Dois milhões de trabalhadores têm sentido na pele as consequências do processo de desmonte da indústria nacional. Valtenir Oliveira dos Santos faz parte desta estatística. O lixador industrial trabalhou no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, e há um ano e meio foi demitido do emprego.
Santos era contratado de uma empresa terceirizada da Petrobras e não recebeu a indenização referente a sua demissão até hoje. O caso do lixador industrial é bem similar aos mais de 30 mil trabalhadores que atuavam no Comperj e foram demitidos. O Complexo Petroquímico foi um dos principais impulsionadores de emprego no estado do Rio.
“Foi um sonho para todos nós, em especial o morador do Rio de Janeiro que tinha a esperança de ficar trabalhando no Comperj. Sofremos este golpe e logo depois tudo desmoronou. Muitos trabalhadores de Itaboraí e São Gonçalo ficaram morando na rua, muitos sofreram depressão, se mataram”, conta Santos que também integra o Movimento Somos Todos um Só Rio composto por trabalhadores desempregados de todo o estado.
Créditos: Caros Amigos
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