O executivo Eduardo Leite, vice-presidente da empreiteira Camargo Corrêa, admitiu em delação premiada o pagamento de R$ 110 milhões em propinas no esquema de corrupção da Petrobras investigado na Operação Lava Jato. Segundo delator, deste total, R$ 63 milhões foram para o ex-diretor de Serviços Renato Duque, e R$ 47 milhões a Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal. Os valores teriam sido foram pagos entre 2007 e 2012.
Além de Leite, Dalton Avancini, presidente da empreiteira, também assinou o termo de colaboração.Leite afirma que o dinheiro foi desviado de obras da Refinaria de Araucária (Repar), no Paraná, na Refinaria de Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, e na Refinaria Henrique Lage (Revap), São Paulo.
Os contratos assinados com a Petrobras a partir de 2007 teriam que ter um adicional para cumprir “compromissos e obrigações” com então consultor Julio Camargo, também um dos delatores do esquema. Ao consultor caberia “lavar” a propina que seria paga a Duque e ao ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco.
Dalton Avancini disse que quando assumiu a função de diretor de Óleo e Gás da empresa, em 2007, a Treviso, de Julio Camargo, já tinha contratos de consultoria com a Camargo Corrêa que serviam para o pagamento de propinas. Ele admitiu ter pago R$ 20 milhões sem que a Treviso tivesse prestado qualquer serviço à Camargo Corrêa
Ele cita aditivos às obras da Refinaria da Revap que demandaram outros contratos de consultoria da Camargo Corrêa com a Piemonte, outra empresa de Julio Camargo, no final de 2011, no valor de R$ 10 milhões, sem que a Piemonte tivesse prestado qualquer serviço.
Eduardo Leite disse ainda os contratos a Petrobras não eram superfaturados, e que as propinas eram inseridas depois por meio de aditivos. Ele afirmou que os custos da propina já fazia parte do planejamento da empresa.
Créditos: Brasil 247
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