O secretário municipal de Educação de São Paulo, Cesar Callegari,(foto) anunciou ontem (4), na sede da prefeitura, no centro, a criação de 15 mil vagas em creches mantidas pela prefeitura ao longo de 2014. O número representa 10% do objetivo estabelecido pelo Programa de Metas da administração de Fernando Haddad, que prevê 150 mil vagas para a educação infantil no município durante os quatro anos de gestão. Das 243 unidades esperadas, 172 serão construídas em parceria com o governo federal.
Além disso, segundo Callegari, 26 novas unidades escolares que estão sendo construídas serão entregues ainda neste semestre, sendo nove centros de educação infantil (CEIs), cinco escolas municipais de educação infantil (Emeis), dez escolas municipais de ensino fundamental (Emefs) e dois centros de educação infantil (Cemeis). No ano passado foram construídos, ao todo, 17 equipamentos educacionais.
Nessas unidades serão matriculadas prioritariamente as crianças em situação de vulnerabilidade social e extrema pobreza, com renda familiar per capita até R$ 70. Só em janeiro foram feitas 4.315 matrículas de crianças vulneráveis de 0 a 3 anos no ensino infantil, obedecendo à proporção de dois em cada dez alunos inscritos nas creches municipais.
Callegari destacou a importância da integração de alunos de baixa renda ao ensino público e reforçou que a Secretaria de Educação deve assegurar a essas crianças o direito à escola. “Se o direito à educação é de todos, nós temos que reforçar que a condição destas crianças é extremamente desigual. Nós devemos ampará-las e nos sentimos muito orgulhosos por adotar esses critérios de justiça social”, disse.
As medidas anunciadas fazem parte do programa Mais Educação São Paulo, que inclui reforma curricular e estrutural da rede municipal de ensino e que o secretário classifica como “o maior programa de obras educacionais do Brasil”.
As mudanças no regimento escolar, estudadas e aprovadas em consulta popular em setembro de 2013, passarão a valer a partir de amanhã (5), início do período letivo nas escolas municipais.
De acordo com o secretário, alunos encontrarão o ensino fundamental estruturado em três novos ciclos: alfabetização (1º, 2º e 3º anos), interdisciplinar (4º, 5º e 6º anos) e autoral (7º, 8º e 9º anos). O primeiro será ministrado por professores generalistas (que ensinam todas as disciplinas curriculares), o segundo, com generalistas e especialistas (com formação específica na disciplina), e o último, segmentado, apenas por professores especialistas.
Outra novidade é a obrigatoriedade de provas bimestrais, notas de zero a dez, dever de casa, boletins e recuperação – métodos tradicionalmente adotados em escolas públicas, e anteriormente optativos para as instituições municipais de ensino.
Formação de professores
Segundo a Secretaria, além do treinamento dos 61.897 professores da rede municipal de ensino para adaptação ao novo programa curricular das escolas, serão contratados neste ano 3.154 novos docentes para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental I. O edital será lançado ainda neste semestre.
São Paulo também terá, a partir do dia 11 deste mês, 18 polos de Educação Superior e cursos de aperfeiçoamento para educadores gratuitos. As aulas serão ministradas nos Centros Educacionais Unificados (CEUs) paulistanos credenciados pela Universidade Aberta do Brasil (UAB), que oferece vagas em cursos semipresenciais mantidos por universidades públicas brasileiras. “A nossa meta é chegar a 32 polos credenciados com a UAB só neste ano”, afirmou Callegari.
Créditos: Rede Brasil Atual
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