Depois de período de queda significativa no número de mortes por Covid-19, o Brasil vive um novo momento de elevação das mortes diárias de covid-19. Ontem (15), o país registrou 800 vítimas em 24 horas, segundo o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Com o acréscimo, já são 588.597 mortos, sem contar com subnotificação apontada por cientistas e admitida até pelo governo federal. No mesmo período, foram notificadas 14.780 novos casos, totalizando 21.034.610 infectados pelo coronavírus desde o início da pandemia, em março de 2020.
A média diária de mortes passou de 454, no dia 10 de setembro, para os atuais 597 óbitos a cada um dos últimos sete dias – um salto de 31,5%. Esta tendência não se repete na média diária de novos casos, que apresentou queda no período, e estabilidade nos últimos dois dias, com 15.229 infectados também a cada um dos últimos sete dias. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirma que a tendência nacional atualmente percebida é de estabilidade e queda nos casos.
Por outro lado, a transmissão segue em níveis “extremamente elevados”, especialmente entre os mais jovens. Foram precoce a liberação das medidas de isolamento social, que vigoraram pouco e de forma ineficaz no país, o que reflete para o ainda alto patamar de contágio. Já a estabilização em valores relativamente mais altos na população mais jovem é reflexo da manutenção de transmissão elevada na população em geral.
Além de apresentar resultados evidentes para a redução das mortes, as vacinas deverão em breve impactar significativamente também na transmissão comunitária do novo coronavírus. É o que aponta estudo publicado na revista científica The Lancet. Os dados positivos são essenciais para a epidemiologia, já que é necessário reduzir a transmissão para evitar o surgimento de novas cepas virais. Essas mutações mais agressivas surgem em regiões de contágio descontrolado. Foto: Conass. Créditos: Rede Brasil Atual
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