segunda-feira, 21 de abril de 2014

Ásia mantém a Terra entre o aquecimento e o arrefecimento globais

china, ecologia, poluição, contaminaçãoA poluição da atmosfera devido à atividade humana nos países asiáticos em rápido desenvolvimento influi na situação climática global. 
A Ásia não só é o maior continente, como é também o maior poluente do ar. A Ásia ocupa o primeiro lugar pela emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera, a causa do aquecimento global, e pela quantidade de pó e de partículas aerossóis, cuja concentração provoca o arrefecimento. Alexei Kokorin, dirigente do programa “Clima e Energia” do Fundo Mundial da Natureza Selvagem, comenta:
“A Ásia é a principal fonte de emissão de partículas aerossóis, bem como de cinzas, o chamado “carbono negro”, que chegam tanto ao Ártico, como à Antártida. Os fornos arcaicos utilizados para o aquecimento de casas na Ásia do Sul, China, Índia, são uma importante fonte desta poluição. Pela quantidade de emissão de partículas aerossóis, isso é quase tanto como os incêndios florestais na Rússia, e nós sabemos que estes são mesmo muitos”.
A China continua sendo o líder entre os países asiáticos. Este país é o maior consumidor mundial de carvão. Em algumas regiões, o nível de poluição do ar ultrapassa em 400 vezes as limitações estabelecidos pela OMS. Mas há uma circunstância positiva nisso, assinala Alexander Samsonov, redator-chefe da revista Ekologia i Zhizn (Ecologia e Vida):
“As emissões de óxidos de enxofre na China são comparáveis à atividade natural dos vulcões. Esses óxidos de enxofre provocam o arrefecimento, por isso a China trava o aquecimento global. Mas trata-se mesmo assim da poluição da atmosfera”.
O clima no planeta muda constantemente. Existem vários fatores que exercem influência nisso. Alguns estão bem estudados. Por exemplo, o efeito de estufa que sempre existiu na Terra. Os cientistas acompanham há muito o seu aumento como resultado da atividade humana. Mas o sombreamento do nosso planeta devido à poeira é menos estudado, afirma Alexei Kokorin:
“Não se trata simplesmente de que a atmosfera se tornou mais nublada, são nuvens poluídas. A camada superior das nuvens torna-se mais escura e reflete pior a luz solar. Os cientistas dividem as partículas aerossóis em carbono orgânico e carbono negro: o primeiro reflete a luz solar e o segundo absorve. Mas nem um, nem outro estão regulamentados pela Convenção da ONU sobre as mudança do clima”.
Os cientistas começaram a estudar de forma ativa as partículas aerossóis há relativamente pouco tempo. E, embora as emissões de pó sejam um fenômeno volátil, porque pousam depressa, é um grande problema para a nossa geração. Segundo a Convenção da ONU sobre a mudança de clima, hoje, no mundo, são feitos grandes esforços para a redução de emissões para a atmosfera, bem como para prestar apoio aos países mais vulneráveis no que se refere às consequências da mudança do clima. Mas, não obstante os ritmos de melhoramento da situação serem bastante altos, as pessoas não renunciam nem ao transporte, nem à indústria. Por isso, os cientistas continuam tendo trabalho que chegue. Foto: Flickr.com/Kevin Dooley /cc-by
Créditos: Voz da Russia

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