O analista vê um grande risco de o país retroceder no enfrentamento das desigualdades, e chama atenção para possíveis consequências da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que impõe teto de gastos públicos inclusive em áreas essenciais como saúde, educação e programas de transferência de renda. Segundo ele, "a política econômica de Temer-Meirelles está paralisando os avanços conquistados" e pode levar ao descumprimento de outro objetivo das Nações Unidas, que é o Estado não deixar quem saiu da situação de pobreza extrema voltar para ela. “O Brasil pode perder o que avançou em sua dignidade e sua autoestima.”
Integrante da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (CIDH-OEA), Vannuchi lembrou que as Nações Unidas, pela primeira vez na história, incluíram o combate à pobreza nas metas dos países. A ONU iniciou os anos 2000 com a introdução dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM), que tiveram como uma das oito metas traçadas a redução dos níveis de pobreza no mundo à metade até 2015.
No Brasil, a meta foi alcançada já em 2008 e, em 2015, com menos de 4% da população vivendo na condição de pobreza extrema, o país teve essa condição considerada praticamente erradicada – meta prevista nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, traçados pela ONU para o período 2016-2030. Por Paulo Vannuchi. Foto: RBA.
Créditos: Rede Brasil Atual
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários aqui publicados são de responsabilidade de seus autores.