Dados divulgados pelo portal “Sonegômetro” revelam que a sonegação fiscal no Brasil, em 2015, está em R$ 419 bilhões e pode chegar a R$ 550 bilhões até o fim do ano. Esse valor final é 17 vezes maior do que a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) arrecadaria anualmente, cerca de R$ 32 bilhões.
Os dados foram divulgados pelo criador do contador, o Sindicato Nacional dos Procurados da Fazenda (Sinprofaz). No mês passado, o governo federal anunciou um corte de R$ 66 bilhões no orçamento de 2016, visando o ajuste fiscal para reequilibrar as contas públicas. No entanto, bastaria que apenas 16% do valor sonegado voltasse aos cofres públicos para não ser mais necessário aumentar os impostos e fazer reduzir despezas.
“Os sonegadores de impostos não são os pobres, são os ricos. Neste ponto, a CPMF ajudaria a revelar quem são as pessoas que sonegam e as que contribuem corretamente com o país. Acredito que seja esse o motivo pelo qual está sendo criada uma resistência da não aprovação da contribuição”, defende o economista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Márcio Pochmann.
A CPMF registra aqueles que pagam a taxa pela circulação do recurso no Sistema Bancário Nacional e, por meio dessa base de informações, sabe-se que de cada três pessoas que foram responsáveis pela circulação de grandes quantias e que pagaram a CPMF, apenas uma fez declaração de imposto de renda. Foto: EBC
Créditos: Agencia PT
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