domingo, 7 de junho de 2015

Pesquisadores criam questionário para 'prever morte'

O mistério da morte pode começar a ser desvendado por um simples questionário da internet, segundo cientistas da Suécia. Eles criaram uma série de perguntas para dizer se você vai morrer nos próximos cinco anos.

O questionário é baseado em uma longa pesquisa realizada entre 2007 e 2010, que envolveu meio milhão de pessoas entre 40 e 70 anos de idade no Reino Unido.

Baseados em uma análise complexa de 655 aspectos do estilo de vida de cada um dos participantes no Centro de Pesquisas UK Biobank, os cientistas chegaram a um teste final de 13 perguntas para homens e 11 pra mulheres para determinar o risco de morte deles nos próximos cinco anos.

Para homens, a simples autoavaliação do estado de saúde (avaliada na pergunta "você considera sua saúde excelente, muito boa, boa, regular ou ruim?") foi o que mais influenciou no resultado final do risco de morte. Para mulheres, o diagnóstico anterior de algum tipo de câncer foi o fator mais forte.

Mas, para as pessoas que não têm nenhuma doença grave ou nenhum tipo de transtorno, o cigarro é o fator predominante para determinar a chance de elas morrerem nos próximos cinco anos.

As descobertas dos pesquisadores foram divulgadas na publicação científica Lancet. Além do questionário para determinar o risco de morte, disponível no site Ubble, os cientistas também desenvolveram um critério para dizer a "idade Ubble" dos que fizerem o teste.

Se ela for maior do que a idade real da pessoa, é melhor elas tentarem melhorar suas condições de vida – parando de fumar, por exemplo. Se for menor, significa que eles estão saudáveis.

Os resultados são baseados nas conclusões dos testes com moradores do Reino Unido, mas o questionário em inglês pode ser feito por qualquer pessoa que tenha entre 40 e 70 anos.
Conclusões

Das 500 mil pessoas entre 40 e 70 anos que participaram da pesquisa, 8.352 morreram ao longo dos anos de análise dos dados pelos cientistas.

Para homens, perguntas como "Quantos carros você tem?" aparecem no questionário - segundo os pesquisadores, quem tem muitos carros tem melhores condições financeiras, e isso influenciaria em uma menor chance de morrer nos próximos cinco anos.

Outras questões curiosas como "Como você descreveria o ritmo da sua passada?" também aparecem no questionário - os pesquisadores explicam que uma passada rápida é um indício de que a pessoa é saudável e, por isso, também tem menos possibilidade de morrer em breve.

Não foram levados em consideração fatores cardiovasculares, pressão alta ou obesidade porque, segundo os cientistas, isso não influenciaria em uma eventual morte nos próximos cinco anos.

Erik Ingelsson, dos autores do estudo, faz uma ressalva: apesar de os resultados da pesquisa serem interessantes e terem 80% de confiabilidade, não é possível tomá-los como "certeza absoluta".

"O fato de um resultado como esse poder ser medido em um questionário breve, sem necessidade de testes no laboratório ou exames físicos, é uma descoberta animadora", afirmou. "(Mas) claro que o resultado traz um grau de incerteza e não pode ser visto como uma previsão determinante e absoluta."

O cientista reforçou ainda que o risco de morte de uma pessoa pode ser reduzido com pequenas mudanças nos hábitos diários. "Para a maioria das pessoas, o alto risco de morrer nos próximos cinco anos pode ser reduzido apenas parando de fumar, fazendo atividade física e tendo uma dieta equilibrada."

As 500 mil pessoas que se voluntariaram forneceram o histórico médico delas para o Biobank, além de exames de sangue, urina e saliva. A saúde deles será monitorada pelo resto de suas vidas para permitir aos pesquisadores estudar mais as doenças e trabalhar na cura delas.
Créditos: BBC Brasil

Papa elogia diálogo na Bósnia e cobra continuidade da paz

O papa Francisco elogiou ontem (6), em Sarajevo, os progressos vividos na Bósnia-Herzegovina nos últimos anos, mas cobrou a continuidade do diálogo para a paz.

“Tenho o prazer de ver os progressos realizados, que devemos agradecer ao senhor e a tantas pessoas de boa vontade. No entanto, é importante não se contentar com o que já foi alcançado, mas procurar adotar novas medidas para fortalecer a confiança e criar oportunidades para que se aumente a compreensão e o respeito mútuo”, disse ao discursar durante a cerimônia de boas-vindas no palácio presidencial, na capital da Bósnia-Herzegovina.

