terça-feira, 11 de novembro de 2014

Brasil é referência no combate ao trabalho escravo, diz a OIT

O Brasil é referência mundial em combate ao trabalho escravo, apesar de diversos problemas e desafios a enfrentar. A declaração foi feita pelo coordenador do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Luiz Machado, no 3º Encontro das Comissões Estaduais para a Erradicação do Trabalho Escravo (Coetraes), ontem (10), na capital paulista. “Nós temos mecanismos que não encontramos em nenhum outro lugar no mundo como os grupos especiais de fiscalização que atendem a todo o território”.
Ele destacou, também, o Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, do governo federal, com diversas ações, algumas cumpridas, outras em andamento e outras precisando ser aceleradas. “Como a prevenção e assistência à vítima porque precisamos romper o ciclo vicioso da escravidão. O trabalhador apesar de ser resgatado continua vulnerável e muitos voltam para a escravidão”.

Segundo Machado, no Brasil os mais vulneráveis são homens adultos, pobres de regiões com baixo índice de desenvolvimento, em busca da trabalho em outros estados ou mesmo aliciados. Entretanto, no mundo, as mulheres e crianças são mais escravizadas. “É um crime dinâmico e em outros lugares do mundo está envolvido com tráfico de pessoas e exploração sexual”.
A coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Estado de São Paulo, Juliana Felicidade Armede, informou que em São Paulo, a maioria dos trabalhadores escravizados está na área rural. “Existem estados no Brasil muito ricos, mas empobrecidos em políticas públicas. Em muitos locais as pessoas não tendo acesso a esses benefícios não se inserem no mercado de trabalho e quando se inserem acabam ficando em situação de escravidão”.
Outra realidade á a questão imigratória que tem ocorrido a partir da crise econômica internacional de 2008. São Paulo e outros estados do Brasil foram pontos de convergência importante, além de brasileiros que passaram anos fora do país e estão voltando. “Quando eu estou desconectado da realidade nacional e sem acesso a essas políticas públicas também estou vulnerável”.
No meio urbano o principal foco de trabalho escravo está na construção civil e na indústria têxtil. Já no rural está ligado tanto com a pequena produção quanto com a grande. “Dentro desses dois universos há uma diversidade de problemas. Isso ainda acontece porque temos um perfil de produção que não garante isonomia às pessoas. Há sempre um grupo mais explorado e um que explora. Não conseguimos evoluir do ponto de vista de estruturas econômicas capazes de acompanhar os problemas sociais”.
Créditos: Agência Brasil

Crime organizado do Brasil lavou R$ 75 mi na Suíça

O crime organizado do Brasil transitou mais de R$ 75 milhões, o equivalente a 29 milhões de francos suíços, por contas em bancos suíços para lavagem de dinheiro, só em 2013.
Segundo dados oficiais da Polícia Federal Suíça, o volume movimentado é três vezes superior ao que foi identificado com as "gangues russas", mas inferior ao da máfia italiana, que atingiu R$ 150 milhões. Drogas, vendas de passaportes e prostituição estavam entre as principais atividades, segundo Jamil Chade, do “Estadão” (leia  mais).
Créditos: Brasil 247

País tem 125 cidades em situação de risco de surto de dengue

article imageDados divulgados pelo Ministério da Saúde revelaram que 125 cidades brasileiras estão em situação de risco de surto de dengue. Há uma semana o número era de 117. A pesquisa, chamada Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), mostrou ainda que o número de municípios considerados em alerta para a doença aumentou de 533 para 552 também em apenas uma semana. O LIRAa  foi realizado em 1.524 municípios brasileiros. Ainda de acordo com o levantamento, Rio Branco, no Acre, é a única capital em situação de risco — considerada quando mais de 3,9% dos imóveis pesquisados apresentam larvas do mosquito Aedes Aegypti.
Já outras dez capitais estão em situação de alerta, quando entre 1% e 3,9% dos imóveis pesquisados contêm larvas. São elas: Porto Alegre, Cuiabá, Vitória, Maceió, Natal, Recife, São Luís, Aracaju, Belém e Porto Velho. O Ministério da Saúde ressaltou que cinco capitais — Boa Vista, Manaus, Palmas, Fortaleza e Salvador — ainda não apresentaram os resultados do LIRAa.
Créditos: opinião & Notícia

