O Ministério da Saúde informou na terça-feira (14) que ao menos 14 mil pessoas diagnosticadas com a Covid-19 já se recuperaram no Brasil. O número equivale a 55% do total de pacientes que tiveram resultado positivo em exames para o novo coronavírus.
De acordo com o secretário-executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis, foram registrados até o momento 25.262 pacientes com Covid-19. Desse total, 1.532 morreram em decorrência da doença e 9.704 continuam internados.
Gabbardo rebateu as críticas de que o ministério se recusava a divulgar esse dado, afirmando que a pasta realizou questionamentos a outros países para decidir qual seria a melhor forma para trabalhar com esses números.
"Até se criou uma narrativa um tanto estranha, que eu tenho percebido nas redes sociais de que o Ministério da Saúde propositadamente não apresenta um dado de recuperação, tentando criar uma imagem de que o bicho é pior do que ele é realmente. Não é nada disso", disse o secretário-executivo.
O ministério, no entanto, frisa que o número de recuperados está dentro do número atual de casos comprovados -ou seja, pode haver variações. A pasta admite que há subnotificação nos dados, o que também pode influenciar o cálculo. "Hoje alguns pesquisadores falaram que para cada caso confirmado tem 12 não confirmados. Pode ser que sim. O inquérito vai nos dizer isso", disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Ele se refere a uma pesquisa que visa dar estimativas do total da população que tem anticorpos para o novo coronavírus. O trabalho deve ser conduzido pela Universidade Federal de Pelotas, em parceria com outras instituições. Atualmente, a maioria dos testes são oferecidos apenas a casos graves e a uma parte dos pacientes com síndrome gripal, o que dificulta um controle maior de casos no país. Por isso, o ministério avalia que o percentual de recuperados possa ser maior.
Na tentativa de ampliar a testagem, a pasta abriu um chamamento público na terça-feira (14) para empresas que queiram realizar o serviço de amostra respiratórias de testes RT-PCR, que visam verificar o material genético do vírus, em total de 3 milhões de exames. A expectativa é que sejam realizados 30 mil testes rápidos para a detecção do Covid-19 por dia.
Em geral, esse tipo de teste usa um swab, uma espécie de cotonete grande, para coletar amostras das vias respiratórias. "É aquele que coloca dentro do nariz e dentro da garganta de quem está no primeiro dia, no segundo dia de sintoma. Ele [o teste] é o que faz o diagnóstico precoce", explicou Mandetta.
A ideia é fazer parcerias público-privadas com laboratórios, e usar máquinas de doações. "Isso vem acoplado a um aplicativo. A nossa ideia é de remeter todos pra São Paulo, gerar uma usina de exames e devolver no aplicativo, procurando trabalhar com 24 horas entre o exame e resposta", completou.
Créditos: Folha PE
quarta-feira, 15 de abril de 2020
sábado, 11 de abril de 2020
Mais de 600 mil pequenas empresas fecharam as portas por causa do Coronavírus
Segundo pesquisa feita pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às micro e pequenas Empresas) pelo menos 600 mil micro e pequenas Empresas fecharam as portas e 9 milhões de funcionários foram demitidos em razão dos efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus. É o que mostra o levantamento exibido com exclusividade pela CNN.
A pesquisa também mostra que 30% dos empresários tiveram que buscar empréstimos para manter seus negócios, mas o resultado não tem sido positivo: 29,5% destes empreendedores ainda aguarda uma resposta das instituições financeiras e 59,2% simplesmente tiveram seus pedidos negados.
Mais da metade (55%) dos micro e pequenos empresários terão que pedir empréstimos para manter os negócios funcionando sem gerar demissões. O levantamento foi feito de forma online e ouviu 6.080 microempreendedores individuais, micro Empresas e Empresas de pequeno porte entre os dias 3 e 7 de abril.
Apesar de empresários procurarem por empréstimos, a pesquisa também mostra que 29% deles desconhecem as linhas de crédito que estão sendo disponibilizadas para evitar demissões e 57% apenas ouviram falar a respeito, mostra a pesquisa.