Francisco fez um apelo à comunidade internacional, “em particular à União Europeia”, para que contribua para que “o processo de paz começado seja cada vez mais sólido e irreversível”.

O papa recordou a visita de João Paulo II em 1997 a Sarajevo, que ainda tentava se recuperar da guerra (1992-1995), e disse que está satisfeito por chegar à capital bósnia “como peregrino da paz e do diálogo”.

“Para mim é um motivo de alegria estar nesta cidade, que sofreu tanto por causa dos sangrentos conflitos do século passado e voltou a ser um lugar de diálogo e convivência pacífica”, enfatizou.

O papa disse que a Bósnia-Herzegovina “tem um significado especial para a Europa e para o mundo inteiro”, pois nestes territórios “existem comunidades que há séculos professam religiões diferentes e pertencem a etnias e culturas distintas, cada uma com as suas características peculiares e orgulhosa das suas tradições específicas”.

Francisco pediu às autoridades políticas do país que protejam “os direitos fundamentais da pessoa, entre os quais se destaca a liberdade religiosa” para assegurar “a efetiva igualdade de cada cidadão diante da lei, independentemente da sua origem étnica, religiosa e geográfica”.

O presidente da Bósnia-Herzegovina, o sérvio Mladen Ivanic, disse confiar que “o tempo da falta de entendimento, da intolerância e divisões ficou para trás”. Para ele, a população aprendeu a lição do passado recente e está diante de “um novo tempo de entendimento, reconciliação e cooperação”.

Ivanic estava acompanhado de outros membros que formam a composição presidencial do país, que é rotativa: o muçulmano Bakir Iztbegovic e o croata Dragan Covic.

“Desejamos edificar a Bósnia-Herzegovina como uma sociedade à medida do homem e de todas as religiões. O cumprimento deste objetivo não é fácil e representa um grande desafio, tanto para os líderes políticos e religiosos como para cada cidadão”, disse Ivanic.

Acrescentou que a “Bósnia-Herzegovina tem sido um símbolo do verdadeiro entendimento das diferenças étnicas e religiosas, mas também das profundas divisões, conflitos e sofrimentos”.

Depois da reunião com as autoridades bósnias, o papa seguiu para o Estádio Olímpico de Sarajevo para rezar uma missa para cerca de 65 mil fiéis.
Créditos : Agência Brasil

sábado, 6 de junho de 2015

Asus revela primeiro "PC de bolso" com Windows 10

Nos últimos meses, começou a crescer uma nova categoria de produtos: o “PC de bolso” que mais parece um pendrive. Agora foi a vez ASUS de revelar um aparelho do tipo, aproveitando a Computex, que acontece nesta semana em Taiwan. A diferença é que o Pen Stick já sai de fábrica com o Windows 10.

Como outros produtos da categoria, ele é feito para economizar espaço, o que significa que seus componentes devem ser compatíveis com o formato menor. Assim, ele obviamente não tem um desempenho muito alto, mas permite realizar tarefas simples e comuns.

Por dentro ele apresenta um processador Intel Cherry Trail, 2 GB de memória RAM, 32 GB de armazenamento interno. Também há um leitor de cartão micros, duas portas USB 2.0, para conectar periféricos como mouse e teclado, e uma microUSB, para a energia. O dispositivo também tem um conector de áudio para microfone e fones de ouvido, Bluetooth 4.0 e Wi-Fi.

Como é comum da categoria, o dispositivo conta com um conector HDMI, com o qual o usuário pode conectá-lo a um monitor para poder utilizá-lo.

A ASUS deu estimativas de quando e por quanto ele chega ao mercado, mas as informações ainda não são totalmente precisas. Segundo a empresa, o lançamento acontecerá no último trimestre de 2015 por um preço de cerca de US$ 150.
Via Ubergizmo
Créditos:Olhar Digital

BNDES anuncia R$ 20 milhões em restauração da Mata Atlântica

Muito debatida e pouco colocada em prática, a restauração florestal dos biomas brasileiros não amazônicos ganhou um incentivo extra de pelo menos R$ 20 milhões na semana passada. Esse é o valor do investimento inicial que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aportará ao Programa BNDES Restauração Ecológica, lançado em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA). A linha de empréstimo anunciada, não reembolsável, atenderá a Mata Atlântica em um primeiro momento, mas o banco estatal diz que a meta é estender a aplicação de recursos a programas de restauração da vegetação no Cerrado e nos Pampas.

