terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Desemprego cai e fecha 2014 em 6,8%

A taxa de desocupação fechou o ano passado em 6,8%, registrando queda em relação a 2013, quando a taxa de desocupação foi 7,1%. Em 2012, a taxa ficou 7,4%. Os dados foram divulgados hoje (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e indicam um desemprego maior em relação à Pesquisa Mensal de Emprego (PEM), também do IBGE, que foi 4,8%. A pesquisa é calculada em seis das principais regiões do país.
No quarto trimestre do ano passado, a taxa de desocupação fechou em 6,5% em todo o país, registrando queda em relação aos 6,8% do terceiro trimestre. Quando comparado com o quarto timestre de 2013, com 6,2%, a taxa de descocupação cresceu.
Os dados divulgados indicam que a população desocupada recuou na passagem do terceiro para o quarto trimestre, passando de 6,7 milhões para 6,5 milhões de pessoas. Entre a população ocupada houve aumento do terceiro para o quarto trimestre, passando de 92,3 milhões para 92,9 milhões. No quarto trimestre de 2013, a população ocupada era 91,9 milhões de trabalhadores.
No que diz respeito à população desocupada, do terceiro para o quarto trimestre do ano passado o número passou de 6,1 milhões para 6,5 milhões de trabalhadores.
Abrangendo maior número de regiões do país, a Pnad Contínua substituirá a atual Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrange apenas as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife.
Desemprego cai e fecha 2014 em 6,8%.
Créditos : Agência Brasil.

Sem água, escolas de SP dispensam alunos

 Com a crise hídrica, escolas estaduais na cidade de São Paulo sofrem por falta d'água no período noturno. Na escola Professora Veridiana Camacho Carvalho Gomes, no Parque Edu Chaves (zona norte de São Paulo), os alunos do noturno foram liberados antes do fim do período letivo em todos os dias da primeira semana de aulas.
Segundo estudantes das turmas de jovens e adultos, que têm aulas das 19h às 23h, de segunda a quarta-feira as aulas terminaram por volta de 21h porque não havia água.
O iG esteve na unidade na noite da última quinta-feira (5) e poucos minutos antes do início das aulas já não havia água nos bebedouros, nas torneiras ou para os vasos sanitários.Segundo relato dos moradores da região, o bairro tem ficado sem água a partir das 13h.
A reserva da escola não é suficiente para atender todos os alunos. De grande porte, a escola tinha 1.495 alunos no último censo escolar. Atualmente, apenas no noturno há 600 matrículas, segundo funcionários da unidade.
"Temos pedido para os alunos trazerem suas próprias garrafas de água, mas não dá para aguentar sem água nos banheiros", contou um dos funcionários, que não quis se identificar.

A falta d'água também atinge a escola Gabriela Mistral, no Tucuruvi (zona norte de São Paulo). Segundo alunos e funcionários, na noite de ontem a escola não tinha água até o término do turno, mas os estudantes não foram dispensados.
As duas escolas estão em uma região em que há redução de pressão da água das 13h às 5h, ou seja, apenas oito horas de fornecimento regular, segundo o site da Sabesp.
Em outro região da cidade, a escola Salim Farah Maluf, em Guaianazes (zona leste de São Paulo), passa pela mesma seca. A unidade, que tinha 1.415 alunos no último censo escolar, tem ficado sem água não só no período noturno. No site da Sabesp, a empresa aponta que a região tem abastecimento com pressão reduzida entre as 15h e as 4h.
"Na segunda-feira cheguei às 8h40 e fui ao banheiro, até comentei com os colegas que a água estava colorida. Depois da aula (mais ou menos 12h20), fui ao banheiro novamente e já não tinha água", conta o professor Silvio de Souza. "Para dar aula, temos que mediar a situação e conversar com os alunos, mas não é fácil."
A secretaria estadual de educação negou que tenha faltado água nesta semana nas unidades e, por isso, não foi pedido o atendimento prioritário à Sabesp. Ainda segundo a secretaria, as escolas que estiverem sem água serão atendidas pela empresa de abastecimento com caminhões-pipa após pedido da Diretoria de Ensino.
Créditos: WSCOM

