisão considerou o recuo da FBCF no primeiro trimestre.
As projeções para os aumentos de exportações e importações de bens e serviços foram revistas de 1,3% para 2,3%, e de 0,9% para 0,6%, respectivamente. Segundo o BC, as mudanças levam em conta a reavaliação das perspectivas de crescimento de importantes parceiros comerciais do Brasil, dos impactos da alta do dólar e da revisão de estimativa de crescimento da economia brasileira.
Para o período de 12 meses encerrado em março de 2015, a estimativa de crescimento do PIB é 1,8%. No ano passado, a economia cresceu 2,5%, de acordo com dados revisados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Créditos: Agencia Brasil

PB: PT anuncia apoio a Ricardo Coutinho do PSB

Além do próprio Ricardo Coutinho, estiveram presentes na reunião o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT); o seu irmão e pré-candidato ao Senado Federal, Lucélio Cartaxo (PT); e os presidentes estaduais do PT, Chaliton Machado e do PSB, Edvaldo Rosas.
O prefeito ainda afirmou que, com a retirada da pré-candidatura do ex-prefeito de Campina Grande a governador, Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), só restou dois caminhos para a Paraíba. “O do retrocesso e o do avanço do trabalho”, comentou.Após a reunião, os líderes dos dois partidos concederam entrevista coletiva. O prefeito Luciano Cartaxo disse que a hora é de olhar para frente, mas fez questão de lembrar que os militantes do PT e do PSB já estiveram unidos em outras atividades políticas. “Agora, é novo momento”, disse.
O governador Ricardo Coutinho disse que recebia com muita honra o apoio dos “companheiros do PT”. “Recebo neste exato momento, com muita honra, o apoio dos companheiros do PT, em nome de Charliton, Lucélio e Luciano Cartaxo. Estaremos juntos em mais essa jornada, sempre pensando no engrandecimento da nossa querida Paraíba. Adelante!”, disse. O líder do PSB ainda afirmou que o objetivo da aliança é reelegê-lo e também eleger Lucélio Cartaxo para senador. “Onde estiver o nome de um tem que está do outro (...) Vamos colocar os outros candidatos para correr”, disse Ricardo Coutinho”, complementou.
Todas as lideranças presentes destacaram a importância de contar com a incorporação do PMDB à aliança. O presidente estadual do PSB, Edvaldo Rosas, confirmou que os peemedebistas deverão ocupar a vaga de vice-governador na chapa majoritária. Segundo ele, o nome será decidido entre os próprios membros do partido. Edvaldo Rosas ainda informou que acordo prevê que o vice-governador seja natural de Campina Grande e o senador de João Pessoa.(Ângelo medeiros com Marcos Wéric)
Créditos: WSCOM

Avanços favorecem tratamento do câncer

Quando o assunto é câncer de próstata, sempre que o toque retal e o alto nível de PSA no sangue indicarem a presença de algum tipo de lesão, a investigação deve prosseguir com ultrassom transretal e biópsia guiada pelo ultrassom. São procedimentos simples, seguros, e geralmente bem tolerados pelos pacientes. Já a ressonância magnética tem papel fundamental nos casos de câncer de próstata em estágio avançado, ou ainda quando a extensão do câncer é extracapsular, se espalhando para fora da glândula prostática e aumentando as chances de metástases.

“Os exames de imagem são cada vez mais solicitados para fazer estadiamento e acompanhamento do tratamento do câncer. Se a ressonância magnética não substitui a biópsia na detecção da doença, por outro lado é bastante útil na caracterização da extensão local da doença, identificando características como envolvimento extracapsular de feixes vásculo-nervosos ou, ainda, de vesículas seminais”, diz o doutor Juan Cevasco, médico radiologista do Centro de Diagnóstico Brasil (CDB), em São Paulo.

O uso de técnicas de imagem envolvendo características funcionais e componentes químicos dos tecidos tem potencial, em curto prazo, de reduzir o número de biópsias, já que a precisão na detecção de tumores será ainda maior. Vale lembrar que a próstata é uma glândula que se localiza logo abaixo da bexiga e à frente do reto. Como, no início, o câncer de próstata tem evolução silenciosa, a consulta com um urologista e a realização do exame de toque retal é muito importante – principalmente depois dos 50 anos ou até mesmo antes, quando há casos desse tipo de câncer na família.

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens. Dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer) revelam que somente este ano surgirão quase 70 mil novos casos da doença. A importância do diagnóstico precoce se dá, principalmente, porque alguns desses tumores podem crescer rapidamente e se espalhar para outros órgãos. Entretanto, a maioria não oferece risco de morte à população masculina quando diagnosticado e tratado logo no início.
Créditos: WSCOM

Autorização para Petrobras explorar pré-sal atende soberania


 A decisão do governo federal de autorizar a Petrobras a explorar reservas do pré-sal de 10 bilhões a 15 bilhões de barris de petróleo contrariou setores do mercado com eco em alguns jornais. Mas segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP) atende aos interesses e à soberania nacional e é respalda por lei federal.“O mercado e as petrolíferas privadas queriam que as áreas excedentes fossem devolvidas à Agência Nacional de Petróleo (ANP) para serem licitadas. Mas a presidenta Dilma preservou o interesse nacional e contratou diretamente a Petrobras para explorar essas reservas estratégicas, como prevê o Artigo 12 da Lei 12.351/2010”, escreveu em artigo o coordenador da FUP, João Antônio de Moraes.
“Pela primeira vez nas últimas duas décadas a Petrobras voltará a ter o controle integral sobre áreas estratégicas de petróleo, que nos próximos anos deverão dobrar suas atuais reservas”, continuou. De acordo com o sindicalista, “isso não acontecia desde que o PSDB e o DEM acabaram com o monopólio da estatal, criando no governo Fernando Henrique Cardoso a Lei 9.478/1997, que concedeu às empresas privadas o controle sobre o petróleo brasileiro”.
A reação de contrariedade se refletiu no valor das ações da companhia. No mesmo dia da decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), vinculado à Presidência da República, os papéis da companhia fecharam em baixa de 3,49%.
governo anunciou a contratação direta da Petrobras, em regime de partilha, para a exploração do excedente de óleo em quatro campos do pré-sal: Búzios, Entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi. A decisão foi discutida em reunião da presidenta Dilma Rousseff com o CNPE.
“A contratação que hoje (ontem) foi decidida permitirá que a gente consiga colocar essa produção muito rapidamente dentro do mercado, trazendo benefícios para a União em termos de receitas, e também benefícios para a Petrobras”, disse o secretário de Petróleo e Gás do Ministro de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida. Segundo ele, esperam-se mais de R$ 600 bilhões direcionados a educação e saúde, de acordo com a lei dos royalties.
Setores da imprensa sensíveis aos rumores do mercado reagiram em uníssono condenando a autorização “sem licitação”, como se ela tivesse sido fruto de uma decisão sem respaldo legal e de acordo com a vontade do Planalto.
Porém, o artigo 12 da Lei 12.351/2010 determina expressamente que o CNPE, presidido pelo ministro de Minas e Energia, hoje Edison Lobão, proporá à Presidência da República os casos em que, “visando à preservação do interesse nacional e ao atendimento dos demais objetivos da política energética, a Petrobras será contratada diretamente pela União para a exploração e produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos sob o regime de partilha de produção”.
O contrato pelo regime de partilha prevê que 76,2% da riqueza produzida nos campos do pré-sal seja destinada a União, que ainda receberá um bônus de R$ 2 bilhões na assinatura do contrato.
Créditos: Rede Brasil Atual