De acordo com o programa, os recursos poderão ser investidos em projetos de recuperação executados em Unidades de Conservação (UCs), Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), Terras Indígenas, Territórios Quilombolas e Assentamentos da Reforma Agrária, além de outras modalidades de área pública.

As áreas a seren recuperadas deverão ter entre 200 e 400 hectares, e não precisam ser contínuas. A meta do BNDES e do MMA é recuperar doze milhões de hectares nos próximos 20 anos. Segundo o Ministério, o Cadastro Ambiental Rural (CAR), ainda não concluído, já aponta a necessidade de restauração de 22 milhões de hectares de vegetação nativa em diversos biomas.

A direção do BNDES diz esperar que as exigências de regulamentação impostas pelo Código Florestal propiciem o desenvolvimento de uma cadeia produtiva no setor de restauração florestal: “Com o aumento da demanda, são incentivados os investimentos na cadeia produtiva de empresas reflorestadoras, viveiros, laboratórios, redes de sementes, pesquisa e geoprocessamento”, diz José Henrique Paim, diretor do banco e responsável pela condução do Programa de Restauração Ecológica. Para tanto, o BNDES prevê também o financiamento aos proprietários rurais para aquisição de mudas, sementes, insumos, máquinas, equipamentos e mão de obra, além da realização de pesquisas.

A Mata Atlântica foi definida como prioridade para a primeira fase do Programa para que o BNDES possa utilizar a expertise desenvolvida durante a aplicação da Iniciativa Mata Atlântica, que financiou 15 projetos, em um investimento total de R$ 43 milhões. A iniciativa possibilitou a recuperação de três mil hectares de vegetação nativa no bioma.
Créditos: Rede Brasil Atual.

Após criticar Mais Médicos, Cássio Cunha Lima vai à Cuba conhecer experiências de Saúde

Como um dos integrantes do Grupo Brasileiro do Parlamento Latino-Americano,  o senador, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), cumpre agenda, nos dias 5 e 6 de junho, na República de Cuba, onde estão programadas reuniões da Comissão de Saúde, e da Comissão para a Igualdade de Gênero, Infância e Juventude.

Cássio é um dos críticos dos critérios do Governo Federal par seleção de médicos cubanos para o programa Mais Médicos.

Um dos temas que está na pauta da reunião da Comissão de Saúde é a Lei de Bases da Assistência Social de Hipertensão Pulmonar na América Latina e no Caribe. A hipertensão pulmonar (HP) é o nome geral e inclusivo para um grupo de várias doenças crônicas que afetam os pulmões e o coração. Algumas formas (ou "subtipos") são raras e tem HP de avanço rápido, debilitante e fatal, porque fazem parte da lista de doenças raras. Apenas um tipo de HP atualmente tem cura: hipertensão pulmonar associada ao tromboembolismo pulmonar crônico.

Refletindo sobre saúde pública, o senador Cássio lembra um dos itens da Carta dos Direitos Humanos das Nações Unida, de que “a saúde é um direito fundamental e indispensável para o exercício de outros direitos. Toda  pessoa tem direito ao mais alto nível possível de saúde propício para viver com dignidade”.

A reunião se justifica porque a hipertensão pulmonar é uma doença rara, catastrófica e grave, progressiva, de rápida deterioração e potencialmente fatal, reconhecida como um problema de saúde de grande importância, que afeta grandemente a vida e a qualidade de vida dos indivíduos e / ou grupos população na maioria dos países da América Latina e do Caribe.

“É da responsabilidade do Estado promover ações intersetoriais inclusivas e comunitárias para assegurar o desenvolvimento e manutenção da saúde da população”, destacou Cássio.

Lei dos berçários e creches

Já com relação à pauta da reunião da Comissão para a Igualdade de Gênero, Infância e Juventude, o principal objetivo é discutir sobre a lei que rege berçários ou creches.

Os espaços para cuidados infantis, conhecidos como creches, surgiram devido à impossibilidade de contar com, uma pessoa certa que pudesse cuidar de crianças enquanto os pais trabalhassem. Logo, berçários e creches foram criados para resolver um problema social importante e, quando operados de forma otimizada, são de grande ajuda para garantir que as crianças tenham segurança, com nutrição adequada e submetidas a um trabalho pedagógico correto, do ponto de vista do desenvolvimento, e que seja, acima de tudo, cercado de afeição, incentivando assim o processo de socialização infantil.