Beber vinho ajuda a emagrecer

 Comer uvas ou beber o suco da fruta ou vinho - com moderação - poderia ajudar pessoas com excesso de peso a emagrecer. É o que defende um novo estudo da Universidade de Oregon, nos Estados Unidos.
De acordo com os resultados da pesquisa, o consumo de uvas de cor escura pode beneficiar na perda de peso e no gerenciamento de distúrbios metabólicos, como gordura no fígado.
Neil Shay, bioquímico e biólogo molecular da Universidade de Oregon, fez parte de uma equipe de estudo que expôs células do fígado e gordura humana cultivada em laboratório a extratos de quatro produtos químicos naturais encontrados nas uvas muscadine, variedade nativa do sudeste dos Estados Unidos.
Uma das substâncias, o ácido elágico, mostrou-se muito eficiente no combate à gordura. Ele reduziu drasticamente o crescimento de células de gordura já existentes e evitou o crescimento de novas células no fígado.
O pesquisador adverte, no entanto, que não era esperada uma diminuição no peso corporal. O que de fato aconteceu foi um aumento da queima de gordura, especialmente no fígado. Isso pode levar a um melhor funcionamento do órgão em pessoas com excesso de peso.
O objetivo do pesquisador não é substituir medicamentos, mas sim orientar as pessoas na escolha de alimentos amplamente disponíveis e que podem beneficiar a saúde, incluindo a melhora da função metabólica.
"Se você está fazendo compras e sabe que um certo tipo de fruta é bom para uma condição de saúde que você tem, não iria querer comprar essa fruta?", reflete Shay.
Créditos: WSCOM

