Esse percentual havia recuado para 83,5% em igual período do ano passado. Em 2012, considerado o melhor ano das negociações salarias, chegou a 95,6%. Somente 2,6% dos acordos do primeiro semestre deste ano não conseguiram zerar as perdas da inflação no salário neste ano. No ano passado, eram 5,8%. Os dados estão em estudo divulgado nessa pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que analisou 340 negociações salariais de trabalhadores da indústria, do comércio e do setor de serviços com data-base de janeiro a junho. Nos primeiros seis meses deste ano, o ganho real médio (acima da inflação) desses acordos foi de 1,54% ante 1,08% de igual período de 2013.
Esse é o terceiro maior aumento real médio verificado desde que o Dieese começou a acompanhar em 2008 os acordos salariais dessa série de 340 acordos. "Apesar da onda de pessimismo e dos efeitos da inflação na economia, os aumentos reais médios foram melhores do que os de 2013", diz Airton Santos, coordenador de atendimento técnico sindical da entidade.
Isso porque, explica o técnico, a inflação acumulada nos 12 meses anteriores a cada data base ficou em patamar inferior neste ano. "Para repor a inflação acumulada em abril do ano passado, os trabalhadores precisavam negociar reajustes de 7,22%. Neste ano, o INPC acumulado em abril foi de 5,62%", diz Santos.
Com taxa de desemprego baixa e inflação em menor patamar, o mercado de trabalho continua aquecido e os sindicatos conseguem negociar reajustes que ficam acima da inflação. O melhor ganho real médio foi obtido pelos trabalhadores em 2012, quando os salários tiveram aumento de 2,15% acima da inflação medida pelo INPC. O indicador é o mais utilizado pelos sindicatos para negociar reajustes. Foto: EBC
Créditos:Paraíba Total
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