“Temos de trabalhar e pensar projetos e políticas públicas para garantir o mínimo de qualidade e o máximo de respeito pelos direitos das crianças, e uma forma de garantir esse direito é regulando a creche nos Estados, de uma forma, por exemplo, a que as creches não sejam instaladas em locais perigosos, insalubres e que, principalmente, atendam aos requisitos para o cuidado e bem-estar das crianças”, defende Cássio.
Créditos: Paraíba.com

Contra epidemias, países planejam exército global de médicos

 Foto: Getty Images
Um plano para se criar uma força-tarefa global de 10 mil médicos e cientistas contra epidemias será apresentado na próxima reunião do G7, grupo formado por representantes das maiores economias de países desenvolvidos - Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos - no próximo domingo, na Alemanha, segundo apurou a BBC.

Trata-se de uma reposta direta ao recente surto de ebola, o maior já registrado, com 27 mil vítimas na África Ocidental. O projeto prevê ainda melhorias no sistema de monitoramento de doenças, especialmente em países mais pobres, e investimentos no desenvolvimento de novas drogas. Especialistas dizem que tais medidas teriam impedido que a epidemia de ebola atingisse uma escala sem precedentes.

"Discutiremos como nos preparar melhor para tais surtos, como preveni-los e como reagir mais rápido quando eles ocorrerem", disse a chanceler (premiê) alemã e atual presidente do G7, Angela Merkel, em artigo publicado nesta semana, com base em conselhos recebidos do empresário Bill Gates, de empresas farmacêuticas e de especialistas em saúde pública.

"A criação de uma força-tarefa global, com um financiamento adequado, é sem dúvidas um objetivo de médio prazo, mas talvez deveríamos analisá-lo agora."
Documentos aos quais a BBC News teve acesso detalham que esta equipe de médicos e cientistas funcionaria como uma reserva militar. Eles de dedicariam a seus trabalhos pessoais normalmente, mas estariam prontos para irem a campo quando requisitados. O projeto ainda prevê um novo grupo independente dentro da Organização Mundial da Saúde (OMS), responsável por lidar com epidemias.

Também seriam criados centros de testes em países-chave, a maioria deles na África Subsaariana, com um custo anual estimado em US$ 15 milhões (R$ 45 milhões), além de investimentos da ordem de US$ 100 milhões em pesquisas de medicamentos, exames e vacinas, com foco em dez doenças, como o coronavírus MERS, a febre de Lassa e novos tipos de vírus da gripe.
Créditos: Terra

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Menores cometem 0,9% dos crimes no Brasil

Percentual é ainda mais baixo quando considerados homicídios e tentativas de homicídio: 0,5%; presidenta Dilma Rousseff determinou criação de grupo interministerial para discutir medidas de combate à impunidade 

Em tempos de arrefecimento de ânimos na discussão sobre a PEC 171, que trata da redução da maioridade penal no País, o Ministério da Justiça traz à luz dados relevantes para o amadurecimento do debate pela sociedade civil: segundo a pasta, menores de 16 18 anos são responsáveis por 0,9% dos crimes no Brasil. O percentual é ainda menor se considerados homicídios e tentativas de homicídio: 0,5%. Contrária à aprovação da proposta, a presidenta Dilma Rousseff defende o agravamento da pena do adulto que utiliza jovens para cometer crimes.

Para o ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Pepe Vargas, o debate sobre a redução da maioridade penal no País deve ser levado a toda a sociedade brasileira. “Nós confiamos que quando o debate for colocado, quando houver mais esclarecimento nesse debate vai ficar claro que a redução ao invés de reduzir o problema da criminalidade e da violência tende a aumentá-lo”, diz o ministro. Segundo Vargas, colocar adolescentes em prisões de adultos servirá para eles sejam cooptados por facções do crime organizado.

No início da semana, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Edinho Silva, anunciou a determinação da presidenta Dilma para que a Casa Civil coordene um grupo interministerial para discutir medidas de combate à impunidade. O grupo também deve estudar medidas de melhorias do ambiente social dos jovens para evitar proximidade com a criminalidade. 

Pepe Vargas lembra que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) já prevê sanções para o jovem infrator. “É legítima a aspiração da sociedade brasileira por mais segurança. Muitas pessoas acham que os adolescentes não são privados da sua liberdade, que ele pode fazer qualquer coisa sem sofrer nenhuma sanção. Isso não é verdadeiro. Em alguns casos, os adolescentes chegam a ficar mais tempo privados da liberdade do que adultos que eventualmente tenham cometido um crime análogo”, observa.
Créditos: Portal Brasil