Ainda de acordo com a pesquisa do Sebrae, 10,1 milhões de Empresas pararam de funcionar durante a pandemia, sendo 2,1 milhões por decisão da empresa, enquanto a paralisação de 8 milhões de companhias foi determinada pelo governo. Empresas podem ficar em média 23 dias fechadas e ainda assim ter capital para pagar as contas.
Créditos: Jornal Contábil
A pesquisa também mostra que 30% dos empresários tiveram que buscar empréstimos para manter seus negócios, mas o resultado não tem sido positivo: 29,5% destes empreendedores ainda aguarda uma resposta das instituições financeiras e 59,2% simplesmente tiveram seus pedidos negados.
Mais da metade (55%) dos micro e pequenos empresários terão que pedir empréstimos para manter os negócios funcionando sem gerar demissões. O levantamento foi feito de forma online e ouviu 6.080 microempreendedores individuais, micro Empresas e Empresas de pequeno porte entre os dias 3 e 7 de abril.
Apesar de empresários procurarem por empréstimos, a pesquisa também mostra que 29% deles desconhecem as linhas de crédito que estão sendo disponibilizadas para evitar demissões e 57% apenas ouviram falar a respeito, mostra a pesquisa.
Ainda de acordo com a pesquisa do Sebrae, 10,1 milhões de Empresas pararam de funcionar durante a pandemia, sendo 2,1 milhões por decisão da empresa, enquanto a paralisação de 8 milhões de companhias foi determinada pelo governo. Empresas podem ficar em média 23 dias fechadas e ainda assim ter capital para pagar as contas.
Créditos: Jornal Contábil
quarta-feira, 8 de abril de 2020
Governo acaba com PIS/Pasep
Uma Medida Provisória (MP), de nº 946, publicada ontem (7) pelo governo, libera um saque extraordinário de até R$ 1.045 de contas ativas e inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) entre 15 de junho e 31 de dezembro.
Os saques do FGTS deverão ser efetuados conforme cronograma e critérios que serão estabelecidos pela Caixa. Se o trabalhador não se manifestar negativamente até 30 de agosto, o crédito será automático, depositado na conta poupança de sua titularidade. Caso ele opte por ter seu dinheiro depositado em outra instituição financeira, a MP proíbe o banco de cobrar tarifa pela operação.
A MP também acaba com o Fundo do PIS/PASEP, mas mantém o abono salarial do PIS/PASEP, que é pago todos os anos aos trabalhadores que têm carteira assinada e recebem, em média, até dois salários mínimos e meio. Confira aqui a íntegra da MP. Ambas as medidas, segundo o governo, têm como objetivo ajudar os trabalhadores durante o enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19).
Segundo a MP, com o fim do Fundo PIS-Pasep, o patrimônio passará a ser administrado pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O governo vai remanejar para o FGTS R$ 21,5 bilhões em recursos do Fundo PIS/Pasep, dinheiro que não foi sacado pelos trabalhadores e trabalhadoras que têm contas inativas até 1988, e o restante dos valores do saque imediato do FGTS autorizado no ano passado que também não foram buscados pelos trabalhadores, no valor de R$ 14 bilhões.
Os saques do FGTS deverão ser efetuados conforme cronograma e critérios que serão estabelecidos pela Caixa. Se o trabalhador não se manifestar negativamente até 30 de agosto, o crédito será automático, depositado na conta poupança de sua titularidade. Caso ele opte por ter seu dinheiro depositado em outra instituição financeira, a MP proíbe o banco de cobrar tarifa pela operação.
A MP também acaba com o Fundo do PIS/PASEP, mas mantém o abono salarial do PIS/PASEP, que é pago todos os anos aos trabalhadores que têm carteira assinada e recebem, em média, até dois salários mínimos e meio. Confira aqui a íntegra da MP. Ambas as medidas, segundo o governo, têm como objetivo ajudar os trabalhadores durante o enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19).
Segundo a MP, com o fim do Fundo PIS-Pasep, o patrimônio passará a ser administrado pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O governo vai remanejar para o FGTS R$ 21,5 bilhões em recursos do Fundo PIS/Pasep, dinheiro que não foi sacado pelos trabalhadores e trabalhadoras que têm contas inativas até 1988, e o restante dos valores do saque imediato do FGTS autorizado no ano passado que também não foram buscados pelos trabalhadores, no valor de R$ 14 bilhões.
O Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) foram criados em 1970, durante o período da Ditadura Militar, durante o governo de Emílio Garrastazu Médici em 7 de setembro de 1970.O PIS é destinado a trabalhadores funcionários de empresas privadas regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ou seja, os que têm carteira assinada.
Já o PASEP é destinado aos servidores públicos, regidos pelo Regime jurídico estatutário, e aos empregados públicos.Continua valendo o prazo final para saques do calendário PIS/Pasep 2019-2020 termina no dia 29 de maio. Já o calendário do PIS/Pasep 2020-2021 começa em junho. As cotas do fundo PIS/Pasep são pagas a trabalhadores formais e servidores que estavam em atividade entre 1971 e 4 de outubro de 1988. Imagem: SCD. Créditos: Sindicato dos Bancários
terça-feira, 7 de abril de 2020
Brasil terá pico de coronavírus em abril e maio, alerta ministro da Saúde
De acordo com relatório técnico assinado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, "vários modelos matemáticos mostraram que o vírus estará circulando até meados de setembro, com um pico importante de casos em abril e maio"
Um relatório técnico assinado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirma que o Brasil terá pico de casos da Covid-19 em abril e maio de 2020, e que o vírus causador da doença deve circular no país até meados de setembro deste ano. O número de casos no território nacional é de 12.240 infectados, com 567 mortes. A informação é do portal G1.
O texto publicado nesta terça-feira (7), na “Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical”, retrata como o Brasil enfrenta a pandemia, e traz a corologia das ações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Embora o Brasil esteja tentando implementar medidas para reduzir o número de casos, principalmente focados no isolamento social, um aumento nos casos de Covid-19 é esperado nos próximos meses. Vários modelos matemáticos mostraram que o vírus estará circulando até meados de setembro, com um pico importante de casos em abril e maio", diz o texto do relatório.
O documento acrescenta que "assim, existem preocupações quanto à disponibilidade de unidades de terapia intensiva (UTI) e ventiladores mecânicos necessários para pacientes hospitalizados com Covid-19, bem como a disponibilidade de testes de diagnóstico específicos". Imagem: G1.
Crédito: Brasil 247
Um relatório técnico assinado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirma que o Brasil terá pico de casos da Covid-19 em abril e maio de 2020, e que o vírus causador da doença deve circular no país até meados de setembro deste ano. O número de casos no território nacional é de 12.240 infectados, com 567 mortes. A informação é do portal G1.
O texto publicado nesta terça-feira (7), na “Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical”, retrata como o Brasil enfrenta a pandemia, e traz a corologia das ações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Embora o Brasil esteja tentando implementar medidas para reduzir o número de casos, principalmente focados no isolamento social, um aumento nos casos de Covid-19 é esperado nos próximos meses. Vários modelos matemáticos mostraram que o vírus estará circulando até meados de setembro, com um pico importante de casos em abril e maio", diz o texto do relatório.
O documento acrescenta que "assim, existem preocupações quanto à disponibilidade de unidades de terapia intensiva (UTI) e ventiladores mecânicos necessários para pacientes hospitalizados com Covid-19, bem como a disponibilidade de testes de diagnóstico específicos". Imagem: G1.
Crédito: Brasil 247
segunda-feira, 6 de abril de 2020
Com isolamento social famílias das favelas podem ficar sem comida
Uma pesquisa realizada pelo Data Favela e pelo Instituto Locomotiva, no final do mês de março, apontou que as favelas brasileiras têm 5,2 milhões de mães, e que 92% dessas mães dizem que terão dificuldades para comprar comida após um mês de isolamentos social sem renda.
Para 73% delas, que não possuem nenhum tipo de reserva financeira, como uma poupança, um dia sem trabalhar já é suficiente para não conseguir manter os gastos normais. E 76% relataram que os gastos em casa já aumentaram com os filhos sem ir para a escola.
