A Organização das Nações Unidas alertaram ontem (23) para o risco de um massacre na cidade turcomana de Amerli (160 quilômetros ao norte de Bagdá), sitiada pelos jihadistas, enquanto o primeiro-ministro iraquiano, Haidar Al Abadi, pediu para ajudarem a localidade.
O aiatolá Ali Al Sistani, a mais alta autoridade religiosa xiita do Iraque, fez um apelo para que fosse dada assistência aos habitantes de Amerli, maioritariamente turcomanos xiitas, cercados pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI) há mais de dois meses.
“A situação dos habitantes de Amerli é desesperadora e necessita de uma ação imediata para impedir um possível massacre”, declarou em comunicado o representante especial da ONU em Bagdá, Nickolay Mladenov.
O representante pediu ao governo iraquiano para “fazer tudo o que puder para que o cerco seja levantado, e os habitantes possam receber ajuda humanitária vital ou serem retirados em condições dignas”. “Os aliados do Iraque e a comunidade internacional devem trabalhar em conjunto com as autoridades para evitar uma tragédia”, acrescentou.
O primeiro-ministro iraquiano também pediu ajuda, principalmente “apoio militar e logístico de todo o tipo”.
Na sexta-feira, Al Sistani chamou a atenção para a situação da cidade de 20 mil habitantes, cercada pelos combatentes do Estado Islâmico desde junho, início da ofensiva que permitiu aos jihadistas ocuparem faixas de território no Norte, Oeste e Leste do Iraque.
Segundo o aiatolá, existe uma grave escassez de alimentos na cidade, que é defendida por “homens heroicos com poucas armas e munições”.
Este mês, os Estados Unidos começaram a bombardear zonas do Norte do Iraque para barrar o avanço dos jihadistas e permitir a retirada e a entrega de ajuda aos representantes da minoria étnico-religiosa yazidi refugiados no Monte Sinjar. Foto OUDLAL/REUTERS
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