quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Prevent Senior obrigou médicos a receitar ‘kit covid, diz advogada de médicos

 

 RBA-A Prevent Senior é investigada por fraudar prontuários de pacientes que morreram de covid-19 e receberam o chamado “kit covid”, com medicamentos sem eficácia. De acordo com a denúncia, pacientes foram cobaias de um estudo sem autorização para testar a eficiência dos medicamentos.

Em seu depoimento na CPI, a advogada Bruna Morato também contou que foi procurada por pacientes, ainda neste ano, e os inúmeros relatos confirmaram as versões passadas pelos médicos. Na semana passada, o diretor da Prevent Senior, Pedro Batista Júnior, disse que havia consentimento dos pacientes e que a autonomia média era respeitada. A advogada, entretanto, desmente.

“Os pacientes davam o ok sobre o tratamento, mas não sabiam que seriam cobaias. Eles só sabiam que receberiam algum medicamento, mas o hospital não detalhava os riscos. Quando os pacientes retiravam os medicamentos ainda no hospital, eles assinavam um documento sem saber que era um termo de consentimento, pois era um termo era genérico”, afirmou a advogada.

De acordo com Bruna, a orientação na Prevent Senior para a prescrição do “kit covid” vinha da direção executiva. “É um protocolo institucional e os médicos não têm autonomia”, explicou. Ela acrescentou ainda que um dos diretores da Prevent, Felipe Calvaca, disse aos médicos que não era para informar os pacientes sobre o tratamento realizado. “A Prevent Senior tem hospitais próprios e por isso dava as orientações. É algo verticalizado.”

Ainda durante as perguntas do relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), Bruna negou que os médicos da Prevent Senior tenham alterado uma tabela com número de mortes por Covid-19, em estudo realizado em hospital da rede – acusação feita pelo diretor Pedro Batista, na semana passada.

“Ele prestou uma informação equivocada sobre os nomes divulgados. Eu disponibilizei a tabela com o nome dos participantes e verifiquei os nove óbitos. Os nove mortos continuam falecidos. A CPI precisa investigar isso porque são pessoas que constam do Cadastro Nacional de Óbitos, mas ele disse que a paciente ainda está viva. Isso é uma situação atípica”, respondeu a advogada.

A representante dos médicos respondeu também sobre o caso específico do médico Anthony Wong, defensor do tratamento precoce, que morreu de covid-19, em janeiro, no hospital da Prevent Senior. Ela disse que teve acesso ao prontuário enviado pela própria operadora de saúde ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).

Bruna conta que, no prontuário, consta que Wong fez uso de hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina e colchicina. “Ele ficou internado numa unidade para pacientes cardiológicos, mas com covid-19. Ou seja, ele estava com pacientes com outras comorbidades. Ele passou por tratamentos com medicamentos do kit covid”, afirmou. Por Felipe Mascari/RBA. Créditos: Rede Brasil Atual

sábado, 25 de setembro de 2021

Infração é a maior em 27 anos

 O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), “prévia” da inflação oficial, atingiu 1,14% em setembro, maior taxa para o mês desde 1994. Agora, o IPCA-15 soma 7,02% no ano e 10,05% em 12 meses. Com esses números a inflação é a mais alta desde o lançamento do do Plano Real, à 27 anos atrás. 

O IBGE, que divulgou os dados na sexta-feira (24), apurou alta em oito dos nove grupos pesquisados. Destaque, mais uma vez, para os preços dos combustíveis. Apenas a gasolina subiu 2,85% neste mês e acumula 39,05% em um ano. O custo com energia elétrica também subiu em setembro (3,61%). E deve continuar subindo, com a crise hídrica. Preocupado, o presidente da República sugeriu que todos tomem banho frio e usem escadas em vez de elevador.

 O preço da alimentação e bebidas subiu 1,27% em setembro, com influência, principalmente, dos gastos no domicílio, que subiram 1,51%. O preço das carnes, por exemplo, teve alta de 1,10% – e representou impacto de 0,03 ponto no resultado geral. O IBGE apurou aumento de batata inglesa (10,41%), café moído  (7,80%), frango em pedaços (4,70%), frutas (2,81%) e leite longa vida (2,01%), entre outros itens. Caíram os preços de arroz (-1,03%) e cebola (-7,51%).

Comer fora também ficou mais caro. A alimentação fora do domicílio teve alta de 0,69, quase o dobro de agosto (0,35%). O preço da refeição disparou, de 0,10% para 1,31%. Já o lanche subiu menos (de 0,75% para 0,46%).

Com alta de 2,22% neste mês, o grupo Transportes teve influência dos combustíveis, que subiram 3%, ainda mais do que em agosto (2,02%). A gasolina (2,85%) representou impacto de 0,17 ponto percentual no índice total. Também aumentaram os preços do etanol (4,55%), gás veicular (2,04%) e óleo diesel (1,63%). Os veículos próprios subiram 1,19%.

