quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Exame de sangue pode diagnosticar problemas cardíacos hereditários

ThinkstockPesquisadores descobriram que, ao analisar um grupo específico de genes, conseguem detectar de forma segura problemas que paciente desconhecia. Os testes genéticos até então disponíveis analisam um pequeno número de genes e só podem identificar condições específicas, o que implica em custos mais altos e tempo de diagnóstico maior - uma grande barreira para disponibilizar o teste nos sistemas públicos de saúde.

Mas pesquisadores do Imperial College London e MRC Clinical Sciences Centre dizem que o novo teste, que analisa 174 genes, é mais rápido e confiável. O método, já disponibilizado em dois hospitais na Inglaterra, vem testando, com sucesso, cerca de 40 pessoas por mês.


Estima-se que problemas cardíacos hereditários afetem mais de 500 mil pessoas no Reino Unido. Há muitos tipos diferentes que podem afetar o coração e o sistema circulatório e são passados de geração em geração. Eles podem afetar pessoas de qualquer idade e representar risco de morte, para muitas pessoas, o primeiro sinal é quando um membro da família morre sem nenhuma explicação.

Testes genéticos em membros de uma família podem identificar quem a presença do gene defeituoso e, a partir daí, podem ser tomadas medidas para reduzir o risco de morte súbita, com cirurgia, medicação e mudanças no estilo de vida.

"Sem um teste genético, normalmente temos que manter toda a família sob vigilância constante por muitos anos. Isso é altamente custoso tanto para as famílias quanto para o sistema de saúde", diz James Ware, cardiologista especialista em condições cardíacas hereditárias.
"Por outro lado, quando um teste genético revela a anormalidade genética exata causando a condição em um membro da família, se torna simples testar outros membros da família. Aqueles que não não tiverem o gene defeituoso podem ser tranquilizados e poupados de visitas intermináveis a hospitais", diz.
A pesquisa foi financiada pela British Heart Foundation e as descobertas publicadas no Journal of Cardiovascular Translational Research.
Créditos: BBC Brasil



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