quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Frequência escolar dos alunos do Bolsa Família é 96%

No bimestre de outubro e novembro de 2015, quase 15 milhões de crianças e adolescentes obtiveram a frequência escolar registrada pelo governo federal, pré-requisito para as famílias receberem o auxílio do Bolsa Família. Desse total, 96% cumpriram o mínimo de presença de 85% (crianças e jovens de 6 a 15 anos) e de 75% (jovens de 16 e 17 anos). Quase 17 milhões de jovens receberam acompanhamento no período. 

O diretor de Condicionalidades do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Eduardo Pereira, salientou a importância do Bolsa Família para que a próxima geração cresça com maiores oportunidades de inserção produtiva. Eles não serão tão pobres como seus pais, porque tiveram acesso à saúde e à educação. É uma chance de quebrar o ciclo de pobreza. Temos observado por meio de estudos que a frequência dos beneficiários melhorou o desempenho escolar e reduziu a evasão.

As famílias em dificuldade para cumprir as condicionalidades podem ter seus benefícios bloqueados e suspensos. Os cancelamentos, no entanto, ocorrem somente em último caso, após acompanhamento da assistência social. Elas devem manter atualizadas as informações no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, principalmente em situações de mudança de escola. 

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tabulados pelo MDS, mostram que entre os 20% mais pobres, que corresponde ao universo de beneficiários do Bolsa Família, houve melhora tanto no acesso como na adequação idade/sérieFonte: MDS
Créditos: Portal Brasil

Exame de sangue pode diagnosticar problemas cardíacos hereditários

ThinkstockPesquisadores descobriram que, ao analisar um grupo específico de genes, conseguem detectar de forma segura problemas que paciente desconhecia. Os testes genéticos até então disponíveis analisam um pequeno número de genes e só podem identificar condições específicas, o que implica em custos mais altos e tempo de diagnóstico maior - uma grande barreira para disponibilizar o teste nos sistemas públicos de saúde.

Mas pesquisadores do Imperial College London e MRC Clinical Sciences Centre dizem que o novo teste, que analisa 174 genes, é mais rápido e confiável. O método, já disponibilizado em dois hospitais na Inglaterra, vem testando, com sucesso, cerca de 40 pessoas por mês.


Estima-se que problemas cardíacos hereditários afetem mais de 500 mil pessoas no Reino Unido. Há muitos tipos diferentes que podem afetar o coração e o sistema circulatório e são passados de geração em geração. Eles podem afetar pessoas de qualquer idade e representar risco de morte, para muitas pessoas, o primeiro sinal é quando um membro da família morre sem nenhuma explicação.

Testes genéticos em membros de uma família podem identificar quem a presença do gene defeituoso e, a partir daí, podem ser tomadas medidas para reduzir o risco de morte súbita, com cirurgia, medicação e mudanças no estilo de vida.

"Sem um teste genético, normalmente temos que manter toda a família sob vigilância constante por muitos anos. Isso é altamente custoso tanto para as famílias quanto para o sistema de saúde", diz James Ware, cardiologista especialista em condições cardíacas hereditárias.
"Por outro lado, quando um teste genético revela a anormalidade genética exata causando a condição em um membro da família, se torna simples testar outros membros da família. Aqueles que não não tiverem o gene defeituoso podem ser tranquilizados e poupados de visitas intermináveis a hospitais", diz.
A pesquisa foi financiada pela British Heart Foundation e as descobertas publicadas no Journal of Cardiovascular Translational Research.
Créditos: BBC Brasil



terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Dilma assina contrato com Butantan para desenvolver vacina contra a dengue

A presidenta da República Dilma Rousseff assinou ontem (22) um contrato entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan para o desenvolvimento de uma vacina contra a dengue. A cerimônia de assinatura vai ocorrer nesta tarde, no Centro de Convenções Rebouças, na zona oeste da capital paulista.
De acordo com o Ministério da Saúde, o contrato com o Instituto Butantan, vinculado ao governo de São Paulo, prevê investimentos iniciais de R$ 100 milhões para o desenvolvimento do estudo nos próximos dois anos. Mas os investimentos, segundo o órgão, devem somar até R$ 300 milhões, com recursos previstos também do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (R$ 100 milhões), por meio de um contrato da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com mais R$ 100 milhões.
Esse investimento inicial do Ministério da Saúde financiará a terceira e última fase de testes clínicos da vacina em voluntários, que teve início hoje. Neste primeiro dia, dez pessoas serão vacinadas contra a dengue. Esta última etapa da pesquisa servirá para comprovar a eficácia da vacina.
Para isso, dois em cada três voluntários irão receber a vacina, enquanto o restante receberá placebo, uma substância com as mesmas características da vacina, mas sem o vírus, ou seja, sem efeito. Nem a equipe médica nem os participantes saberão se receberam vacina ou placebo. O objetivo é descobrir se quem tomou a vacina ficou protegido e se quem tomou placebo adquiriu a doença.
Créditos: Caros Amigos

