O IBGE, que divulgou os dados na sexta-feira (24), apurou alta em oito dos nove grupos pesquisados. Destaque, mais uma vez, para os preços dos combustíveis. Apenas a gasolina subiu 2,85% neste mês e acumula 39,05% em um ano. O custo com energia elétrica também subiu em setembro (3,61%). E deve continuar subindo, com a crise hídrica. Preocupado, o presidente da República sugeriu que todos tomem banho frio e usem escadas em vez de elevador.
O preço da alimentação e bebidas subiu 1,27% em setembro, com influência, principalmente, dos gastos no domicílio, que subiram 1,51%. O preço das carnes, por exemplo, teve alta de 1,10% – e representou impacto de 0,03 ponto no resultado geral. O IBGE apurou aumento de batata inglesa (10,41%), café moído (7,80%), frango em pedaços (4,70%), frutas (2,81%) e leite longa vida (2,01%), entre outros itens. Caíram os preços de arroz (-1,03%) e cebola (-7,51%).
Comer fora também ficou mais caro. A alimentação fora do domicílio teve alta de 0,69, quase o dobro de agosto (0,35%). O preço da refeição disparou, de 0,10% para 1,31%. Já o lanche subiu menos (de 0,75% para 0,46%).
Com alta de 2,22% neste mês, o grupo Transportes teve influência dos combustíveis, que subiram 3%, ainda mais do que em agosto (2,02%). A gasolina (2,85%) representou impacto de 0,17 ponto percentual no índice total. Também aumentaram os preços do etanol (4,55%), gás veicular (2,04%) e óleo diesel (1,63%). Os veículos próprios subiram 1,19%.
Segundo o IBGE, automóveis novos (1,70%), usados (1,34%) e motocicletas (1,04%) permaneceram em alta e responderam por 0,08 ponto. Produtos relacionados a esses itens também subiram, casos do seguro de veículo (3,08%), óleo lubrificante (2,37%), pneu (1,88%) e conserto de automóveis (0,81%).
Ainda nesse grupo, as passagens aéreas, que haviam caído 10,90% em agosto, subiram 28,76%. A tarifa de ônibus intermunicipal teve elevação de 0,40%, com reajustes aplicados em Salvador e Fortaleza. Mais altas: aluguel de veículo: 4,63% e transporte por aplicativo (4%).
Em Habitação, além da energia (que respondeu por 0,17 ponto percentual), houve redução na taxa da água e agosto (-0,08%), “consequência da mudança na metodologia de cobrança das tarifas em Belo Horizonte”. Mas houve reajustes em Recife e Porto Alegre. Já o gás encanado subiu 2,20%, com aumentos no Rio de Janeiro e em Curitiba.
Entre as áreas pesquisadas, o IPCA-15 variou de 0,58% (região metropolitana de Fortaleza) a 1,58% (Grande Curitiba). Em 12 meses, a taxa média vai de 8,75% (Rio de Janeiro) a 12,61% (Curitiba). Também aparece com dois dígitos em Fortaleza (11,49%), Porto Alegre (11,37%), Belém (10,90%), Goiânia (10,48%), Recife (10,37%) e Belo Horizonte (10,06%). Na região metropolitana de São Paulo, soma 2,86% no mês e 9,39%.
Os resultados da inflação medida pelo IPCA e INPC deste mês serão conhecidos em 8 de outubro. Na próxima quinta-feira (30), o IBGE divulga novos resultados sobre a situação do desemprego no país, que tem batido recordes no atual governo. Por Vitor Nuzzi/RBA. Créditos: Rede Brasil Atual
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