segunda-feira, 4 de julho de 2016

Brasil já registra 161,2 mil casos de suspeita de zika

O Brasil já registrou neste ano 161,2 mil casos suspeitos de zika, segundo o mais recente boletim do Ministério da Saúde, com dados até o dia 28 de maio. Do total de notificações, 64,3 mil já foram confirmadas e 13,5 mil eram de mulheres gestantes.

O ministério afirma que o período de pico da doença neste ano já passou. O ápice no número de infecções aconteceu na terceira semana de fevereiro, quando 16 mil casos foram reportados. Na última semana de maio, o número caiu para 12. No acumulado do ano, os Estados de Mato Grosso, Bahia, Rio e Tocantins apresentam as maiores taxas de incidência da doença.

O boletim do ministério revela ainda que o País acumula também 122,7 mil casos e 17 mortes por chikungunya. Em relação à dengue, já são 1,2 milhão de registros e 288 óbitos, números inferiores aos do mesmo período ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 
Créditos: WSCOM

Exames de zika serão obrigatórios em planos de saúde a partir de quarta-feira

A partir da próxima quarta-feira, 06 de julho, a cobertura obrigatória dos planos de Saúde passa a incorporar exames para detecção de vírus zika, conforme norma da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). 

Os exames previstos são o PCR (Polymerase Chain Reaction) para detecção do vírus nos primeiros dias da doença; o teste sorológico IgM, que identifica anticorpos na corrente sanguínea; e o IgG para verificar se a pessoa já teve contato com zika em algum momento da vida.

Os exames deverão ser assegurados para gestantes, bebês filhos de mães com diagnóstico de infecção pelo vírus, bem como aos recém-nascidos com malformação congênita sugestivas de infecção pelo zika, os grupos considerados prioritários para detecção, diante da associação ao risco de microcefalia nas crianças, quando o cérebro delas não se desenvolve de maneira adequada.
Em fevereiro, a ANS reforçou que a cobertura do teste-rápido para dengue é obrigatória, assim como a do teste-rápido para chikungunya. Desde o ano 2000, os planos de saúde são obrigados a cobrir também a sorologia para dengue (pesquisa de anticorpos) e exames complementares que auxiliam o diagnóstico, como hemograma, contagem de plaquetas, dosagem de albumina sérica e transaminases.
Créditos: CGNews

domingo, 3 de julho de 2016

Excesso de partidos incentiva o fisiologismo, diz Dilma

A presidenta afastada Dilma Rousseff afirma que a crise política que levou ao processo de impeachment deve-se em parte ao que chama de fragmentação do sistema político brasileiro. “Esse sistema incentiva, por isso a importância de uma reforma política, a fisiologia, ele incentiva a fragmentação partidária, ele incentiva a perda de conteúdo programático dos partidos”, afirmou.
Dilma disse que o governo de Fernando Henrique Cardoso “precisava de três partidos para a maioria simples, e quatro partidos para obter dois terços para aprovar emendas constitucionais etc.; o presidente Lula precisou de oito partidos para a maioria simples, e 11 partidos para os dois terços. Eu precisei de 14 partidos para a maioria simples, e 20 partidos”.
Essas declarações da presidenta estão na entrevista exclusiva de Dilma com o Diário do Centro do Mundo (DCM), que esteve no Palácio da Alvorada tarde de quarta, 29. Vai ao ar no programa do DCM na TVT no domingo (3) às 20h. O programa é apresentado por Marcelo Godoy, o “Gogó de Ouro”, e dirigido por Max Alvim.
O afastamento conferiu a Dilma uma urgência e uma humanidade que não existiam no papel de “gerentona” que os marqueteiros criaram e que ela encarnou com vontade. O fato de estar num limbo e na batalha lhe deu necessidade de agir e falar como nunca pôde. E, apesar do pacote de sanções do interino, mais liberdade.
Está mais agressiva. Não o Collor apoplético do “Não me deixem só”. Mas Michel Temer é “interino provisório usurpador”, assim mesmo, tudo junto. Foram-se os tropeços no discurso, metáforas sem pé nem cabeça e as promessas de campanha. Foram-se, também, as circunstâncias e mordomias. Não há séquito de seguranças. Faz piada com o fato de não ter avião.
Soluções aparecem nas emergências. Estava particularmente surpresa com o resultado de uma campanha de  crowdfunding organizada por amigas do tempo da clandestinidade. Elas estão pedido, na plataforma Catarse, 500 mil reais para bancar as viagens de Dilma pelo Brasil.
A meta caminha para ser batida em três dias. “Eu não vou ficar parada”, avisa, repetindo um mantra sobre a vilegiatura de Temer: uma árvore infestada de praga, em oposição ao machado de golpes militares.
Dilma tem clareza da dificuldade de escapar do impeachment e dos desafios que virão com o mesmo Congresso. Diz-se otimista. (A vantagem do pessimista é que ele fica feliz duas vezes, quando acerta e quando erra).
A ideia do plebiscito perdeu força. “Não depende da vontade do presidente e eu não posso, sozinha, propor algo sem ter o apoio necessário”, afirma. As conversas com os senadores têm sido frequentes. A perícia que apontou que não houve pedaladas lhe deu mais ânimo e mais argumentos sobre a fraude jurídica. Supondo que ela voltasse, então: o que faria diferente? “Não vou mais fazer aquela composição. O presidencialismo de coalizão terminou”, aponta.
Mas como governará? “Teremos outras formas de relação com a população e o Congresso”. A tal “governabilidade” não pode ser motivo para impedimento. “O Obama governa sem maioria e ninguém tentou tirá-lo porque é uma democracia madura”, diz. “Aqui teremos também de lidar com esse fato. Não se trata de minha pessoa”.
“Eu cometi erros, mas não fui insensata”. A historiadora americana Barbara Tuchman é evocada. O livro mais conhecido de Barbara é “A Marcha da Insensatez”, sobre governos que adotaram políticas contrárias aos próprios interesses e pagaram por isso. A Guerra de Troia e a do Vietnã, por exemplo. Temer como vice presidente foi um erro? Ela não sabia de quem se tratava? “Faz parte da traição a pessoa não mostrar suas reais intenções. Se mostrasse, não seria traidor.”
Para Dilma, Cunha adquiriu um tamanho que não tinha a partir de janeiro de 2015, quando se elege presidente da Câmara. Ela deveria ter negociado com ele? “Não se negocia com o Cunha. Ele tem uma agenda que é dele. Ou você está de acordo com ele ou não tem acordo”, afirma. Com informações do DCM.
Créditos: Rede Brasil Atual