Segundo o IBGE, automóveis novos (1,70%), usados (1,34%) e motocicletas (1,04%) permaneceram em alta e responderam por 0,08 ponto. Produtos relacionados a esses itens também subiram, casos do seguro de veículo (3,08%), óleo lubrificante (2,37%), pneu (1,88%) e conserto de automóveis (0,81%).

Ainda nesse grupo, as passagens aéreas, que haviam caído 10,90% em agosto, subiram 28,76%. A tarifa de ônibus intermunicipal teve elevação de 0,40%, com reajustes aplicados em Salvador e Fortaleza. Mais altas: aluguel de veículo: 4,63% e transporte por aplicativo (4%).

Em Habitação, além da energia (que respondeu por 0,17 ponto percentual), houve redução na taxa da água e agosto (-0,08%), “consequência da mudança na metodologia de cobrança das tarifas em Belo Horizonte”. Mas houve reajustes em Recife e Porto Alegre. Já o gás encanado subiu 2,20%, com aumentos no Rio de Janeiro e em Curitiba.

Entre as áreas pesquisadas, o IPCA-15 variou de 0,58% (região metropolitana de Fortaleza) a 1,58% (Grande Curitiba). Em 12 meses, a taxa média vai de 8,75% (Rio de Janeiro) a 12,61% (Curitiba). Também aparece com dois dígitos em Fortaleza (11,49%), Porto Alegre (11,37%), Belém (10,90%), Goiânia (10,48%), Recife (10,37%) e Belo Horizonte (10,06%). Na região metropolitana de São Paulo, soma 2,86% no mês e 9,39%.

Os resultados da inflação medida pelo IPCA e INPC deste mês serão conhecidos em 8 de outubro. Na próxima quinta-feira (30), o IBGE divulga novos resultados sobre a situação do desemprego no país, que tem batido recordes no atual governo. Por Vitor Nuzzi/RBA. Créditos: Rede Brasil Atual

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Brasil registrou 12,9 mil suicídios em 2020

 De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é líder mundial em casos de ansiedade e está em 2º lugar no ranking de casos de depressão – uma doença que tem forte ligação com muitos casos de suicídio.

A média anual é de 12 mil mortes no Brasil em decorrência do suicídio.  No mundo são 800 mil pessoas se suicidam por ano. E 79% dos suicídios ocorrem em países de baixa e média renda, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS). 

Com o início da pandemia de Covid-19, muitas pessoas tiveram que lidar com o isolamento e com a solidão, o que levou especialistas a temerem um aumento dos transtornos mentais. No entanto, no primeiro ano de pandemia não foram registrados aumentos nem nos casos de transtornos mentais nem nos suicídios. 

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2021, divulgado em julho pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou 12.895 suicídios em 2020, uma média de 35 casos por dia. A variação foi de 0,4% em relação a 2019, quando foram registrados 12.745 casos. 

Os estados que apresentaram maior número, repetindo o ano anterior, foram São Paulo, Minas Gerais e Porto Alegre. 

Apesar de os números terem permanecido estáveis, eles são altos e merecem atenção.

Durante a quarentena, houve um aumento na procura por tratamentos psicológicos em todo o país. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Google Trends, já no início da pandemia entre 29 de março e 4 de abril de 2020, a busca por atendimento psicológico no Google chegou a 88%.

A busca por serviços on-line também cresceu, chegando a 41%, enquanto na semana de maior popularidade do assunto, em 2019, a procura era de apenas 11%. Outra pesquisa, divulgada no Valor Econômico, apontou que 53% dos brasileiros relataram uma piora na sanidade mental durante a pandemia. Por Isabela Alves. Créditos: Observatório do Terceiro Setor

sábado, 18 de setembro de 2021

34% dos trabalhadores brasileiros ganham menos que um salário mínimo

30,2 milhões de trabalhadores são remunerados com até um salário mínimo (R$ 1,1 mil) por mês, o que equivale a 34,4% do total ocupado o país, percentual que também é o mais alto já apurado desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), em 2012.

Os dados, sistematizados em um estudo elaborado pela consultoria IDados, com base nas estatísticas do segundo trimestre deste ano e divulgados pelo portal G1, refletem também a desigualdade brasileira, já que as remunerações mais baixas afetam em especial alguns segmentos sociais. O levantamento mostra que 43,1% dos negros ocupados recebem até um salário mínimo. No melhor momento da série, no quarto trimestre de 2015, este percentual era de 34,4%.

O cenário é ainda pior para o trabalhador quando são considerados os efeitos da inflação no salário mínimo. De acordo com o Dieese, o custo da cesta básica subiu em 13 das 17 capitais pesquisadas em agosto. No período de 12 meses, a cesta subiu em todas, com aumentos que variaram entre 11,90%, em Recife, e 34,13%, em Brasília.

