segunda-feira, 3 de março de 2014

Manifestantes invadem Parlamento na Líbia e ferem a tiros dois deputados


Dois deputados líbios foram feridos a tiro ontem (2) quando dezenas de jovens invadiram o edifício do Congresso Geral Nacional (CGN), a mais alta instância política do país, para exigir a libertação de manifestantes detidos ontem.
Diversos veículos de comunicação da Líbia tinham confirmado que um dos parlamentares, Abdelrahmane Al Swihli, foi alvejado quando tentava abandonar o edifico. “Dois membros [do CGN] foram atingidos a tiro quando tentavam abandonar o local nos seus automóveis”, declarou o presidente do Parlamento líbio, Nuri Abou Sahmein, à emissora líbia Al-Nabaa.  
Ele acusa “manifestantes armados” pelos incidentes. Antes, o porta-voz do CGN Omar Hmidane denunciou “agressões a alguns dos seus membros”, acrescentando que foram destruídos diversos veículos de deputados. Uma deputada já havia relatado que os manifestantes, na sua maioria jovens e armados com facas e bastões, invadiram o local gritando “demissão, demissão”.
Os manifestantes exigem a dissolução do Congresso e protestam contra o “sequestro”, na véspera, de dezenas de pessoas que participavam de um protesto em frente ao edifício, situado no centro da capital da Líbia, Trípoli. Em um comunicado, o Ministério da Justiça disse ter detido “jovens que foram exprimir a sua opinião”.
De acordo com a Agência Lusa de notícias, um dos participantes no protesto disse que, no sábado, “homens armados dispararam para o alto e incendiaram uma tenda instalada pelos manifestantes em frente ao Congresso”. Em seguida, sequestraram alguns dos participantes. Ele não soube precisar o número de pessoas sequestradas.
As manifestações contrárias ao CGN têm como origem a decisão de prolongar para dezembro de 2014 os mandatos que teriam fim em fevereiro.  Sob pressão da população, que acusa a instituição de não ter conseguido restabelecer a ordem e acabar com a anarquia, o CGN decidiu recentemente organizar eleições antecipadas, mas ainda não fixou uma data.
*Com infomaçõs da Agência Lusa de notícias. foto www.dw.de
Créditos: Agencia Brasil

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