A seca que assola o Estado, considerada a pior dos últimos 30 anos, fez o volume de água do Engenheiro Ávidos chegar a níveis baixíssimos, que não chegam a atingir 18,2% de sua capacidade, com apenas 46 milhões de metros cúbicos, conforme dados a Agência Estadual das Águas (Aesa).
Engenheiro Ávidos chegou ao seu menor nível das últimas décadas, revelando uma pequena cidade que havia sido inundada há 76 anos. O agricultor conhecido como Chico Miúdo, de 71 anos, que nasceu e se criou na cidade de São José de Piranhas, conta que seus pais fizeram parte do contingente que teve que deixar a antiga cidade. Após 76 anos submersa e e reaparecendo somente quando acontecem período prolongados de estiagem como agora, a história da cidade é revivida, através das ruínas. Ainda de pé, um túmulo revela a localização do cermitério da cidade. Em épocas de cheia, o local é preferido pelos pescadores, como conta seu Chico Miúdo.
A igreja católica ainda pode ser identificada através das ruínas das torres que mais parecem pequenas pirâmides. Sem medo de errar, seu Chico identifica cada ponto onde funcionavam o coreto, a praça, a cadeia e a igreja. Todos reaparecidos e identificados pelas histórias contadas pelos antepassados dele.
Até as diferenças sociais foram lembradas por seu Chico que identifica com precisão onde ficavam os locais conhecidos à época como a rua dos ricos e a rua dos pobres.”Das casas ricas ainda ficaram as ruínas como podemos ver porque eram melhor construídas”, mostra o agricultor, mas das casas dos pobres, como eram precárias apenas escombros as identificam, conforme o agricultor. Mais conhecido como Boqueirão, o açude está localizado na antiga sede do município de São José de Piranhas, que ficou alagado e a cidade foi reconstruída um pouco ao sul. É o terceiro maior açude do estado da Paraíba, com capacidade para 255 milhões de metros cúbicos de água.
Em volume, Engenheiro Ávidos só perde para os dois mananciais que formam o complexo Coremas/Mãe d´Água. O açude de Coremas, da cidade do mesmo nome, tem 720 milhões de metros cúbicos. Já o de Mãe d’Água tem capacidade de 638,7 milhões de metros cúbicos.
O nome é homenagem ao engenheiro chefe da obra que veio a falecer pouco antes do seu término, que foi em 1936. O açude abastece a cidade de Cajazeiras e parte do perímetro irrigado de São Gonçalo (Sousa).
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