sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Usuários de maconha são 5 vezes mais propensos ao alcoolismo

Alcoólicos que não usavam a droga foram significativamente mais propensos a procurar reabilitação dentro de 3 anos, de acordo com cientistas da Universidade de Columbia e da Universidade da Cidade de Nova Iorque. Seus resultados são reforçados por outro estudo, publicado hoje, por colegas do Instituto Psiquiátrico do Estado de Nova Iorque.
 Essas investigações sugerem que o uso de Cannabis sativa também aumente o risco de uma pessoa tornar-se dependente de drogas e desenvolver o hábito de fumar cigarro.O Dr. Renee Goodwin, professor associado de epidemiologia na Columbia University Mailman School of Public Health, disse: “Nossos resultados sugerem que o consumo de cannabis parece estar associado a um aumento da vulnerabilidade de desenvolver um distúrbio de alcoolismo, mesmo entre aqueles sem histórico. O uso de maconha também parece aumentar a probabilidade de que um transtorno por uso de álcool existente persista ao longo do tempo.
 O segundo estudo, conduzido pelo Dr. Mark Olfson, “esses resultados psiquiátricos adversos devem ser levados em cuidadosa consideração, durante o atendimento clínico.” Dr. Goodwin e sua equipe examinaram dados de 27.461 adultos que se inscreveram no Inquérito Nacional Epidemiológico das Condições relacionadas com o álcool. Todos os participantes do estudo teriam usado maconha pela primeira vez quando ainda não tinham histórico de alcoolismo.
 Através de entrevistas – uma feita no início da pesquisa e outra no fim – notou-se que 23% dos adultos usavam cannabis na primeira avaliação, e consumiram novamente nos três anos seguintes. Os pesquisadores descobriram que esse grupo teve cinco vezes mais chances de desenvolver alcoolismo em comparação com aqueles que não tinham usado maconha. Dentre todos os participantes, 5% nunca tinha usado a droga.
Os adultos que tiveram problemas com álcool, mas não usaram cannabis eram significativamente mais propensos a entrar em tratamento de recuperação três anos mais tarde. Enquanto isso, o Dr. Olfson e sua equipe de investigadores examinaram os mesmos dados, mas olharam para registros de 34.653 adultos americanos.
Novamente entrevistas foram realizadas com três anos de diferença, e os pesquisadores observaram que o uso da maconha não foi associado a um risco aumentado para o desenvolvimento de transtornos de humor ou ansiedade. Todavia, seus resultados foram similares aos da equipe do Dr. Goodwin: um risco aumentado para “desenvolver distúrbios do uso de álcool e drogas, incluindo a dependência da nicotina”.
O Dr. Goodwin disse: “Do ponto de vista da saúde pública, recomendamos que mais pesquisas sejam realizadas para entender os caminhos subjacentes a essas relações, bem como o grau em que vários subgrupos potencialmente vulneráveis ​​da população – jovens, por exemplo – estão em maior risco.
“Se pesquisas futuras confirmarem essas conclusões, investigar se prevenir ou retardar o primeiro uso de maconha realmente reduz o risco de desenvolver distúrbios como uso de álcool entre alguns segmentos da população pode valer a pena.” O estudo do Dr. Goodwin está publicado online na revista Drug and Alcohol Dependence, enquanto que as descobertas do Dr. Olfson estão publicadas no JAMA Psychiatry.. [ Daily Mail ].
Créditos: Jornal Ciência

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