O levantamento foi realizado entre os dias 26 e 27 de março de 2020. A equipe entrevistou 624 mulheres maiores de 16 anos, com filhos, moradoras de 260 favelas em todos os estados do Brasil. A margem de erro da pesquisa é de 2,9 pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa foi realizada pelos moradores das comunidades, que são treinados e supervisionados pela equipe do Instituto. A divulgação da pesquisa faz parte das ações de divulgação da campanha ‘Mães da Favela’, que tem como objetivo arrecadar recursos que serão distribuídos para mães das favelas do país. As beneficiadas receberão, por dois meses, um auxílio no valor de R$ 120, chamado de “vale-mãe”.
O dinheiro do benefício será arrecadado pela Central Única das Favelas (CUFA), através da campanha, e recebido pelo celular a partir de uma parceria com a empresa de pagamentos e transferências PicPay, por meio de cadastro do CPF pelo telefone. A campanha já ganhou apoio de artistas como Iza, Lulu Santos, Zeca Pagodinho, Taís Araújo, Lázaro Ramos, Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank.Para fazer uma doação, acesse: maesdafavela.com.br. Por: Júlia Pereira Fonte: BBC News Brasil.
Créditos:Observatório do Terceiro Setor
quinta-feira, 2 de abril de 2020
Medida provisória de Bolsonaro autoriza cortes no salário de até 100% e suspensão de contratos
Nesta quinta-feira o governo Bolsonaro divulgou MP que autoriza as empresas e patrões à cortar salários e reduzir jornadas em qualquer percentual, podendo chegar aos 100%. A medida tem diferenças de quanto cada empresa pode descontar, e quanto cada trabalhador pode receber de auxílios do governo, proporcionalmente aos cortes, além de definir quem terá e quem não terá direito a representação sindical e acordos coletivos para definição dos cortes.
Além disso, depois do recuo dado na semana passada, a medida também vai autorizar suspensão de contratos por período de dois meses. Além disso, as suspensões poderão ser todas negociadas diretamente entre funcionário e patrão, sem participação dos sindicatos.
Segundo a MP, as empresas com faturamento menor do que R$ 4,8 milhões, estarão isentas de pagar qualquer percentual aos seus funcionários em casos de suspensão dos contratos. Neste caso, o governo pagaria 100% do valor equivalente ao seguro desemprego. No caso das empresas com faturamento maior que R$ 4,8 milhões, teriam que pagar ao menos 30% do valor dos salários, e o governo arcaria com um valor equivalente a 70% do seguro desemprego de cada trabalhador.
Já quanto a redução de jornadas e salários, a MP estabelece regras diferentes de acordo com salários recebidos. A medida cria distinção entre três faixas de renda. 1) até 3 salários mínimos (R$ 3,135), 2) de três salários mínimos a dois tetos do INSS (R$ 12.202,12), 3) e acima dos dois tetos do INSS.
As diferenças são cruéis exatamente para a faixa que atinge a maioria dos trabalhadores, que estão em até 3 salários mínimos de renda. Nestes casos, a redução poderá ser feita em acordo individual, direntamente entre patrão e funcionário, sem participação do sindicato. Algo que só pode acontecer fruto das modificações e ataques às leis trabalhistas aprovadas na Reforma Trabalhista, em 2017, que autorizou o direito aos patrões passarem por cima de acordos coletivos, e da representação sindical. Nestes casos, o governo pagará uma parcela equivalente a do corte, no valor do seguro desemprego.
Aos trabalhadores que ganham até dois tetos do INSS, os patrões podem reduzir até 25% das jornadas e salários sem serem obrigados a fazer acordo coletivo. Valores maiores que estes deverão ser feitos com participação dos sindicatos. Já os trabalhadores com salários maiores que os dois tetos do INSS, terão também negociações feitas via acordo individual, neste caso, para qualquer percentual de cortes.
Segundo as contas do Governo Bolsonaro, a medida deve atingir cerca de 24,5 milhões de trabalhadores com esse duro ataque. Por mais que Bolsonaro e Guedes tentem demagogicamente dizer que essa medida serve para salvar empregos, fica evidente e claro que é mais uma medida do governo direcionada a salvar os empresários e capitalistas, enquanto não garante as mínimas condições, nem sanitárias, nem econômicas para que a classe trabalhadora possa sobreviver à pandemia do coronavírus.
