O projeto, que deve formar cerca de 100 jovens, é uma parceria do MST com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Ministério das Comunicações. em todo o estado gaúcho. A iniciativa também abrange o Paraná e Santa Catarina.
De acordo com Geronimo Silva, um dos coordenadores do Instituto Educar, o projeto contribui no processo de organização da juventude, sendo essa uma ferramenta articuladora da comunicação.
“Essa formação contribuirá no processo de conhecimento e de cultura dos nossos jovens”, disse.
Aline Lemos, coordenadora do coletivo de juventude, enfatizou a importância da comunicação para os jovens como difusora do conhecimento. “A comunicação é uma ferramenta de formação das ideias”, declarou.
Atualmente, a comunicação tem sido sinônimo de poder e difusão das ideias capitalistas. A necessidade que se cria para os movimentos sociais é formar comunicadores populares que possam contrapor os grandes meios de comunicação.
Para Marlene Grade, professora da UFSC e coordenadora do projeto de Olho na Terra, “a tecnologia tem que estar no poder do povo para que os jovens possam acessá-la e se apropriarem da comunicação para a luta popular”.
O projeto De Olho na Terra iniciou em 2011, com a parceria entre o MST, Lecera/UFSC e o Ministério das Comunicações. Inicialmente os beneficiários eram os jovens do Assentamento Rio Negrinho, em Santa Catarina.
Em 2014, com a crescente demanda de capacitar novos comunicadores populares, o projeto foi ampliado para mais seis municípios de Santa Catarina. Em janeiro deste ano, no estado houve a formatura de cerca de 300 jovens dos assentamentos de Reforma Agrária.
A crescente demanda de formar mais jovens da região Sul fez com que o projeto se estendesse para o Paraná e o Rio Grande do Sul. Atualmente cada estado tem previsto a construção de três telecentros, que possam beneficiar mais de 200 jovens.
O telecentro inaugurado neste sábado leva em seu nome uma homenagem ao fotografo João Zinclar. João veio a falecer em janeiro de 2013, vitima de um acidente de trânsito ao retornar de uma eleição sindical, em Ipatinga, Minas Gerais.
Zinclar se denominava um operário da fotografia. Com sua câmera retratou diversas lutas sociais, ocupações de terra e mobilizações. Segundo Pereira, houve uma identificação da juventude Sem terra com João pelo seu perfil de operário, militante e comunicador. “Ele fez de sua câmera fotográfica um instrumento de luta. Registrava os conflitos que aconteciam no campo, sempre com posição de classe”, afirmou.
João Zinclar publicou um livro fotográfico chamado “O rio São Francisco e as águas no sertão”, onde retrata a transposição do rio São Francisco.
Créditos: MST
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