Ministros de Temer terão que explicar nomeações

Ministros de Temer terão que explicar nomeações obtidas com o golpe
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriu processo administrativo contra dez ministros do governo de Michel Temer. Eles terão que explicar os benefícios obtidos após votarem pelo processo de impeachment contra a presidenta eleita, Dilma Rousseff.

O principal benefício é a nomeação para o ministé  rio, conforme indica o deputado federal Afonso Florence (PT-BA), líder do partido na Câmara e autor do pedido de apuração na Comissão de Ética Pública. Os ministros golpistas já receberam os pedidos de explicações e terão 20 dias para apresentar suas respostas. São eles: Mendonça Filho (Educação), 

Osmar Terra (Desenvolvimento Social), Ricardo Barros (Saúde), Sarney Filho (Meio Ambiente), Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), Ronaldo Nogueira (Trabalho), Blairo Maggi (Agricultura), José Serra (Relações Exteriores), Bruno Araújo (Cidades) e Maurício Quintella (Transportes, Portos e Aviação Civil).

Primeiro ministro golpista a cair depois de ser pego em conversa gravada tramando o golpe para “conter a sangria” da Operação Lava Jato, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) também terá que responder à comissão por ter ocupado o cargo de titular do Planejamento. Jucá mesmo afastado segue atuando como ministro de Temer.

Florence pontua que todos os ministros citados se beneficiaram com vantagens pessoais e políticas por terem votado a favor do impeachment, sendo retribuídos com cargos no ministério golpista. O pedido inclui também a recomendação de que sejam todos exonerados. O ministro golpista das Relações Exteriores, José serra, vai responder também a processo na comissão por ter enviado cartilha às embaixadas brasileiras orientando o corpo diplomático a combater o fato de o impeachment sem crime de responsabilidade ser um golpe contra a presidenta Dilma.
Créditos: Agencia PT