Uso de agrotóxicos em plantações provoca doenças e morte de agricultores

A destruição no organismo é lenta, e a doença, em muitos casos, surge de forma disfarçada, em consequência do uso indiscriminado de agrotóxicos por trabalhadores do campo. O veneno usado para controlar as pragas nas plantações é o mesmo que separa famílias, deixa mulheres viúvas, crianças órfãs e casas silenciosas na zona rural dos municípios paraibanos. Apesar do risco iminente, muitos trabalhadores, mesmo doentes, preferem fingir que está tudo bem, com medo de serem dispensados pelos patrões, segundo o Centro de Referência Estadual em Saúde do Trabalhador (Cerest-PB).
Na Paraíba, o agrotóxico está presente em diversas culturas, conforme dados da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado da Paraíba (Fetag). Embora não haja números concretos em relação ao adoecimento do homem do campo, o presidente da Fetag, João Alves, afirmou que a situação é muito preocupante.
Já o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informou que, em toda a Paraíba, há 17.689 Segurados Especiais (denominação usada para identificar trabalhadores do campo) afastados de suas atividades. Desse total são 11.801 em Campina Grande e 5.888 em João Pessoa. Dadas as condições de trabalho, suspeita-se que boa parte deles tenha adoecido em consequência dos efeitos dos agrotóxicos.
O problema que passa despercebido pelos agricultores, tem deixado autoridades em alerta. O assunto vem sendo discutido pelo Fórum Paraibano de Combate ao Uso Indiscriminado dos Agrotóxicos, que conta com representantes do Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB), Ministério do Trabalho e Previdência Social, dentre outros. A preocupação é com as consequências do uso do agrotóxico para a saúde humana. Uma série de fiscalizações no campo será iniciada nas próximas semanas em toda a Paraíba.
A procuradora Marcela Asfora, representante do MPT no Fórum, disse que a intenção é ter uma autuação voltada para as pessoas que trabalham diretamente com o agrotóxico, como forma de conscientizar os agricultores sobre o risco que existe no manuseio da substância. “Nosso objetivo é fazer um trabalho com início, meio e fim. Vamos escolher uma cultura para desenvolver nossas ações e buscar condições dignas de trabalho para homens e mulheres do campo”, afirmou. Serão feitas fiscalizações em áreas que apresentam risco potencial.
Segundo a procuradora, o trabalhador rural acaba sendo duas vezes atingido pelo agrotóxico. Primeiro quando tem contato com o veneno, nas plantações; depois quando leva o alimento à mesa, já no papel de consumidor. “Dentro desse fórum estadual foram feitos alguns grupos de trabalho e um deles tem a finalidade de promover ações e monitoramento de saúde e segurança do trabalhador na utilização e comercialização do agrotóxico”, declarou. (JP).
Créditos: TV WebCidade

STF confirma mandado do Conselho de Ética da Câmara contra Cunha

deputado José Carlos Araújo (PSD-BA),presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, requereu ontem (22) no Supremo Tribunal Federal (STF) a validação da abertura de processo disciplinar contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aberto pelo Conselho.
Em mandado de segurança com pedido de liminar, Araújo pretende que o STF desautorize manobra em que o vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), aliado de Cunha, anulou a decisão do colegiado. A relatoria do caso no âmbito do Supremo foi distribuída para a ministra Rosa Weber.
Na semana passada, o STF já havia autorizado, por meio do ministro Teori Zavascki, a tramitação do processo contra Eduardo Cunha, acusado de envolvimento em esquemas de propinas investigados pela Operação Lava Jato e de manter contas não declaradas em paraísos fiscais. A expectativa é que haveria um interesse entre os ministros da Corte de que seria melhor legitimar o processo contra Cunha – aberto pelo Conselho de Ética – do que pôr em julgamento o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que ele seja afastado do cargo, enquanto tramita o processo.
A maior parte dos magistrados do STF, conforme explicaram analistas judiciários e juízes auxiliares que trabalham vinculados aos gabinetes, estaria considerando que a decisão, se favorável à manutenção do deputado no cargo, provocaria desgaste do tribunal com a opinião pública. Ao mesmo tempo, a decisão pelo afastamento de Cunha poderia ser representada como mais uma interferência do Poder Judiciário sobre o Legislativo. Por isso, o andamento com celeridade do próprio Legislativo contra Cunha é visto como a melhor alternativa.
Como os ministros ainda evitam falar sobre o assunto e não divulgaram data sobre esse julgamento, as atenções estão voltadas, agora, para o mandado de segurança impetrado pelo deputado Araújo. Na peça jurídica, ele informa que em 15 em dezembro do ano passado o Conselho de Ética aprovou o prosseguimento do processo disciplinar, a partir de representação apresentada pelo Psol e pela Rede Sustentabilidade. Na mesma sessão, decidiu que não caberia novo pedido de vista, por já ter havido pedido nesse sentido durante a votação do parecer do relator anterior.
“No entanto, em 2/2/2016, primeiro dia do ano legislativo, o deputado Waldir Maranhão, no exercício da presidência da Câmara, anulou a deliberação, apresentando como motivo justamente a ausência de concessão de novo pedido de vista”, acentuou Oliveira. Ele acrescentou que o vice-presidente não poderia anular de forma monocrática (sozinho) a decisão colegiada do órgão, porque o regimento interno da Casa estabelece que somente a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) teria esse poder.
“O fato de a decisão pela anulação ter sido proferida em 22/12/2015, mas só ter chegado ao conhecimento do Conselho de Ética em fevereiro, demonstra uma clara tentativa da Presidência da Casa de embaraçar os trabalhos do Conselho, em prejuízo à probidade do processo e sua razoável duração e em evidente ofensa ao regular funcionamento deste órgão”, afirmou o deputado, ao pedir a intervenção do STF sobre o caso.
Créditos: Rede Brasil Atual

