sábado, 29 de agosto de 2020

Pesquisadores criam novo método para combater epidemias

Pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) criaram uma nova metodologia para auxiliar no combate a epidemias, que são uma manifestação coletiva de determinada doença que rapidamente se espalha, por contágio direto ou indireto, até atingir um grande número de pessoas em um território e que depois se extingue após um período. 

Esse novo método estabelece níveis de prioridade que podem ajudar os gestores públicos a tomar decisões. Os níveis de prioridade são estes: não prioritário, tendência a não prioritário, prioritário e tendência a prioritário. Esses níveis de prioridade são baseados em especialistas e na literatura científica da área, com ajuda de tecnologias de geoprocessamento, estatística lógica e matemática. 

Os próximos passos da pesquisa são criar um software que implemente essa metodologia e estudar sua adequação a outros tipos de doenças, já que os testes foram referentes aos nascidos vivos com anomalias congênitas do sistema nervoso, no período de 2013 a 2017, no estado da Paraíba, provenientes do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc). 

Esta nova metodologia poderá ser aplicada por gestores em saúde nos níveis federal, estadual ou municipal, para qualquer tipo de doença, em qualquer região geográfica do país. O novo método para combater epidemias foi criado pela pesquisadora Luciana Moura, com o suporte do professor do Departamento de Estatística, Ronei Moraes, e Rodrigo Vianna, docente do Departamento de Nutrição da UFPB. 

“A pesquisa possuiu um caráter interdisciplinar e, portanto, tem contribuições de várias áreas do conhecimento. O aprimoramento no planejamento implica na melhoria dos serviços de saúde para lidarem com o problema, contribuindo para uma melhor qualidade de vida da população”, garante Luciana Moura. 

O projeto de pesquisa foi parcialmente financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq-PB). Interessados no estudo devem entrar em contato pelo e-mail lumouramendes@gmail.comReportagem e Edição: Pedro Paz / ASCOM UFPB.  . Imagem: EBC.

Créditos: UFPB

Vem aí nova CPMF?

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem
, 28, que “não vai aumentar impostos” e defendeu um imposto sobre “base ampla, nos moldes da CPMF”, que serviria para “desonerar outros setores”. 

Reportagem do Portal IG destaca a fala de Guedes: “essa ideia de queremos criar um  imposto novo, para aumentar imposto, para fazer populismo, está totalmente equivocada. É fake news mesmo, é guerra política, é um equívoco, um erro. Só se fala em um imposto de base ampla para desonerar, para tirar o mais cruel de todos os impostos, que é o imposto sobre folha de pagamento.” 

Segundo Guedes, um  imposto que onere amplamente a economia serviria para reduzir, além da folha de pagamento, até outros sete impostos: “quando se fala num imposto de base ampla, de transações digitais, tem que se entender o seguinte: se um imposto desse surgir é basicamente para desonerar a folha e outros impostos. Se for para tirar 3,4,5,6,7 impostos e inclusive reduzir tributo sobre salário é disso que estamos falando, não é nunca de aumento de imposto.” Fonte: IG.
Créditos: Brasil 247

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Primeiro caso de reinfecção pelo coronavírus é confirmado

Pesquisadores em Hong Kong relataram nesta segunda-feira o primeiro caso confirmado de reinfecção de covid-19. Trata-se de um homem de 33 anos que foi infectado pela primeira vez pelo coronavírus no final de março e, quatro meses e meio depois, contraiu o vírus novamente enquanto viajava pela Europa.

O caso levanta questões sobre a durabilidade da proteção imunológica contra o coronavírus. Mas também foi recebido com cautela por outros cientistas, que questionaram até que ponto o caso apontava para preocupações mais amplas sobre reinfecção.

Os pesquisadores da Universidade de Hong Kong sequenciaram o vírus das duas infecções do paciente e descobriram que elas não eram correspondentes, indicando que a segunda infecção não estava ligada à primeira. Eles também contaram que o homem teve apenas sintomas leves na primeira vez que ficou doente, e permaneceu assintomático na segunda.

“Nossos resultados provam que a segunda infecção é causada por um novo vírus, que ele adquiriu recentemente, em vez de uma disseminação viral prolongada”, afirmou Kelvin Kai-Wang To, microbiologista da Universidade de Hong Kong.

O tipo de vírus encontrado no paciente tem a sequência genética mais parecida a do vírus detectado na Europa nos meses de julho e agosto. Segundo informações, o paciente esteve na Espanha. O caso indica que a proteção imunológica pode durar apenas alguns meses, mas os pesquisadores dizem que são necessários mais estudos aprofundados para determinar esse tempo.

