sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Antioxidantes previne rugas

 Uma pesquisa realizada recentemente pela Unilever mostrou que é possível amenizar as rugas faciais com a ingestão de um coquetel de cápsulas de isoflavonas de soja, licopeno, vitamina C e E + óleo de peixe (ômega 3). É que esse combinado de antioxidantes é potente contra os radicais livres – moléculas produzidas naturalmente pelo organismo, mas que, em excesso, aceleram o envelhecimento celular. Complicado? Que nada, em resumo, os radicais livres degradam o colágeno, proteína que garante a sustentação da pele, favorecendo o aparecimento das rugas.
O grupo pesquisado foi de mulheres no período pós menopausa, porque nessa fase há um declínio do nível de estrogênio, hormônio feminino que tem relação direta com a produção do colágeno. Assim, o estudo confirmou que uma suplementação bem feita, aliada a uma alimentação saudável, ajuda a pele a se proteger e produzir colágeno."Isso permite um benefício preventivo, que se envelheça mais devagar, e que a resposta a tratamentos estéticos seja melhor", declara o endocrinologista e nutrólogo Wilmar Accursio, presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Envelhecimento.
O segredo da eficácia desse mix de substâncias – ômega, Isoflavona, vitaminas C e E e lipoceno (veja os alimentos que são fontes dessas substâncias, no final da reportagem) – para uma aparência mais jovem, está na combinação delas. Miguel Curto, nutrólogo da Associação Brasileira de Nutrologia, explica que juntas essas substâncias agem sinergicamente, isto é, uma complementa a outra. É assim: ao atacar um radical livre prestes a agredir uma fibra de colágeno, a vitamina C torna-se instável e precisa de um parceiro, por exemplo, a vitamina E, para ficar estável de novo. Aí a vitamina E se desestabiliza e vem outro ajudante e assim por diante. "O processo de combate aos radicais livres é um ciclo que reçomeça até que eles sejam eliminados do organismo", diz o médico.
Porém, não só o mix de ativos garante sucesso nessa luta contra os efeitos do envelhecimento. "Cada substância antioxidante pode ser consumida separadamente, na forma de alimento ou em cápsula, regularmente. Isso é útil. Tudo depende da necessidade de cada pessoa", explica a nutricionista Eneida Bomfim, de Salvador (BA), que destaca, no entanto, que a vitamina C deve ser sempre associada às vitaminas E ou A. Na cadeia antioxidante, elas se complementam. Como nos dias de hoje – de um modo geral - nós estamos muito expostos aos fatores que estimulam a produção de radicias livres, como estresse, tabagismo, excesso de sol, de álcool, de exercícios físicos, é natural que a dieta cotidiana não consiga dar conta desse combate sozinha e seja neessário uma carga maior de antioxidantes. "Nesse caso, recomenda-se um mix de suplementos", diz Eneida. "Normalmente, após avaliação criteriosa constata-se que 80% das pessoas precisam de suplemento", afirma Wilmar Arccusio. Mas a complementação com cápsulas deve ser prescrita por um especialista, com dosagem individual, não pode ser generalizada nem se deve usar as cápsulas sem parar. "A quantidade e as substâncias prescritas variam para cada pessoa, de acordo com seu estilo de vida e à sua exposição a situações que favorecem a produção de radical livre", diz Miguel Curto.
Nessa batalha, tudo é uma questão de equilíbrio, enquanto há um estímulo ao consumo de antioxidades em prol da juventude, há substâncias que devem ser ingeridas com cautela. É o caso do ferro, que, quando em níveis altos no organismo, estimula a produção de radicais livres em quantidade superior aos que o corpo pode combater. Mas nem pensar em bani-lo da dieta. "Ele é indispensável ao transporte de oxigênio pelo sangue e é fundamental ao funcionamento de várias enzimas", explica Miguel Curto. Sua falta causa anemia, queda de cabelo e baixa imunidade. Por outro lado, seu acúmulo no organismo pode provocar problemas no fígado. O alerta, portanto, é para nunca tomar cápsulas de ferro sem orientação de um especialista. "No alimento ele jamais é tóxico", afirma Eneida Bomfim.
Muitas vezes a dificuldade de ingerir todas as substâncias essenciais ao bom funcionamento do organismo nem é culpa só da má alimentação. "O simples transporte do alimento compromete o teor nutritivo. Para se ter uma ideia, a laranja sai do pé com algo entre 70 e 100mg de vitamina C. Ao ser transportada por longo tempo, ela consome a própria vitamina para não se oxidar e chega à mesa com menos de 10mg de vitamina", diz Miguel Curto. O jeito de aproveitar ao máximo seus nutrientes é consumir frutas, legumes e verduras crus ou pouco cozidos, e os grãos e cereais na sua forma integral. Veja os detalhes abaixo.
Vitamina C É considerada um dos mais poderosos antioxidantes, mas perde seu teor nutritivo com facilidade, quando exposta ao ar, armazenamento prolongado ou cozimento. Fontes principais: frutas cítricas (laranja, limão, tangerina), acerola, vegetais verde-escuros (rúcula, brócolis), caju e kiwi.
Vitamina E Age em conjunto com a vitamina C e como esta, também tem seu teor nutritivo reduzido em até 50% quando exposta à luz, oxigênio e calor. Fontes: óleos de soja, milho, girassol e azeite de oliva; nozes, castanhas, amêndoas; sementes de abóbora, girassol, gergelim, linhaça; cereais integrais, abacate, vegetais de folha verdes e gema de ovo.
Licopeno É um poderoso combatente dos radicais livres. Sua fonte mais rica é o tomate, que consumido cru apresenta, em média, 30mg de lipoceno por quilo do fruto, já o suco de tomate tem aproximadamente 150mg de lipoceno por litro.
Isoflavonas Encontradas na soja e seus derivados – leite, feijões, queijo -- elas agem sobre a pele como o hormônio feminino, favorecendo bons níveis de colágeno. "Mas esse alimento deve ser usado com parcimônia por mulheres com predisposição ao câncer, por conta de sua função fitoestrogênica", diz Eneida. 
Ômega 3 É um potente antioxidante que, inclusive, melhora a textura da pele, já que age sobre a fluidez celular. Fontes: peixes de maneira geral, principalmente os de água fria, como salmão, sardinha e anchova.
Créditos:WSCOM/UOL

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