Ainda de acordo com a entidade, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em agosto, 55,93% do salário mínimo líquido, já descontada a contribuição previdenciária, para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta.

O piso nacional não tem reajuste acima da inflação há seis anos e a proposta do governo Bolsonaro para o salário mínimo nos próximos três anos acaba de vez com a política de valorização.

Em 2004, as centrais sindicais lançaram uma campanha de valorização, que teve como resultado a elevação do piso nacional acima da inflação em três anos seguidos, até a implementação, no segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da política permanente. Ela levava em conta critérios como o repasse da inflação do período, o aumento real pela variação do Produto Interno Bruto (PIB), além da antecipação da data base de sua correção até ser fixada em janeiro, como é hoje.

Com a política de valorização, houve aumento de poder de compra no período. Para efeito de comparação, em 1995 o salário mínimo comprava 1,2 cesta básica, já em 2016, o trabalhador podia adquirir 2,4 cestas. Créditos: Rede Brasil Atual

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Brasil volta a registrar aumento de mortes diárias por covid


Depois de período de queda significativa no número de mortes por Covid-19, o Brasil vive um novo momento de elevação das mortes diárias de covid-19. Ontem (15), o país registrou 800 vítimas em 24 horas, segundo o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Com o acréscimo, já são 588.597 mortos, sem contar com subnotificação apontada por cientistas e admitida até pelo governo federal. No mesmo período, foram notificadas 14.780 novos casos, totalizando 21.034.610 infectados pelo coronavírus desde o início da pandemia, em março de 2020.

A média diária de mortes passou de 454, no dia 10 de setembro, para os atuais 597 óbitos a cada um dos últimos sete dias – um salto de 31,5%. Esta tendência não se repete na média diária de novos casos, que apresentou queda no período, e estabilidade nos últimos dois dias, com 15.229 infectados também a cada um dos últimos sete dias. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirma que a tendência nacional atualmente percebida é de estabilidade e queda nos casos.

Por outro lado, a transmissão segue em níveis “extremamente elevados”, especialmente entre os mais jovens. Foram precoce a liberação das medidas de isolamento social, que vigoraram pouco e de forma ineficaz no país, o que reflete para o ainda alto patamar de contágio. Já a estabilização em valores relativamente mais altos na população mais jovem é reflexo da manutenção de transmissão elevada na população em geral. 

Além de apresentar resultados evidentes para a redução das mortes, as vacinas deverão em breve impactar significativamente também na transmissão comunitária do novo coronavírus. É o que aponta estudo publicado na revista científica The Lancet. Os dados positivos são essenciais para a epidemiologia, já que é necessário reduzir a transmissão para evitar o surgimento de novas cepas virais. Essas mutações mais agressivas surgem em regiões de contágio descontrolado. Foto: Conass. Créditos: Rede Brasil Atual

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Uma em cada cinco meninas já sofreu violência sexual no Brasil

A pesquisa revelou que os jovens em idade escolar que sofreram violência sexual foram tocados, manipulados, beijados ou tiveram o corpo exposto contra a vontade. Destes, 6,3% afirmaram ainda que foram forçados a manter relações sexuais ao menos uma vez na vida, sendo 3,6% dos meninos e 8,8% das meninas.

Um em cada cinco meninas (20,1%) entre 13 e 17 anos já sofreu violência sexual, segundo dados divulgados na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), realizada em 2019 com estudantes entre o 7º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. Entre os meninos, a porcentagem dos que relataram ter sido vítimas desse tipo de abuso cai para 9%.

Também foram realizados levantamentos sobre o uso de álcool e outras drogas, além de questões sobre sexualidade e outros tipos de violências físicas ou psicológicas. Foram ouvidos 11,8 milhões de estudantes, sendo 10,8 milhões alunos de escolas públicas e 1,7 milhão, de instituições privadas.

Além de concluir o número elevado de casos de abusos, especialmente entre meninas, o estudo identificou que as ocorrências são mais prevalentes entre estudantes de escolas privadas. Entre os estudantes no ensino particular, 16,3% relataram o abuso, frente a 14,4% em escolas do ensino público. “Entre os escolares que sofreram abuso sexual, 29,1% apontaram o namorado ou namorada como agressor. Outros 24,8% apontaram um amigo ou amiga e 20,7%, um desconhecido. Em seguida vêm: outros familiares que não o pai ou mãe (16,4%), outras pessoas fora do círculo familiar (14,8%) e pai, mãe ou responsável (6,3%)”, informa o IBGE.