Créditos: Catraca Livre

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Seis em cada 10 pacientes com covid-19 internados em UTI morrem

No Brasil, a taxa de mortalidade de pessoas com covid-19 intubadas em UTI chega a 65%. Isso significa que a cada 10 pessoas que necessitam de ventilação mecânica por complicações da infecção pelo novo coronavírus, seis acabam morrendo. Ou, mais precisamente: a cada 20, morrem 13. Os dados são do projeto UTIs Brasileiras, da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), que reuniu informações sobre 1.289 Unidades de Terapia Intensiva de 617 hospitais públicos e privados do Brasil, entre 1º de março e 12 de agosto.

Os dados da Amib revelam um cenário trágico em meio a uma estabilização do número de internações pela covid-19. A situação é um pouco mais grave na rede pública, onde a mortalidade da infecção em UTI para pacientes intubados chega a 69,8%. Na rede privada, é de 62,1%. Já entre pacientes que não necessitam de intubação, a taxa de mortalidade geral é de 8,6% para covid-19 – mas chega a 16,4% na rede pública.

Essa diferença se dá principalmente por uma maior espera pelo leito de UTI na rede pública – que leva ao agravamento do caso – do que na rede privada, já que esta recebe menor demanda por atendimento. Em maio, o governo de São Paulo apontou para uma letalidade de 20% dos pacientes com covid-19 internados em UTI.

Os números mostram que, no período do levantamento, foram internadas 211 mil pessoas, das quais 40,1 mil tiveram diagnóstico confirmado para covid-19 e outras 62 mil tiveram diagnóstico de Síndrome da Angústia Respiratória Idiopática (Sari) – situação em que o agente causador do problema não foi identificado, podendo também ser covid-19. A mortalidade por Sari em pacientes intubados em UTI é a mesma: 65%.

O levantamento da Amib também revela que a quantidade de dias de internação de pacientes com covid-19 na UTI é um fator que aumenta o risco de morte. A média das internações foi de 18 dias, mas cerca de 15% dos pacientes chegaram a superar os 30 dias de internação. Nesses casos, a letalidade geral chegou a 34,1% – indo a 49,2% na rede pública.

Além disso, houve necessidade de uso de medicamentos anticoagulantes em 34,6% dos pacientes com covid-19 em UTI. E suporte para o funcionamento dos rins em 15,3%. Pacientes com covid-19 que necessitaram de hemodiálise tiveram agravamento ainda maior do quadro, com a mortalidade em UTI chegando a 72,6%.

O perfil dos internados mostra que quase 60% dos pacientes com covid-19 em UTI eram idosos. E 35,8% deles tinham comorbidades. Os homens são a maioria dos que necessitam de cuidados intensivos: 59% dos pacientes eram do sexo masculino. Po Rodrigo Gomes, da RBA. 

Créditos: Rede Brasil Atual


segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Coronavírus causa sintomas variados

BF-Brasil ultrapassou a marca das 100 mil mortes pela covid-19, e conclusões de pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas que sugerem novas visões sobre os sintomas da doença entre os pacientes brasileiros. Além da reafirmação de que as reações do corpo vão além das sensações causados por quadros gripais, o estudo indicou que a porcentagem de assintomáticos pode ser menor do que se imagina. 

Os pesquisadores testaram mais de 30 mil pessoas e entre os que deram positivo para a covid-19, apenas 12% não relataram sinais da doença. Quase 60% disseram ter sentido dores de cabeça e 52,1% passaram por quadros de febre. 56,5% tiveram perda, mesmo que parcial, no olfato e no paladar. A tosse foi relatada por 47,7%  e as dores no corpo foram sentidas por 44,1%.

O médico Aristóteles Cardona, da rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, afirma que os relatos de perda de olfato e paladar são importantes para reforçar sintomas que diferenciam a covid-19 de um gripe comum. A partir desses sinais, o diagnóstico pode ficar mais evidenciado.

"Os principais sintomas são dor de cabeça, febre, tosse e dor no corpo. É um conjunto de principais sintomas e que estão presente no que a gente chama de síndrome gripal. Mas tem um outro sintoma que a gente pode destacar e que se diferencia, que são as mudanças no olfato e no paladar. É muito comum o paciente com covid dizer que parece estar comendo papelão."

Aristóteles explica que os primeiros sintomas estão relacionados ao sistema respiratório porque essa é a porta de entrada do vírus no corpo humano. "Porque a gente alerta tanto para a falta de ar? Porque ele termina atingindo os chamados alvéolos pulmonares, onde ocorre a troca de oxigênio e gás carbônico. Nesse alvéolo, a doença causa uma inflamação. Nesse momento, sobra menos espaço para a troca de oxigênio. A pessoa está lá respirando, o ar entra e sai, mas ele tem menos espaço e assim há uma troca insuficiente de oxigênio."