Nível do mar subiu mais nos últimos cem anos que nos três milênios anteriores

oceano
O nível dos oceanos subiu mais rapidamente ao longo do século XX do que nos três últimos milênios, devido às alterações climáticas, indica um estudo publicado na segunda-feira.
Entre 1900 e 2000, os oceanos e os mares do planeta subiram cerca de 14 centímetros, por causa do degelo, principalmente no Ártico, revelaram os autores de estudos publicados na revista científica norte-americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
Os climatólogos estimaram que, sem a elevação da temperatura do planeta observada desde o início da era industrial, a subida do nível dos oceanos teria correspondido a menos da metade observada nos últimos cem anos.

O século passado “foi excepcional em comparação com os últimos três milênios e a elevação no nível dos oceanos acelerou nos últimos 20 anos”, disse Robert Kopp, professor do departamento de Ciências da Terra da Universidade Rutgers, em Nova Jersey, Estados Unidos.

Segundo este estudo, feito a partir de uma nova abordagem estatística concebida pela Universidade de Harvard, em Massachusetts, nos Estados Unidos, o nível dos oceanos baixou cerca de oito centímetros entre o ano 1000 e 1400, período marcado por um arrefecimento planetário de 0,2 graus Celsius (°C).
Atualmente, a temperatura mundial média está um grau acima do que a do final do século 19.

Para determinar a evolução do nível dos oceanos durante os últimos três mil anos, os cientistas compilaram novos dados geológicos que indicam a elevação do nível das águas, como os pântanos e os recifes de corais, os sítios arqueológicos, além de dados referentes a marés em 60 pontos do globo nos últimos 300 anos.
Estas estimativas detalham a variação do nível dos oceanos durante os últimos 30 séculos, permitindo fazer projeções mais exatas, explicou Andrew Kemp, professor de Ciências Oceânicas e da Terra da Universidade Tufts, em Massachusetts.

Os investigadores também calculam que o nível dos oceanos pode aumentar “muito provavelmente" de 51 centímetros para 1,3 metro durante este século "caso o mundo continue a ser tão dependente de energias fósseis”.
Em 12 de dezembro, 195 países aprovaram o acordo de Paris, que prevê conter a elevação das temperaturas em dois graus acima da era pré-industrial.
Se os compromissos conduzirem a uma eliminação gradual do uso carvão e dos hidrocarbonetos, o aumento do nível dos oceanos talvez não vá além de 24 a 60 centímetros, segundo o estudo.
“Estes novos dados sobre o nível dos oceanos confirmam uma vez mais como este período moderno de aquecimento não é habitual, porque se deve às nossas emissões de gases de efeito de estufa”, sublinhou Stefan Rahmstorf, professor de Oceanografia no Instituto Potsdam de investigação sobre o impacto do clima, na Alemanha.
Créditos: Agencia Brasil

Asteroide passará "de raspão" pela Terra

Um asteroide de 30 metros de diâmetro passará "de raspão" pelaTerra no dia 5 março deste ano. Chamado 2013 TX68, ele estará a uma distância entre 14 milhões e 17 milhões de quilômetros do nosso planeta, o que é mais próximo do que a órbita de satélites geoestacionários.
O asteroide é observado há apenas alguns anos, por isso a incerteza quanto à distância que ele estará da Terra no começo do mês que vem.  Não há chance de colisão nesta passagem do asteroide, segundo a Nasa.

Já em 28 de setembro de 2017, o mesmo asteroide passará novamente perto do nosso planeta e terá uma chance em 250 milhões de atingi-lo. Isso ainda é pouco para gerar preocupação. Para efeito de comparação, uma pessoa que aposta na Mega-Sena com seis números tem uma chance de ganhar em 50 milhões. Nas passagens do asteroide previstas para 2046 e 2097, as probabilidades de impacto com o planeta são ainda menores.
Em fevereiro de 2013, um meteorito menor atingiu a cidade de Chelyabinsk, na Rússia, deixando 1.491 feridos e 720 estruturas abaladas. Se o 2013 TX68 entrasse na atmosfera terrestre, ele produziria uma rajada de vento quase duas vezes mais forte do que a do meteoro de Chelyabinsk – e potencialmente mais danos.
Créditos: Correio do Estado