Os dados da pesquisa mostram que mais de um terço (35,4%) dos estudantes entre 13 e 17 anos já tiveram relações sexuais. Foi observado uma queda de 2,1% em comparação com estudo similar realizado em 2015. A taxa foi consideravelmente mais alta entre estudantes do ensino público (37,5%), ante 23,1% no ensino privado. Entre adolescentes mais velhos, entre 16 e 17 anos, o número é maior (55,8%).

Entre os jovens que disseram que já tiveram relações sexuais, apenas 63,3% usaram camisinha na primeira vez. Depois da camisinha, o método contraceptivo mais adotado é a pílula anticoncepcional feminina, com 52,6% de adesão entre as meninas com vida sexual ativa. Outro dado preocupante aponta que 45,5% das meninas utilizaram a chamada pílula do dia seguinte ao menos uma vez na vida. Além de possíveis problemas hormonais, os métodos, à exceção da camisinha, não previnem contra doenças sexualmente transmissíveis.

Além da violência sexual, entre outros tipos de abuso relatados se destaca o bullying e ofensas em redes sociais. O percentual de estudantes que relataram episódios de humilhação por colegas duas ou mais vezes no mês anterior à pesquisa foi de 23%. Os motivos principais foram: aparência do corpo (16,5%), aparência do rosto (11,6%) e cor da pele (4,6%). Já entre os agressores, 12% assumiram o papel. Também neste ponto é maior a prevalência de agressões psicológicas em escolas privadas.

O cenário sofre alteração nos casos de violência sexual ou psicólogica em ambientes virtuais. “Foi perguntado aos escolares se eles se sentiram ameaçados, ofendidos ou humilhados nas redes sociais ou aplicativos de celular nos 30 dias anteriores à pesquisa e 13,2% responderam positivamente. A proporção foi maior para as meninas (16,2%) do que para os meninos (10,2%). Os alunos de escolas públicas (13,5%) tinham percentuais pouco mais elevados do que os de escolas privadas (11,8%)”.

Dentro do universo de imposição de padrões estéticos, visto como motivador para casos de bullying e assédio moral, apenas a metade dos estudantes consideram seu corpo “normal” (49,8%). Disseram se achar muito magros 28,9% e muito gordos, 28,9%. A autoimagem de sobrepeso é maior entre as meninas, com 25,2%, ante os meninos, com 15,9%. Na tentativa de se “enquadrar nos padrões”, 6,1% dos estudantes afirmaram que já induziram vômito para emagrecer e 5,4% deles consumiram laxantes com o mesmo objetivo.

Diante de todo o contexto de violências e humilhações, o IBGE identificou um dado classificado como “alarmante” pelo instituto. Entre os estudantes, 21,4% afirmam que “a vida não vale apena”, sendo 29,6% das meninas e 13% dos meninos. “O estudo buscou captar como os adolescentes se sentiam nos 30 dias anteriores à pesquisa. Mais da metade (50,6%) sentiam muita preocupação com as coisas comuns do dia a dia, na maioria das vezes ou sempre. As meninas (59,8%) se preocupavam mais que os meninos (41,1%) e os alunos da rede privada (63%) mais que os da rede pública (48,5%)”.

Outro indicador que acende um alerta para a saúde mental dos jovens é o aumento de casos de depressão e ansiedade. Mais de 5% dos alunos já praticou autoagressão ou automutilação, sendo que 60% das vezes os episódios são ligados a quadros depressivos, de ansiedade ou de problemas de relacionamento em casa e na escola. Do total de estudantes, 21% afirmaram que foram agredidos fisicamente pelo pai, mãe ou responsável no último ano, com maior prevalência novamente entre matriculados no ensino privado (23,6%). Créditos: Rede Brasil Atual. Foto: Google. 

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Cesta básica já consome 65% do salário mínimo

Nos 12 meses o preço da cesta subiu mais de 10% em todas as capitais pesquisadas, de acordo com estudo realizado pelo Dieese. O estudo apontou, que o preço da cesta básica de alimentos chegou a consumir 65,32% dos ganhos mensais nas famílias com renda de um salário mínimo. 

O percentual foi registrado em Porto Alegre, onde a cesta é a mais cara do país, a R$ 664,67. Em Aracaju (SE), que tem a cesta mais barata entre os locais pesquisados (R$ 456,40), o conjunto de alimentos representa um gasto de 44,86% do salário mínimo.

Nos 12 meses até agosto, o preço da cesta subiu mais de 10% em todas as capitais pesquisadas, de acordo com o estudo.

A maior alta foi registrada em Brasília (DF). O valor dos 17 itens que compõem a cesta subiu 34,13% em um ano.

Em outras sete capitais, o aumento acumulado passou dos 20%: Campo Grande (25,78%), Porto Alegre (24,84%), Florianópolis (24,24%), Vitória (21,50%), Natal (21,11%), São Paulo (20,47%) e Belém (20,07%). Créditos: Brasil 247