O pacote de Dilma contra a corrupção

A Procuradoria Geral da República (PGR) prepara-se para pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de uma série de inquéritos e ações criminais contra políticos em decorrência da Operação Lava Jato. Na segunda-feira 2, durante evento de reabertura do Judiciário após 40 dias de folga, um parlamentar conversou com o procurador-geral, Rodrigo Janot, e ministros do STF. Ficou com a impressão de que os processos não pouparão partidos. Até os de oposição ao governo devem botar as barbas de molho. “O clima é de tensão no Congresso”, conta este parlamentar.
Até aqui, o Ministério Público Federal já apresentou 18 denúncias contra 86 pessoas por corrupção,  formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro e tráfico de drogas. São casos a somar 2,1 bilhões de reais em recursos públicos desviados, dos quais 500 milhões já foram recuperados e 200 milhões, bloqueados. Nenhum dos acusados era parlamentar. Quando chegar a hora da verdade para a turma do foro privilegiado, não se devem esperar histórias do tipo “mensalão”. Janot já deu a entender que considera as fraudes na Petrobras como obra de um cartel de empreiteiras subornadoras de agentes públicos.
Apesar disso, é certo que o governo sairá chamuscado. As maracutaias podem até ter começado há mais de 15 anos, como acreditam os procuradores de Justiça mergulhados no caso, mas a maioria dos suspeitos na mira de Janot pertence à base do governo no Congresso. Por isso, o Palácio do Planalto finaliza um pacote anticorrupção para vir a público quase junto com as ações da PGR. Uma tentativa de mostrar a reprovação das falcatruas por Dilma e de proteger a imagem do governo.
O pacote tem cinco medidas, todas prometidas por Dilma na eleição e, mais recentemente, na primeira reunião ministerial do ano, realizada no fim de janeiro. Nos planos presidenciais, estão a criminalização do caixa 2 eleitoral e do enriquecimento ilícito de funcionários públicos, o confisco dos bens oriundos daquele enriquecimento, a aceleração de julgamentos de processos contra políticos no STF e a criação de juizados especiais para crimes de improbidade administrativa.
“Todas essas medidas têm o propósito de garantir processos e julgamentos mais rápidos e punições mais duras, o que representará um forte golpe na impunidade”, diz o documento recém despachado pela Presidência ao Congresso, como ocorre todo início de ano. “Mesmo assegurando o amplo direito de defesa dos acusados e o contraditório, princípios básicos de justiça, queremos eliminar os procedimentos que permitem que processos e julgamentos se arrastem, indefinidamente, em nosso País.”
Nem todas as propostas serão enviadas pelo Planalto ao Congresso. É possível, segundo apurou CartaCapital, que o governo encampe projetos já existentes no Legislativo. A mudança no rito do STF depende, por sua vez, de uma iniciativa que só pode partir da própria corte. O envolvimento direto dos três poderes no pacote servirá para materializar a ideia de Dilma de um “pacto nacional” contra a corrupção.
A criminalização do caixa 2 eleitoral tende a ter como base uma lei proposta em 2013 pelo vice-presidente do Senado, Jorge Vianna, do PT do Acre. Pelo texto, o crime estaria em captar, usar ou movimentar dinheiro de campanha sem declarar à Justiça eleitoral. Praticá-lo daria de 5 a 10 anos de cadeia. Na legislação atual, caixa 2 até pode resultar em prisão, por falsidade ideológica. O mais comum, porém, é gerar processos por perda de mandato, e mesmo assim é difícil abri-los, pois só se pode fazê-lo até 15 dias depois da eleição.
A punição de cadeia para servidor enriquecido ilicitamente já foi proposta há uma década pelo próprio governo. Seriam de três a oito anos de detenção para quem não conseguir provar ter uma renda honesta capaz de justificar a alta do patrimônio. A lei chegou à Câmara dos Deputados em julho de 2005, logo no início da crise do “mensalão” do PT. Não saiu do lugar. Jamais houve sequer um relator designado para examiná-la. É este texto que tende a encampado pelo governo agora.
Hoje, enriquecimento ilícito é castigado só com sanções de natureza civil: perda do cargo público e dos bens, ressarcimento aos erário, suspensão dos direitos políticos por até 10 anos, multas e proibição de assinar contratos com o Estado. O Brasil é signatário de dois tratados internacionais de combate à corrupção que recomendam prender servidor que fica rico de modo ilegal, mas nunca tomou as providências para cumpri-los. Um é uma convenção interamericana de 1996. O outro, no âmbito das Nações Unidas, de 2003.
Além da prisão para quem enriquecer ilegalmente, o governo defende confiscar os bens adquiridos assim. A linha geral da ideia consta de projeto apresentado em 2013 pelo então deputado Vieira da Cunha, do PDT do Rio Grande do Sul. O texto cria uma ação civil pública de tomada dos bens. Já existe este tipo de confisco atualmente, mas só em ações penais. Se a lei mudar, será possível tentar confiscar mesmo em casos em que o autor presumível do ilícito tenha morrido, fugido ou não possa ser identificado. É outra determinação de acordos internacionais assinados pelo Brasil, como o da ONU de 2003, jamais levada adiante.
Como Vieira da Cunha não se reelegeu no ano passado, o projeto foi automaticamente arquivado na Câmara. É possível que o governo apresente um novo, de teor parecido. Mesma situação por trás da ideia de constituir varas especializadas para causas de improbidade administrativa.
Em  julho de 2006, como resultado de suas investigações do “mensalão” do PT, a CPI dos Correios propôs constituir aquele tipo de juizado. Seriam varas em Tribunais Regionais Federais com foco em crimes contra o Estado e o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, ocultação de bens, além de improbidade. Uma forma de agilizar os julgamentos. A proposta adormeceu no Senado a partir de 2009. No fim de 2014, foi arquivada em definitivo. Deve renascer pelas mãos do governo.
A agilização dos processos no STF contra os políticos detentores de foro privilegiado só pode ser proposta pelo próprio Supremo. É uma ideia de seu atual presidente, Ricardo Lewandowski. O governo já negocia com ele para a iniciativa integrar o pacto anticorrupção que vem aí.
Responsável principal pelas negociações do Planalto com o Congresso, o ministro Pepe Vargas, da Secretaria de Relações Institucionais, acredita que o pacote pode ser aprovado inclusive com o apoio dos partidos adversários do governo. Para ele, são medidas de interesse geral e sem coloração partidária.
Créditos: Carta Capital