Ainda de acordo com o médico, já está evidenciado o caráter sistêmico - ou seja, atinge vários órgãos do organismo -  que o coronavírus atinge ao entrar no corpo humano. "É importante a gente ressaltar isso, o assunto entrou até na política, mas não é só uma gripezinha. Os primeiros sintomas vão estar relacionados a essa invasão do sistema respiratório, mas há outros sintomas menos comuns."

Aristóteles destaca as consequências inflamatórias que vêm sendo registradas em outras partes do corpo. "Um desses sintomas menos comuns é a diarreia. Não é esperada uma diarreia durante uma gripe. Mas por que isso acontece? Estão descobrindo que o vírus que causa a covid-19 também tem uma afinidade com o nosso trato gastrointestinal, o estômago e o intestino. Ele também vai desencadear inflamações nesses órgãos. Isso também acontece, por exemplo, com o coração, o que causa sintomas como palpitações." Por Nara Lacerda. Edição: Rodrigo Durão Coelho.

Créditos: Brasil de Fato

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Cientistas brasileiros criam soro capaz de neutralizar coronavírus

Um soro desenvolvido no Brasil apresentou anticorpos neutralizantes até 50 vezes mais potentes contra o novo coronavírus do que os presentes no plasma sanguíneo de pessoas que tiveram Covid-19.

O resultado foi considerado "excelente" pelos cientistas que desenvolveram o produto e abre caminho para um tratamento mais eficiente contra a doença. Os pesquisadores aguardam uma autorização da Anvisa para começar a testar o soro em seres humanos, informa o Estadão.

O plasma de pessoas que tiveram covid já está sendo usado no tratamento da doença, como uma forma de oferecer anticorpos extras para o paciente que ainda luta para combater ao vírus. O princípio do soro é semelhante. A diferença é que ele está sendo produzido em cavalos e, segundo os primeiros resultados, é muito mais potente. Esses anticorpos são posteriormente purificados e podem ser injetados nos pacientes.

Em maio, cinco cavalos do Instituto Vital Brazil (IVB) foram inoculados com uma proteína S recombinante do coronavírus produzida na Coppe/UFRJ. Depois de 70 dias os plasmas de quatro animais apresentaram anticorpos de 20 a 50 vezes mais potentes contra a covid-19. O quinto animal também apresentou anticorpos, mas em menor volume.

O trabalho será submetido à publicação nesta quinta-feira, 13, em sessão científica na Academia Nacional de Medicina (ANM). Na mesma ocasião, Lima Silva, que é pesquisador da UFRJ e participa do projeto, anunciará o depósito de uma patente do soro.

Créditos: Brasil 247

domingo, 9 de agosto de 2020

Brasil tem mais de 100 mil mortos por covid-19 e números de casos ultrapassa 3 milhões

Até 25 de junho o Ministério da Saúde gastou apenas 29% da verba emergencial prevista para combater o coronavírus, a partir de março, segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), publicada pelo jornal Folha de S. Paulo.

Em março, na alteração do orçamento, foram indicados um total de R$ 38,9 bilhões. No entanto, até 25 de junho, R$ 11,4 bilhões tinham sido gastos pelo governo federal. Na ocasião o país registrava 55 mil mortos e 1,2 milhão de casos confirmados. O relatório do TCU foi concluído dia 15 julho. 

Segundo a avaliação do TCU, tanto as despesas feitas diretamente pelo Ministério da Saúde quanto repasses para estados e municípios ficaram muito aquém do prometido. Os valores saíram por medidas provisórias que abriram créditos extraordinários para reforçar o atendimento hospitalar.

Os pagamentos da pasta estavam em 11,4% do previsto. Os governos estaduais receberam 39% do dinheiro anunciado e os municipais, 36%. 

Ontem o Brasil ultrapassou mais de 100 mil mortos pela doença desde o início da pandemia e mais de 3 milhões de casos confirmados de covid-19, segundo os dados oficiais.

Pela atualização divulgada pelo Ministério da Saúde na noite de ontem (8), o país alcançou a marca de 3.012.412 casos de infecção por coronavírus, com 49.970 confirmações nas últimas 24 horas. Os dados do governo indicam também mais 905 mortes confirmadas no período, chegando a um total de 100.477 óbitos. Foto: G1. Com informações da Folha de S. Paulo e Revista Forum