Despejam trilhões para os bancos e empresas, enquanto aprovam ataques como este, e deixam os hospitais sofrendo com a falta de leitos de UTI, e assistem um cenário de subnotificação dos casos, por faltas de testes, prometidos tanto por Bolsonaro e Mandetta, quanto por diversos governadores, mas que até agora não foram vistos, enquanto familiares veem seus parentes morrer, sem terem resultados ou sequer qualquer tipo de testagem. (Editado).
Créditos: Esquerda Diário
Além disso, depois do recuo dado na semana passada, a medida também vai autorizar suspensão de contratos por período de dois meses. Além disso, as suspensões poderão ser todas negociadas diretamente entre funcionário e patrão, sem participação dos sindicatos.
Segundo a MP, as empresas com faturamento menor do que R$ 4,8 milhões, estarão isentas de pagar qualquer percentual aos seus funcionários em casos de suspensão dos contratos. Neste caso, o governo pagaria 100% do valor equivalente ao seguro desemprego. No caso das empresas com faturamento maior que R$ 4,8 milhões, teriam que pagar ao menos 30% do valor dos salários, e o governo arcaria com um valor equivalente a 70% do seguro desemprego de cada trabalhador.
Já quanto a redução de jornadas e salários, a MP estabelece regras diferentes de acordo com salários recebidos. A medida cria distinção entre três faixas de renda. 1) até 3 salários mínimos (R$ 3,135), 2) de três salários mínimos a dois tetos do INSS (R$ 12.202,12), 3) e acima dos dois tetos do INSS.
As diferenças são cruéis exatamente para a faixa que atinge a maioria dos trabalhadores, que estão em até 3 salários mínimos de renda. Nestes casos, a redução poderá ser feita em acordo individual, direntamente entre patrão e funcionário, sem participação do sindicato. Algo que só pode acontecer fruto das modificações e ataques às leis trabalhistas aprovadas na Reforma Trabalhista, em 2017, que autorizou o direito aos patrões passarem por cima de acordos coletivos, e da representação sindical. Nestes casos, o governo pagará uma parcela equivalente a do corte, no valor do seguro desemprego.
Aos trabalhadores que ganham até dois tetos do INSS, os patrões podem reduzir até 25% das jornadas e salários sem serem obrigados a fazer acordo coletivo. Valores maiores que estes deverão ser feitos com participação dos sindicatos. Já os trabalhadores com salários maiores que os dois tetos do INSS, terão também negociações feitas via acordo individual, neste caso, para qualquer percentual de cortes.
Segundo as contas do Governo Bolsonaro, a medida deve atingir cerca de 24,5 milhões de trabalhadores com esse duro ataque. Por mais que Bolsonaro e Guedes tentem demagogicamente dizer que essa medida serve para salvar empregos, fica evidente e claro que é mais uma medida do governo direcionada a salvar os empresários e capitalistas, enquanto não garante as mínimas condições, nem sanitárias, nem econômicas para que a classe trabalhadora possa sobreviver à pandemia do coronavírus.
Despejam trilhões para os bancos e empresas, enquanto aprovam ataques como este, e deixam os hospitais sofrendo com a falta de leitos de UTI, e assistem um cenário de subnotificação dos casos, por faltas de testes, prometidos tanto por Bolsonaro e Mandetta, quanto por diversos governadores, mas que até agora não foram vistos, enquanto familiares veem seus parentes morrer, sem terem resultados ou sequer qualquer tipo de testagem. (Editado).
Créditos: Esquerda Diário
Coronavírus: centenas estão morrendo sem receberem diagnóstico
A pandemia do coronavírus vai se alastrando, aumentando o número de mortos e infectados por todo o país, governos estaduais e federal tentam criar “soluções” e falam em testes em uma escala de milhões.
A população continua sem testes, não há um plano racional para os isolamentos e quarentenas, não fazem testes massivos a partir dos contatos que infectados tiveram, tentando reconstruir uma suposta rota de contaminação e assim isolar os possíveis infectados para que não contaminem mais pessoas.