Metrô: o escândalo quase esquecido

A complacência da mídia, seu escasso ímpeto em investigar as estripulias do tucanato paulista, pode até dar a impressão de que o esquema de superfaturamento e propina no metrô e nos trens metropolitanos em São Paulo é um escândalo menor. Não é. Longe dos registros burocráticos sobre o caso nos principais meios de comunicação, o processo continua.
A Justiça paulista ordenou o bloqueio de 282 milhões de reais em bens da multinacional Alstom e de três ex-funcionários da empresa e de Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Marinho é acusado de, em troca de propina, obter contratos sem licitação para a Alstom com empresas de energia estaduais durante o governo Mário Covas, de quem foi chefe da Casa Civil entre 1995 e 1997.
Já o TCE, do qual Marinho continua afastado por ordem judicial, julgou irregular a aquisição por 828 milhões de reais em valores atualizados de 16 trens da Alstom em 2007, durante o governo de José Serra. O Metrô considera os contratos regulares e pretende recorrer do julgamento.
Créditos: Carta Capital

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Vaticano abre portas para padres casados e cria dilema

Padre casado Robin FarrowUma situação que dificilmente chamaria a atenção em qualquer lugar do mundo não fosse o fato de que Farrow está prestes a receber sua ordenação como padre católico. O britânico faz parte de um grupo de novos padres anglicanos que se converteram à Igreja Católica no Reino Unido sem a obrigação de adotar o celibato - ao contrário do que se exige dos sacerdotes originalmente católicos.

"Sei que muitos fiéis católicos podem estranhar a figura de um padre casado. Mas na minha paróquia eu tenho conversado com os fiéis há meses e recebi muitas palavras de apoio à minha situação. Estudei para uma vida religiosa desde os sete anos", conta Farrow, 42, em entrevista à BBC Brasil. A regra para sacerdotes anglicanos está em vigor desde 2009, chancelada pelo então papa Bento 16. 
Uma decisão que surpreendeu por causa do perfil conservador do pontífice alemão, e que muitos analistas de Vaticano viram como uma manobra para atrair para a Igreja anglicanos insatisfeitos com algumas decisões mais polêmicas de seu ramo do cristianismo, em especial a ordenação de bispos homossexuais.

O celibato, imposto no século 12, simboliza o triunfo do espírito sobre a carne. A premissa é de que apenas a dedicação total à Igreja faz um padre. A possibilidade de dispensa no Reino Unido teve o objetivo de reforçar os quadros católicos num país em que o catolicismo é minoria. No entanto, há limites para a dispensa. "Se por acaso minha esposa falecesse, que Deus proíba, eu não poderia casar de novo", conta Farrow. O divórcio também está fora de questão. 

Casos como o de Farrow alimentam o argumento dos defensores de uma revisão da questão celibatária por parte da Igreja. Entre os que propõem a flexibilização está Dom Erwin Kautler, bispo austríaco que há 30 anos é o responsável pelo Prelado do Xingu, no Pará. Mais conhecido por seu envolvimento em causas ambientais e pelas críticas à injustiça social na região Norte do Brasil, Dom Erwin mais recentemente tem expressado sua preocupação com a escassez de sacerdotes a seu dispor. Uma das maiores circunscrições eclesiásticas do Brasil, com 365 mil quilômetros quadrados, o Xingu dispõe apenas de 27 padres. 
Não é preciso muito esforço matemático para entender o problema de Dom Erwin. E o bispo não vê outra solução que não uma flexibilização do Vaticano em relação ao celibato. Leia mais em BBC Brasil.
Créditos: BBC Brasil


Construtoras da Lava Jato já demitiram 12 mil

: Empresas envolvidas na operação Lava Jato demitiram mais de 12 mil trabalhadores em todo o Brasil, segundo balanços das centrais sindicais. Sem opções de crédito e com caixa debilitado, empresas não conseguem cumprir contratos. 
No dia 21 de janeiro, a Alumini Engenharia S/A teve pedido de recuperação judicial aprovado pelo juiz da 2ª Vara de Falências de São Paulo. A construtora deixou de receber R$ 1,2 bilhão em aditivos contratuais.
As obras paradas da Petrobras e das empreiteiras investigadas pela Polícia Federal devem afetar a projeção para os investimentos em infraestrutura e até a expectativa para o crescimento do PIB, de acordo com estimativa da Tendências Consultoria. A empresa, que calculou o peso das empreiteiras nos projetos do País, acredita que o resultado das apurações contra corrupção podem retirar até 1,5% do crescimento econômico em 2015: "O impacto deve ser maior do que imaginávamos anteriormente", afirma a analista Alessandra Ribeiro.  
Créditos: Brasil 247