quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Nova cúpula assume Segurança de SP após número de mortes dobrar

Operação policial na favela de Brasilândia, em SPO governo de São Paulo decidiu substituir a cúpula de suas forças de segurança no momento em que a atual onda de violência deixou mais de 570 mortos em outubro no Estado - um aumento de 48% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo dados mensais de criminalidade divulgados na quarta-feira pela Secretaria da Segurança Pública, a onda de violência foi ainda mais intensa na capital paulista. O aumento das mortes em outubro na região foi de 114% - de 82 vítimas em 2011 para 176 neste ano.
Segundo promotores públicos ouvidos pela BBC Brasil, a escalada da violência começou desde o ano passado com a execução de criminosos chave, ligados à facção PCC (Primeiro Comando da Capital) cometidas por unidades de elite da polícia militar.
No primeiro semestre de 2012, lideranças da facção teriam reagido, ordenando, de dentro do sistema prisional, o assassinato de policiais militares em represália. Até esta semana, 93 policiais e ao menos três agentes penitenciários haviam sido mortos.
Segundo os promotores, os ataques a policiais alimentaram ainda mais um ciclo de vinganças que resultou na explosão do número de homicídios.
Há suspeitas de que grupos de policiais militares tenham se organizado em esquadrões da morte para matar vítimas "suspeitas" sem usar a farda e equipamentos da PM.
Em ao menos uma chacina, ocorrida em julho em Osasco, na Grande São Paulo, a Polícia Civil tem indícios fortes da participação de ex-policiais militares.
Suspeita-se também que o aumento das mortes teria sido provocado por criminosos oportunistas, que teriam decidido fazer acertos de contas com rivais, para que os crimes fossem atribuídos a policiais.
O governo explica o aumento dos homicídios como fruto de disputas de poder entre traficantes de drogas.
Leia mais em BBC Brasil.

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