Alongamento e boa postura podem proteger articulações e evitar dores

As articulações permitem os movimentos  do corpo e por serem exigidas o tempo todo, têm um risco de sofrer desgastes ou lesões – por isso, as dores articulares são muito comuns e podem até comprometer ou limitar os movimentos. Apesar serem mais comuns em idosos e esportistas, as dores podem também atingir jovens e adultos e, por isso, é importante tomar alguns cuidados para evitar, como explicou o ortopedista Mateus Saito..
Uma das dicas é o alongamento, que reduz a sobrecarga nas articulações e faz com que elas deslizem mais e melhor – fazer pausas durante o dia, seja em casa ou trabalho, e alongar-se com movimentos suaves e simples ajuda a manter o corpo flexível, como afirmou a terapeuta ocupacional Raquel Matos.
É importante ainda prestar atenção à postura, que também pode ser um fator de risco para dores – um dos jeitos de melhorar é através da reeducação postural global, o RPG, técnica que mostra a maneira correta de se posicionar ao longo do dia, como mostrou a fisioterapeuta Clóris Regina Fleury.
Os especialistas alertaram ainda para o uso de munhequeiras, que limitam o movimento de determinada articulação. Vale lembrar que existem diversos tipos no mercado e é preciso definir qual usar – quem vai usar de maneira preventiva pode optar pelas mais macias; já quem está durante um tratamento de alguma lesão pode escolher uma mais rígida, mas sempre de acordo com a orientação de um profissional de saúde. Antes de comprar, é preciso fazer um teste: se estiver justa, sem machucar, é porque está boa, como explicou a terapeuta ocupacional Raquel Matos.
Por último, os especialistas alertaram que as dores articulares podem ser leves ou graves – em casos simples, colocar gelo é o primeiro recurso e já pode ajudar. No entanto, se a dor for muito forte, recorrente e não passar com o gelo, é fundamental procurar um médico para avaliar se não há alguma doença.
Créditos: WSCOM

Alckmin pede socorro de R$ 3,5 bilhões a Dilma contra falta d'água

Em sua primeira audiência com a presidenta Dilma Rousseff após as eleições, o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) pediu ontem (10) ao governo federal ajuda para a execução de oito projetos hídricos que, segundo estudo técnico apresentado por ele, poderá ajudar a conter o problema de abastecimento no estado. A estimativa feita pelo governador é de que o valor total das obras pode chegar a R$ 3,5 bilhões.
O tucano havia admitido a possibilidade de pedir recursos logo depois de conhecidos os resultados da disputa de outubro, recuando na posição mantida durante a campanha, quando governos federal e estadual trocaram acusações sobre o plano de investimentos para conter a crise d'água.
“O governo de São Paulo precisará do máximo que o governo federal puder nos passar. Pode ser recurso a fundo perdido, do Orçamento Geral da União (OGU), ou pode ser financiamento, e nós temos uma boa capacidade de financiamento”, afirmou o governador, ao destacar que os projetos são prioritários.
No encontro, Alckmin também apresentou à presidenta informações técnicas sobre todos os sistemas de abastecimento de água do seu estado como forma de detalhar a crise. De acordo com ele, a presidenta ouviu o pedido, com as informações sobre as obras, e foi criado um grupo de trabalho para discutir como será feito o repasse de recursos do Executivo federal para o governo estadual e, também, qual o montante que poderá ser repassado. A segunda reunião para discussão do tema está programada para a próxima segunda-feira (17).
O governador buscou afastar a ideia de que sua preocupação em procurar o Executivo federal represente mudança na forma de condução do seu governo e lembrou que nos últimos anos foram feitas outras parcerias semelhantes. “Isso não é novidade”, frisou, ao falar sobre o assunto. “É nosso dever, numa república federativa, como o Brasil, é trabalharmos juntos e sermos parceiros. O dinheiro é do contribuinte e nós estamos discutindo o assunto desde o ano passado.”
Conforme explicou Alckmin, após sair da audiência, as obras que estão sendo solicitadas são: a interligação dos reservatórios Atibainha e Jaguari, a construção de dois reservatórios em Campinas; a adução dos reservatórios e a construção de Estação de Produção de Água de Reuso (EPAR) no sul de São Paulo e em Barueri. Além destas, também fazem parte desse plano a interligação do rio Jaguari com o Atibaia, interligação do Rio Grande com o rio Guarapiranga; e a abertura de poços artesianos no Aquífero Guarani. O valor total é de R$ 3,5 bilhões.
Conforme explicou a ministra de Planejamento, Miriam Belchior, também presente ao encontro, o valor total das obras não foi discutido na reunião, mas já se sabe que os recursos serão liberados somente após avaliação a ser feita por esse grupo a respeito das obras propostas. Parte do montante, no entanto, já está sendo viabilizado pelo governo federal como parte da construção do sistema São Lourenço, único apresentado pelo Palácio dos Bandeirantes antes das eleições.
Embora destacando que ainda não foi decidida a origem dos demais recursos, Belchior colocou que parte do desembolso pode não ser de curto prazo, porque algumas das obras propostas sequer apresentam projeto de engenharia, mas deixou claro que Dilma Rousseff demonstrou empolgação com o conjunto do trabalho e está empenhada em ajudar a resolver o problema de São Paulo.
“A presidenta viu com bons olhos (o plano do governador), mas será necessária uma conversa mais aprofundada para que ela bata o martelo no que o governo federal ajudará São Paulo”, acentuou Miriam Belchior. Ao falar com os jornalistas, Alckmin também mostrou dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e ressaltou que o nível dos reservatórios do Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo, apresentou mais uma queda nesta segunda-feira, de 11,4% para 11,3%.
Créditos: Rede Brasil Aual

