sábado, 4 de outubro de 2014

Crise na refinaria atinge homem forte de Marina

: (247) A Refinaria Abreu e Lima, que está sendo implantada no Complexo Industrial e Portuário de Suape (PE), vem sendo alvo de uma série de denúncias feitas pelo PSB e PSDB sobre desvios de recursos e de superfaturamento na sua construção. O uso eleitoral da refinaria, porém revelou que uma das empresas que atuam no projeto, a Construcap CCPS Engenharia e Comércio S.A., tem como sócio João Paulo Ribeiro Capobianco,  ex-secretário Executivo do Ministério do Meio Ambiente (2003 a 2008) e um dos coordenadores da campanha de Marina Silva (PSB) à presidência da República. 
A Construcap integra um consórcio formado com a empresa Progem para a execução de serviços de infraestrutura civil como o sistema de drenagem pluvial limpo, pontilhões de concreto, arruamento e pavimentação, áreas de armazenagem e portarias junto a refinaria pernambucana. O valor do contrato é de R$ 120 milhões tendo sido firmado com a Petrobras em 2009.
A empresa aparece listada em um processo do Tribunal de Contas da União (TCU) como suspeita de irregularidades na execução dos serviços. Conforme o Acórdão 009.758/2009-3, a Construcap teve que prestar esclarecimentos sobre supostas irregularidades referentes a uma cláusula contratual ligada à paralisação dos serviços por causa das chuvas. Segundo a assessoria de imprensa da empreiteira, o fato é considerado normal e a situação teria sido esclarecida e o pagamento foi autorizado após um período de cerca de dois anos.
A Construcap, foi fundada por Júlio Capobianco, pai de outro acionista da empreiteira, o ambientalista, ex-secretário nacional de Biodiversidade e Florestas e também ex-secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente (2003 a 2008) durante a gestão de Marina Silva, João Paulo Ribeiro Capobianco. Capobianco é um dos coordenadores da campanha presidencial de Marina e é considerado um dos homens de confiança da candidata.
Nos últimos dias de campanha, Marina passou a utilizar as denúncias de irregularidades em diversos contratos da Petrobras, incluindo aí a construção da Refinaria Abreu e Lima, para atacar o governo e a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição. A estatal está no olho do furacão desde que a Operação Lava Jato da Polícia Federal prendeu ex-executivos sob suspeita de envolvimento em um esquema de superfaturamento e pagamento de propinas envolvendo várias diretorias da companhia.
Em contato com o Pernambuco 247, Capobianco informou que herdou 5% das ações da empreiteira em 2011, após a morte da mãe. Apesar da participação acionária, ele disse que jamais exerceu qualquer cargo de direção ou que tenha participado em alguma das decisões executivas ou operacionais da empresa.
“Na época em que fui secretário-executivo do Ministério, inclusive, os órgãos de controle atestaram que, mesmo eu tendo na época 0,01% das ações, jamais havia trabalhado na empresa. Na época, a Marina era ministra do Meio Ambiente e a Dilma [presidente Dilma Rouseff] era a ministra da Casa Civil. Se houvesse alguma irregularidade os órgãos de controle teriam apontado e eu não poderia tomar posse. Agora, se existe alguma suspeita sobre a Construcap, eles devem providenciar as devidas explicações e esclarecimentos sobre o assunto”, disse.
Créditos: Brasil 247

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários aqui publicados são de responsabilidade de seus autores.