O cálculo é feito todo mês com base no valor da cesta básica mais cara, atualmente a de Porto Alegre (R$ 469,04), seguida de Florianópolis (R$ 466,25) e São Paulo (R$ 450,39). Os menores valores foram os de Recife (R$ 353,08) e Natal (R$ 354,59). 25 capitais tiveram baixa e só 2 tiveram alta no valor da cesta básica no mês passado.
O valor do salário mínimo necessário em novembro é o mais baixo desde junho, após chegar em outubro a R$ 4.016,27, a soma mais alta desde que o cálculo começou a ser feito em 1994. Ainda assim, o salário mínimo “necessário” atual representa quase 4,5 vezes o valor do salário mínimo vigente, que é de R$ 880.
Em novembro do ano passado, o valor do salário mínimo “real” estava em R$ 3.399,22, ou 4,3 vezes o salário mínimo então em vigor (R$ 788). A lei determina que o reajuste anual do salário mínimo tem como base a soma da variação do INPC (inflação para população de baixa renda) no ano anterior, acrescido da taxa de crescimento real do PIB dois anos antes.
Ou seja: considerando que 2015 e 2016 serão anos de recessão, o próximo aumento real fica para no mínimo 2019. Em um vídeo, o economista Carlos Eduardo Gonçalves explica quais seriam as consequências práticas se o salário mínimo “necessário” fosse estabelecido por lei:
“O que vai acontecer com a pessoa hoje empregada que ganha um salário baixo? (…) Você acha que elas vão continuar todas empregadas ganhando R$ 3.700 ou elas vão ser mandadas emboras porque a contribuição delas pro produto final da empresa não vale esses R$ 3.700?”.
Créditos: Paraíba Total
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