sábado, 6 de junho de 2015

Contra epidemias, países planejam exército global de médicos

 Foto: Getty Images
Um plano para se criar uma força-tarefa global de 10 mil médicos e cientistas contra epidemias será apresentado na próxima reunião do G7, grupo formado por representantes das maiores economias de países desenvolvidos - Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos - no próximo domingo, na Alemanha, segundo apurou a BBC.

Trata-se de uma reposta direta ao recente surto de ebola, o maior já registrado, com 27 mil vítimas na África Ocidental. O projeto prevê ainda melhorias no sistema de monitoramento de doenças, especialmente em países mais pobres, e investimentos no desenvolvimento de novas drogas. Especialistas dizem que tais medidas teriam impedido que a epidemia de ebola atingisse uma escala sem precedentes.

"Discutiremos como nos preparar melhor para tais surtos, como preveni-los e como reagir mais rápido quando eles ocorrerem", disse a chanceler (premiê) alemã e atual presidente do G7, Angela Merkel, em artigo publicado nesta semana, com base em conselhos recebidos do empresário Bill Gates, de empresas farmacêuticas e de especialistas em saúde pública.

"A criação de uma força-tarefa global, com um financiamento adequado, é sem dúvidas um objetivo de médio prazo, mas talvez deveríamos analisá-lo agora."
Documentos aos quais a BBC News teve acesso detalham que esta equipe de médicos e cientistas funcionaria como uma reserva militar. Eles de dedicariam a seus trabalhos pessoais normalmente, mas estariam prontos para irem a campo quando requisitados. O projeto ainda prevê um novo grupo independente dentro da Organização Mundial da Saúde (OMS), responsável por lidar com epidemias.

Também seriam criados centros de testes em países-chave, a maioria deles na África Subsaariana, com um custo anual estimado em US$ 15 milhões (R$ 45 milhões), além de investimentos da ordem de US$ 100 milhões em pesquisas de medicamentos, exames e vacinas, com foco em dez doenças, como o coronavírus MERS, a febre de Lassa e novos tipos de vírus da gripe.
Créditos: Terra

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