Ônibus prateado, com "cara de Metrô", ar-condicionado e tomada para carregar o telefone celular. A Prefeitura de São Paulo vai começar a entregar 100 veículos novos por mês, do tipo BRT, que irão circular nos 121,3 quilômetros de corredor de ônibus e 386,8 quilôemtros de faixas exclusivas da capital - rede estrutural de transporte coletivo.
Segundo o secretário municipal de Transporte, Jilmar Tatto, pelo menos 2 mil veículos deste tipo estarão em circulação até o começo de 2017. Um desses coletivos começou a ser exposto nesta terça-feira, 16, em frente à sede da Prefeitura, no Viaduto do Chá, na região central. Os modelos com capacidade para 118 passageiros em pé e outros 55 sentados também terão wi-fi grátis e catraca dupla para evitar filas no lado de fora dos coletivos.
"Em viários com grandes carregamentos de pessoas, tem que colocar ônibus grande", afirmou Tatto. O objetivo desses BRTs, segundo Tatto, é "andar em linha reta", por isso eles não vão rodar dentro de bairros. "Não tem sentido um ônibus desse tamanho entrar em um bairro. Na Vila Madalena tem ônibus grande andando dentro do bairro, o que não faz sentido."
Para atender os bairros e regiões com viários menores e estreitos, a São Paulo Transportes (SPTrans) vai aumentar a oferta de linhas circulares. De acordo com Tatto, o ideal é que as linhas do chamado sistema local, não entrem nos corredores de ônibus. Caso seja necessário, este tipo de veículo não vai ultrapassar a casa dos 20% dos coletivos pequenos em corredores de transporte coletivo.
Metrô sobre pneus. A cor prateada do BRT tem como objetivo criar uma identidade visual, informando aos passageiros que aquele veículo trafega em corredores e faixas exclusivas de ônibus. Tatto afirmou que a Prefeitura vai "metronizar" os ônibus do sistema estrutural na cidade São Paulo. Hoje, os veículos que trafegam pelos corredores tem duas cores: branca e a da concessionária (azul, verde, lilás, amarelo, laranja e vermelho).
Além da cor que é igual a dos vagões do transporte sobre trilhos, os BRT's, segundo a promessa de Tatto, também terão intervalos menores, operação assistida (acompanhamento em tempo real por meio de GPS) e partidas programadas.
O prefeito Fernando Haddad (PT) também foi conhecer o novo ônibus. "O transporte coletivo sobre superfíce é cada vez mais regra do que exceção, mesmo onde tem rede metroviária ampla", afirmou. De acordo com ele, até o final de julho a Prefeitura deve lançar a audiência pública para a nova concessão do transporte público em São Paulo. As exigências serão cobradas nos contratos com as empresas.
Créditos: Estadão
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