Homem-bomba que matou 46 em escola estava ‘disfarçado de aluno’

Vítimas do ataque desta segunda (AP)

Uma explosão que deixou ao menos 46 estudantes mortos no nordeste da Nigéria, nesta segunda-feira, foi perpetrada por um homem-bomba disfarçado de aluno, suspeitam as autoridades locais. Ele também morreu no episódio. A polícia acredita que o grupo radical islâmico Boko Haram esteja por trás do ataque, ocorrido na cidade de Potiskum. 

Diversas escolas já foram alvejadas pelo grupo, cujo objetivos declarado é instalar um Estado islâmico no norte da Nigéria, no qual meninos recebam apenas educação religiosa e meninas sejam impedidas de frequentar as aulas.

O ataque também deixou 79 feridos, muitos em estado gravíssimo,e ocorreu no momento em que os jovens se reuniam no pátio da escola. Isso indica que o homem-bomba tentou matar o maior número possível de alunos. Um estudante disse à BBC que viu os corpos mutilados de seus colegas. Soldados despachados ao local da tragédia foram recebidos a pedradas pela população local, que se queixa da insegurança e acusa as autoridades de terem fracassado no combate ao Boko Haram. 

"O governo precisa ser mais sério na luta contra o Boko Haram, porque (a situação) está saindo de controle."No nordeste da Nigéria, aldeias inteiras estão sob o controle dos jihadistas, e ataques se tornam cada vez mais comuns. Há relatos de que até os soldados do Exército estejam fugindo do combate com extremistas em algumas cidades.
Créditos: BBC Brasil

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Polícia mata seis pessoas por dia no Brasil

BOPENo Brasil, a polícia mata seis pessoas por dia. Esta é a média de cidadãos mortos por policiais brasileiros no período de 2009 e 2013. Em cinco anos, foram 11.197 óbitos provocados pelos homens da lei — a polícia norte-americana, por exemplo, levou 30 anos para matar 11.090 pessoas. 
Estes números fazem parte do levantamento que integra o oitavo Anuário Brasileiro de Segurança Pública do Fórum Brasileiro de Segurança. Ele traz a classificação de quais tropas são mais letais; RJ em 1º,SP em 2º BA em 3º. Apesar de ser campeã no rankings de mortes de civis (como aconteceu em quase todos os anos do levantamento), a polícia carioca registrou significativa redução na quantidade de homicídios: de 1.048 em 2009 para 416 em 2013. 
"A única notícia boa desse cenário são os dados cariocas. Desde a implantação das UPPs, o Rio tem tido uma redução expressiva de letalidade", afirma a diretora-executiva do Fórum, Samira Bueno. "[Esta é] A única notícia boa desse cenário extremamente triste. Seis pessoas mortas por dia é muita coisa."
São Paulo, segundo no ranking das forças policiais que mais matam no Brasil, também teve redução no número de mortes por intervenção policial: em cinco anos, elas caíram de 566 para 364. Contudo, houve aumento de quase 40% dos homicídios praticados por policiais no horário de folga. Créditos: Brasil Post