Os governos estaduais o o governo federal não garantem testes massivos e aplicados dessa maneira, não bastasse isso as subnotificações vem primando na forma de relatar as mortes com suspeita de covid-19. Em entrevista ao El País, Joyce sobrinha de Olga, idosa de 77 anos que morreu com suspeita do novo coronavírus denunciou a forma como o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) de São Paulo notificou a morte de sua tia. De acordo com um resolução da prefeitura de São que segue uma indicação da OMS de não realizar autópsia em mortes com suspeita de covid, pois o vírus pode ser transmitido 72 horas depois da morte e, portanto, órgãos responsáveis pelas notificações de óbitos fazem um questionário aos familiares para concluir se a morte foi por conta do coronavírus ou não.
Segundo Joyce, sua tia que há semanas tinha sintomas de covid como coriza, tosse e falta de ar,havia ido ao hospital mas mandaram ela de volta pra casa sem fazer nenhum teste, a partir desse questionário do SVO a morte foi relatada por conta de “broncopneumonia, doença de refluxo gástrico, osteoporose e depressão”, todas as doenças que Olga tinha e que foi relatada nesse questionário. Ou seja, não fizeram nem testes quando Olga foi ao hospital com sintomas de covid e nem quando veio a óbito, sua sobrinha que exigiu o teste denunciou esse protocolo absurdo: “Precisávamos saber se ela morreu pela covid-19, até porque nós tivemos contato com ela. Ninguém perguntou se abriríamos mão da autópsia.”
Certamente o caso de Olga não é um caso isolado, por conta da falta de testes massivos o governos notificam de maneira distorcida o número real de mortes e infectado, algo que na verdade é usado de maneira demagógica, para afirmar que estão conseguindo “controlar” as mortes e a infecção generalizada que toma conta de várias cidades pelo Brasil. Imagem: Secom. (Editado). Com informações de El País.
Créditos: Esquerda Diário
A população continua sem testes, não há um plano racional para os isolamentos e quarentenas, não fazem testes massivos a partir dos contatos que infectados tiveram, tentando reconstruir uma suposta rota de contaminação e assim isolar os possíveis infectados para que não contaminem mais pessoas.
Os governos estaduais o o governo federal não garantem testes massivos e aplicados dessa maneira, não bastasse isso as subnotificações vem primando na forma de relatar as mortes com suspeita de covid-19. Em entrevista ao El País, Joyce sobrinha de Olga, idosa de 77 anos que morreu com suspeita do novo coronavírus denunciou a forma como o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) de São Paulo notificou a morte de sua tia. De acordo com um resolução da prefeitura de São que segue uma indicação da OMS de não realizar autópsia em mortes com suspeita de covid, pois o vírus pode ser transmitido 72 horas depois da morte e, portanto, órgãos responsáveis pelas notificações de óbitos fazem um questionário aos familiares para concluir se a morte foi por conta do coronavírus ou não.
Segundo Joyce, sua tia que há semanas tinha sintomas de covid como coriza, tosse e falta de ar,havia ido ao hospital mas mandaram ela de volta pra casa sem fazer nenhum teste, a partir desse questionário do SVO a morte foi relatada por conta de “broncopneumonia, doença de refluxo gástrico, osteoporose e depressão”, todas as doenças que Olga tinha e que foi relatada nesse questionário. Ou seja, não fizeram nem testes quando Olga foi ao hospital com sintomas de covid e nem quando veio a óbito, sua sobrinha que exigiu o teste denunciou esse protocolo absurdo: “Precisávamos saber se ela morreu pela covid-19, até porque nós tivemos contato com ela. Ninguém perguntou se abriríamos mão da autópsia.”
Certamente o caso de Olga não é um caso isolado, por conta da falta de testes massivos o governos notificam de maneira distorcida o número real de mortes e infectado, algo que na verdade é usado de maneira demagógica, para afirmar que estão conseguindo “controlar” as mortes e a infecção generalizada que toma conta de várias cidades pelo Brasil. Imagem: Secom. (Editado). Com informações de El País.
Créditos: Esquerda Diário
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