Governo prorroga prazo para saque do PIS/Pasep

Os trabalhadores que perderam o prazo para sacar o abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), referente ao ano-base de 2014, terão nova oportunidade para retirar o benefício.
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, anunciou ontem (1º) que os mais de 1,2 milhão de trabalhadores que perderam o prazo, encerrado no dia 30, poderão fazer o saque entre os dias 28 de julho e 31 de agosto.
“A bancada dos trabalhadores no Codefat [Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhado] sugeriu a ampliação do prazo para que todos fossem contemplados. Conversamos com o núcleo do governo, que foi sensível a essa medida, dada a necessidade de aprimorar esses programas sociais que são muito importantes na vida dos trabalhadores”, disse Nogueira.
De acordo o ministro, não houve diferença na média de comparecimento dos trabalhadores para saque do benefício em relação aos anos anteriores, mas o governo decidiu “inovar” ao prorrogar o prazo. “A intenção do governo é que 100% dos trabalhadores que têm direito ao abono possam ter a oportunidade de comparecer às agências e retirar o abono. É a primeira vez que o governo toma a iniciativa de ampliar o prazo”, disse.
O benefício, equivalente a um salário-mínimo (R$ 880), é pago a empregados que tenham trabalhado com carteira assinada por pelo menos 30 dias em 2014 e tenham recebido até dois salários-mínimos por mês nesse período.
O trabalhador também precisa estar cadastrado no PIS/Pasep há, pelo menos, cinco anos e ter tido os dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Até agora, foram sacados R$ 18,3 bilhões. Os recursos não sacados retornam ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
O abono salarial é um dos benefícios pagos pelo FAT, que também custeia o seguro-desemprego, os cursos de qualificação profissional feitos em parceria com os governos estaduais e a participação na receita dos órgãos e entidades para os trabalhadores públicos e privados.
Créditos: Focando a Notícia

Balança comercial tem maior saldo para o 1º semestre em 28 anos

As exportações brasileiras superaram as importações, resultando em superávit da balança comercial de US$ 23,63 bilhões no primeiro semestre deste ano, informou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Trata-se do melhor resultado para os seis primeiros meses de um ano desde o início da série histórica, em 1989, ou seja, em 28 anos. Até então, o maior saldo para o primeiro semestre havia ocorrido em 2007, quando foi contabilizado um superávit de US$ 20,58 bilhões.

O resultado da balança no primeiro semestre é maior que o superávit registrado em todo ano passado (US$ 19,69 bilhões). No primeiro semestre de 2015, as exportações superaram as importações em US$ 2,28 bilhões. Segundo o diretor do Departamento de estatística e Apoio à Exportação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Herlon Brandão, o recorde no superávit comercial no primeiro semestre está relacionado com a forte redução das importações por conta da crise econômica.

Ele observou que as exportações também caíram nos primeiros seis meses do ano, porém menos que as importações, por isso o resultado da balança foi positivo. Brandão apontou que a economia mundial continua crescendo em ritmo fraco, mas acrescentou que o Brasil ainda é competitivo em seus produtos, o que contribui para aumento dos volumes exportados.

Questionado sobre a recente desvalorização do dólar, Brandão declarou que essas oscilações da moeda não influenciam o resultado dos negócios no curto prazo. Mas avaliou que uma mudança no patamar do dólar por um período mais longo pode impactar o resultado da balança comercial.
Créditos: G1

sábado, 2 de julho de 2016

Temer reduziu investimentos em agricultura familiar

Para os produtores de alimentos, as medidas adotadas pelo presidente interino, deslocam a política agrária para um lugar de menor importância na política pública e menor autonomia na gestão de governo. A extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), com a transferência das secretarias ligadas à reforma agrária e do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para a Casa Civil, extinguindo a atividade-fim deste Ministério, a fragilização dos Programas Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e de Aquisição de Alimentos (PAA) pela não liberação de novos recursos neste ano e o contingenciamento progressivo do orçamento voltado para o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) são ações vistas com preocupação pelos agricultores.

Outro ponto de incerteza é a administração da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater). Com atividades iniciadas neste ano e sob administração do Incra, com a mudança da pasta a assistência técnica e rural, importante base da produção agrícola, passa, assim como os outros programas e ações ligados à Reforma Agrária, para um cenário de indefinição. “O que é a Anater? Ninguém sabe. Foi criada a Lei, mas não tem quem a comande. Você não sabe como ela vai funcionar, quem vai administrar. Nesse contexto é muito fácil ter uma chamada pública e passar a ser administrada por uma empresa” relata a Antônia Ivoneide, membro da coordenação nacional do setor de produção do MST, ao destacar a vinculação possível do setor privado à política de assistência.

Para o Movimento, com a fragilização de bases importantes da política agrária da agricultura familiar – assistência técnica, formação continuada, política-fim, comercialização e escoamento dos produtos para população empobrecida, foco do PAA e PNAE, a agricultura da monocultura, voltada à exportação e de alto impacto socioambiental deve ser fortalecida. Para os agricultores, a crescente criminalização dos movimentos campesinos e a forte incidência da numerosa bancada ruralista na gestão pública reforçam esta leitura.
Créditos: Plantão Brasil