O Alzheimer é um tipo de demência que é mais comum em pessoas de idade avançada. Trata-se de uma "morte" de células cerebrais e de um encolhimento do órgão, o que afeta muitas de suas funções. Cerca de 35 milhões de pessoas no mundo sofrem de Alzheimer. No Brasil, a doença degenerativa afeta cerca de 1,2 milhão de pessoas.
A Doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD) pode afetar pessoas mais jovens.
Há dois grandes sinais do Alzheimer que podem ser detectados por cientistas. O primeiro é um aglomerado de fragmentos proteicos da proteína beta-amiloide, chamados de placas amiloides. O outro é a presença de emaranhados de uma proteína conhecida como tau. Quando a equipe de cientistas comandada John Collinge estudou os cérebros de pacientes recém-falecidos em função da Doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD, na sigla inglesa), topou justamente com essas pistas.
Todos os pacientes tinham contraído a doença através de injeções de hormônio de crescimento que receberam quando crianças. Entre os oito corpos estudados, sete tinham depósitos amiloides, algo surpreendente por causa da idade relativamente jovem (entre 31 e 51 anos). Para Collinge, a descoberta sugere que os hormônios podem ter passado pequenas quantidades - ou "sementes" - de beta-amiloides, além das proteínas que causaram o CJD.
Isso significa que, em teoria, amiloides podem ser espalhados acidentalmente em procedimentos médicos e cirúrgicos e "semear" o Alzheimer.
Estudos feitos em animais corroboram a tese, mas é preciso cautela. Nenhum dos pacientes analisados teve diagnóstico de Alzheimer e não está claro se desenvolveriam demência. Também não há provas de que o acúmulo de amiloides estava diretamente ligado às injeções de hormônios.
Créditos: BBC Brasil
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