Em muitos estados brasileiros, a expectativa de vida para homens não chega a 70 anos. Em Alagoas Piauí e Maranhão, a esperança de vida projetada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por exemplo, é de 66 anos para os homens. No Brasil, a média é de 75 anos.
Mesmo assim, subir a idade da aposentadoria para 70 anos está entre as propostas do presidente interino Michel Temer (PMDB) para reformar a Previdência. A proposta inicial seria colocar a idade mínima para 65 anos, com elevação gradual até que em 2047, haveria uma única idade de aposentadoria, de 70 anos.
Ou seja, em muitos lugares do país, o cidadão médio vai trabalhar até morrer sem nunca se beneficiar de uma vida inteira de contribuição à Previdência Social.
Segundo informações do jornal “Valor Econômico“, a proposta de Temer também reduziria a diferença do tempo de contribuição entre homens e mulheres, que hoje é de 35 e 30 anos respectivamente.
Com isso, Temer desconsidera sobretudo os direitos de quem começou a trabalhar mais cedo, e portanto, tem mais anos de contribuição, e ignora que a jornada feminina é muito mais extensa do que a masculina, já que envolve jornadas duplas e triplas.
Temer, no entanto, não quer mexer nos benefícios dos militares, que representam quase um terço dos aposentados e pensionistas do serviço público.
Desde que assumiu, o interino negocia com algumas centrais sindicais as mudanças na aposentadoria. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) se negaram.
O interino golpista extinguiu o Ministério da Previdência Social e transferiu as funções da pasta para o Ministério da Fazenda.
Hoje, não existe idade mínima para aposentadoria no Brasil. Homens podem se aposentar depois de 35 anos de contribuição, e mulheres, após 30. Para receber a aposentadoria integral, é necessário que a idade e o tempo de contribuição somem 85 para as mulheres e 90 para os homens.
Créditos: Agência PT de Notícias
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