terça-feira, 31 de março de 2015

Diretórios do PT pedem volta às origens para enfrentar conservadorismo

Os 27 diretórios regionais do PT em São Paulo divulgaram ontem um manifesto em que defendem a volta do partido às origens e às bases, o enfrentamento da “ofensiva de cerco e aniquilamento” dos setores conservadores que querem acabar não apenas com os governos do PT, mas com qualquer governo social e popular. Também reconhece que o partido "errou ao se afastar da democracia participativa", segundo o presidente da legenda, Rui Falcão, em entrevista coletiva. Falcão falou à imprensa depois de reunião que consumiu toda a tarde, da qual participaram os representantes dos diretórios e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não se pronunciou aos jornalistas.
Segundo o manifesto, o partido precisa enfrentar “a maré conservadora em marcha e combater com argumentos e mobilizações a direita e a extrema direita minoritária que buscam converter-se em maioria toda vez que as mudanças aparecem”. Ainda de acordo com o documento, “para sair da defensiva devemos assumir responsabilidades e corrigir rumos: com a retomada de valores e nossas origens”.
O partido afirma querer “retomar sua radicalidade política, seu caráter plural e não dogmático". Os diretórios declaram no documento ser necessário praticar uma “política do cotidiano presente na vida do povo, e não somente que sai a campo a cada dois anos" nas eleições, e pede "um PT sintonizado com o dia a dia dos trabalhadores. “Pois só assim será possível construir nova forma de democracia cujas raízes estejam nas origens de base da sociedade cujas decisões sejam tomadas pelas maiorias.”
O partido reconhece que se distanciou das bases ao pregar que é “preciso dar mais consistência política e ideológica às militâncias de base, não dar trégua ao cretinismo parlamentar” e que é necessário se afastar do "pragmatismo pernicioso", como condições de atingir os objetivos estratégicos.
O documento diz ainda que o objetivo é desencadear “amplo processo de debate, agitação e mobilização do PT em nome das bandeiras históricas”, defender o governo Dilma e “o legado do partido”.
Propõem ainda participar e ajudar a “articular uma ampla frente de partidos e setores progressistas, centrais sindicais e movimentos sociais unificados em torno de uma plataforma de mudança cujo cerne sejam os direitos dos trabalhadores, reforma política, democratização da mídia e reforma tributária”.
Créditos: Rede Brasil Atual

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